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terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

CONTINUO ACHANDO A VIDA SIMPLES

 



Ontem depois da caminhada passei em dois lugares onde costumo ir e no segundo apenas com a intenção de tomar um suco no balcão, mas como um amigo estava sozinho numa mesa, perguntei se podia e fui sentar com ele. Com isso resolvi tomar uma cerveja. 

Passado um tempo chegou outro amigo em comum, que também é o melhor amigo dele, com quem ele tinha combinado de encontrar.

O primeiro deles descreveu uma moça e perguntando se eu conhecia. Não, eu não conhecia. Era uma moça com quem ele tinha encontrado num lugar onde eu também tinha ido no carnaval e ele, e, dizendo que poderia ter sido por conta da bebida, contou que tinha tido falado uma coisa tanto ou quanto absurda para ela e que queria se desculpar.

Achei que a conversa dele com ela tinha sido uma conversa de bêbado e absolutamente sem sentido para ela embora ele quisesse nos fazer crer que tinha todo sentido para ele.

Depois de ouvir a estória toda cheguei à conclusão que o certo, se eu conhecesse a moça, era não apresentar os dois porque ela poderia pensar que eu seria capaz de falar alguma coisa como a que ele disse a ela.

Eu acho que ele deu uma "viajada" porque em vez de viver a situação e deixar rolar ele ficou pensando demais em outras situações e noutra pessoa que o havia machucado no passado e fez a moça escutar algo que ele gostaria de dizer para outra pessoa

De novo a estória da bebida que eu estou vendo como algo que está tirando ele do prumo.

Acabei de ouvir uma palestra sobre Drogas, da Maria Rita Kehl. Bebida, embora legal, é uma droga também, mas e o que cabia ali daquela palestra, para aquela situação, era ela ter dito que "Bem estar é estar livre de sua subjetividade" e em seguida: "se posso anestesiar, porque complicar?" E aí entra a droga, nesse caso a bebida, que acho que deve estar anestesiando ele.

A conversa tomou o rumo das coisas que eles não conseguiram resolver até hoje e levam para o analista, que é algo do qual eu nunca senti muita necessidade. E por fim foram três cervejas e duas horas e meia de conversa.

Foi nesse ponto que eu disse e vi claramente novamente o quanto a vida é simples e boa para mim.

Não procuro complicar pensando demais. Nas situações que não posso resolver, procuro nem pensar. Não coloco minha felicidade em coisas que não tenho e a vida tem sido boa  para mim. Sinto muito prazer em coisas pequenas que talvez não tivessem nenhum valor para outras pessoas. Desfruto da beleza que pode estar numa pessoa, num por do sol, numa música que me agrada, do sabor de algo que estou comendo ou bebendo, e do prazer que tenho num encontro e num abraço em pessoas de quem gosto ou em algum momento ou situação que eu estou vivendo naquele instante.

Eu estou ali, no presente, e se me canso da situação por qualquer motivo, sei que é hora de ir para casa. E eu me dou esse direito.

Acho que a vida não podia ser mais simples que isso.

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