Algumas das últimas vezes que viajei encontrei uma amiga que eu não via há anos e temos conversado. Da última vez que batemos um papo ela se queixou por eu me manter ausente quando não estava presente.
Explico:
Disse que eu não mantinha contato quando estava longe, o oposto de quando presente, integralmente ali.
Ando mais reflexivo e já não acho que sou o o único a estar certo, ainda que a respeito de mim mesmo. Quando alguém me diz algo eu penso.
A verdade é que sempre estou integralmente aonde estou e não em outro lugar e com ela o débito era não ser tão bem educado quanto deveria.
Mas ela me fez pensar em algumas pessoas de quem gosto muito e que estavam ali numa lista escrita para telefonar e tentei pensar no que poderia ser razão para ficar adiando isso.
Cheguei à conclusão de que o que eu gostaria era dar a essas pessoas notícias excepcionais, falar que estava tudo bem, que eu tinha algo em andamento, ou, no mínimo, que eu tinha um plano.
E o fato é que eu ainda não tenho. É a tal estória de ficar parado diante da porta ou esquentando como o sapo fervido. E não queria dividir esse desapontamento comigo mesmo com eles.
Mas alguma hora a gente tem que se corrigir, então liguei para minha prima Yvete e jurei que vou ligar com mais frequência, mas ainda está nas pendências falar com meu grande amigo José Augusto, a quem prometi e não cumpri, há mais de um ano, manter contato.
No penúltimo domingo liguei para uma amiga para dar uma notícia, mas quando conversávamos vi que falar com ela continua sendo agradável como sempre e que precisamos fazer isso mais vezes, porque o papo flui.
Tenho ido ver meus "outros" pais e isso também me faz bem e preciso repetir mais vezes, porque estou me sentindo feliz perto deles e eles estão na faixa dos oitenta. Isso tem matado um pouco essa grande fome de família que tenho.
Olhando bem vejo que esse amor pelos amigos e pela família é por demais precioso e essas trocas são excepcionais, mesmo que as minhas notícias não sejam.
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