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sábado, 15 de março de 2014

ME FIZERAM DE BESTA !!!




Um dia encontrei uma pessoa com quem tive uma relação tórrida cujo fim foi lamentável, já que me deixou surpreso, primeiramente com a falta de uma conversa e depois com uma raiva muito grande ao ver que fui feito de bobo com a cumplicidade dela, ao falar com outra pessoa pensando que estava falando com ela. Me senti traído e tenho certeza que não merecia isso.

Ela não mediu o que estava fazendo e aí está um lado pernicioso da comunicação on-line; você não sabe quem está teclando ou mandando uma mensagem.  

Em tudo, mas principalmente em assuntos de casal faz parte dos meu princípios a discrição. Aprendo, me serve para depois, mas não é meu costume comentar sobre particularidades nem antes, nem durante nem depois, mesmo com raiva. 

Me senti ingênuo porque conheço com quem me relacionei e conheço com quem eu falei e embora muito próximas são pessoas muito diferentes já que a primeira era total paixão e a outra era fria e seca e, embora jovem, incrédula do amor. Eu deveria ter percebido que estava falando com outra pessoa antes de reagir ao me irritar com atitudes e palavras que, deveria ser óbvio, não eram dela.

Eu não posso assegurar que teria dado certo e se teríamos futuro, embora seguramente tivéssemos presente, mas só saberíamos tendo tentado mais uma vez e nos acertássemos quantas vezes mais fossem necessárias para nos adequarmos um ao outro, mas ela, com atitudes que tiveram uma grande interferência da outra acabou por me convencer que era hora de abrir mão. Era o meu teste da realidade. 

Eu não tinha mais tempo nem desejo de sofrer por amor. 

Demanda tempo e energia, seja quando o luto se dá por uma perda ou pela morte. Fui ler sobre o luto e Freud diz que o luto se realiza quando a libido é retirada das ligações com objeto amado e o teste da realidade mostra que esse objeto não existe mais. 

Melanie  Klein escreveu "o teste da realidade não se refere só a realidade externa, mas também a realidade interna. Mostra que a pessoa amada perdida estava identificada com os objetos bons internos, e que sua perda representa um desmoronamento de todo o mundo interno que deve ser reconstruído."

E ainda existiam outras coisas acontecendo naquele meu momento de vida que não permitiriam que eu ficasse esperando por um instante apropriado. Eu precisava dela naquele momento. 

O fim era para ser aceito. 

O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença e quando finalmente tive a oportunidade de falar com ela pensando que já havia passado, sinceramente tenho que dizer que naquele momento a raiva daquela atitude dela voltou com tudo.

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