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sábado, 20 de novembro de 2010

UMA SEGUNDA ETAPA DEPOIS DA SEPARAÇÃO

Um amigo falando da sua dependência da namorada, me disse outro dia que admirava a minha autosuficiência. Pensei no assunto e cheguei à conclusão que talvez eu não sofra tanto ou talvez eu tenha aprendido a viver só, porque a gente acostuma com tudo, e Fernando Pessoa dizia que suave é viver só.

Tenho ótimas experiências na rua. Gosto de gente e me sinto bem no mundo, mas quando volto para casa estou sozinho e não creio que este seja o estado que desejo para mim como natural, mas acho que agora preciso aprender a viver junto novamente.


Eu achava que meu casamento era para sempre, embora assuma a responsabilidade por ter levado a ferro e fogo algo que começou com uma bobagem e me fez pensar em outras coisas e concluir que não estava tão bom quanto eu pensava e isso ter nos levado ao fim de um relacionamento tão longo e invejável.


Lamento profundamente o fim, mas os esboços de tentativas de volta foram natimortos. O que passou a me incomodar não mudou, e o luto demorou demais e agora é hora de sair dele.


Já me senti muito sozinho.

Hoje já não me sinto assim.
Me sinto bem comigo mesmo, mas como sou um ser gregário quero voltar a amar demais e para sempre. Penso que ainda tenho tempo para isso.
Mas não tive e não tenho pressa de que isso aconteça. Perdi a prática. Vou ter que aprender tudo de novo.

Ainda tinha muita mágoa por culpá-la por me ter levado a acabar algo que eu julgava sem fim e tive uma dificuldade tremenda em tomar e manter uma decisão que não se baseava em nenhum fato grave, que como diziam nossas filhas, nos pudesse levar a dizer:

- Não quero mais olhar na sua cara!

Também tinha muita raiva por ter mudado toda a vida como eu a conhecia assim como todos os meus planos para o futuro. Tenho que reinventar a vida.


Tive um tempo de coisas provisórias e quando aluguei o apartamento que vivo, montei como um acampamento, que até hoje não tem nada na parede. Com chão branco e que pintei de branco também, como se fosse uma limpeza.

Agora tenho andado com vontade de convidar as pessoas para que venham aqui em casa.

Agora cheguei ao ponto de partir para resolver os grandes impasses, para poder seguir adiante e falar dos assuntos mais delicados é a única maneira de resolver isso.

Está mais do que na hora e caçar todos os meus fantasmas e não mais me deixar assombrar por eles.

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