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sábado, 30 de dezembro de 2023

BONDADE, PARA MIM É PARA QUEM MERECE

 


Não sou uma pessoa boazinha com todo mundo. Procuro ser bom com as pessoas que eu conheço e de quem eu gosto. Sou perfeitamente capaz de ignorar o pedido de dinheiro no sinal de um sujeito que tenho visto carregando uma criança exausta nos braços dele porque acho que faz isso para despertar compaixão. Ele usa essa criança o dia inteiro; de manhã, de tarde e de noite.

Ouvi uma e presenciei outra estória da minha filha, na minha opinião, caindo em dois golpes desses.

Num deles em São Paulo no Carrefour do Shopping Eldorado, na fila do caixa uma mulher a abordou pedindo para que ela comprasse uma lata de leite e ela quando perguntou quanto custava e a mulher respondeu que era oito reais. Quando ela pagou a compra chamou a atenção  o valor e verificou que era um leite de mais de setenta reais. Quando ela falou com a mulher que ela tinha dito que era oito reais ela perguntou se queria que devolvesse e minha filha disse que não e a deixou ir. A confirmação de que era um golpe veio depois que a mulher saiu dali. A caixa do supermercado disse para minha filha que a mulher fazia aquilo durante o dia inteiro. Sempre pedia a mesma coisa, muita gente se compadecia e pagava e daqui a pouco ela estava de volta para aplicar o mesmo golpe numa nova vítima.

A outra eu presenciei. Estávamos num restaurante em Porto Seguro e uma mulher da calçada pediu dinheiro e disse que estava com fome. Eu desconfio dessas coisas de imediato, e procurei ignorar mas a mulher percebeu que tinha atingido o objetivo dela ao sensibilizar minha filha e começou a gritar que as pessoas não sabiam o que era fome e por esse caminho continuou.

Minha filha tirou uma nota de vinte reais e deu para a mulher e eu chamei o garçom e perguntei se ela já conhecia a mulher e ele respondeu que aquela especificamente não, mas que o teatro era o mesmo feito por muitos deles. Era exatamente o mesmo diálogo, só mudavam os atores.

Voltei ontem de uma viagem que dá de ida e volta 400 quilômetros cuja maior finalidade foi levar uma mercadoria que eu tinha comprado para dar de presente para uma pessoa revender. Essa pessoa foi muito boa para uma pessoa que sempre morou no meu coração. De certa também foi uma retribuição por algo que ela tinha feito.

Encontrei outra pessoa que trabalhou com ela e foram mais cem que dei com prazer.

A vida tem sido boa comigo e eu tenho feito por quem está perto de mim, e as vezes também é aquele pequeno extra fora a gorjeta nos restaurantes, que sempre deixa eles muito contentes ou gratificar alguém que me prestou um serviço. 

Se a vida tem sido boa comigo eu acho que chega a ser um prazer e até mesmo uma obrigação dividir um pouco disso.

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