Nesse último final de ano, no Rio, fui visitar minha tia Noheme.
Desta vez ela, ela, já com 90 anos e com muitas dessas coisas que a idade traz, incluindo o Ahlzheimer, ainda lembrou quem eu era, mas estava acamada e dessa cama não mais sairia.
No ano anterior, no final do ano também fui visitá-la e depois de conversarmos em casa, perguntei a ela se gostaria de passear e liguei para minha prima Carolina, que disse que não havia problema, mas que ia dar muito trabalho, porque tia Noheme estava com o caminhar muito lento.
Fomos a Lagoa, Ipanema e Leblon, passamos em Copacabana onde encontramos minha mãe que foi ao carro para falar com ela e depois perguntei se ela gostaria de ir a algum lugar. Fomos então a casa de sua irmã, já falecida, e visitamos tio Almir, seu cunhado.
Tomou muito tempo entrar e sair do carro, mas conversamos bastante e ela estava num dia ótimo. Em algum momento ela me disse que, dos sobrinhos dela eu era o mais parecido no jeito com meu tio Manoel, seu marido, e eu não posso imaginar elogio maior.
Em março minha tia Noheme faleceu.
Ter passado aquela tarde com ela e o começo da noite foi maravilhoso.
Vai ser uma daquelas coisas que eu vou guardar como uma oportunidade muito bem aproveitada. Não posso repetir, mas sinto uma alegria imensa por tê-lo feito, quando podia.
terça-feira, 27 de abril de 2010
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