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sábado, 24 de abril de 2021

A PERGUNTA QUE A MORTE FAZ ANTES DE LEVAR

 


Vi novamente nesta madrugada uma boa parte do filme Encontro Marcado onde Brad Pitt é a Morte e tem uma cena onde ele conversa no hospital com uma senhora de idade que consegue ver a Morte e diz que está pronta e que pede que a leve, e a Morte, que não tem pressa de levá-la, pois também está aprendendo alguma coisa com ela, pergunta antes de o fazê-lo se ela já criou todas as lembranças que desejava.

A pergunta é maravilhosa como uma forma de avaliação da vida que se viveu, para saber se há alguma coisa para viver para poder dizer que a vida está completa.


Me levou a Motivo, de Cecília Meirelles, musicada por Fagner:

Eu canto porque o instante existe,

e a  minha vida está completa.

Não sou alegre, nem sou triste. Sou poeta


Não estou buscando nem desejando a morte, mas tenho uma quantidade enorme de lembranças que eu tive muito prazer em criar e não preciso de sensações diferentes do que senti antes.

Estando aqui, quero manter o olhar curioso que tenho e desfrutar de coisas simples do jeito que faço, viver o momento completamente onde eu estiver, e amar da mesma forma dedicada que aprendi a amar, com pessoas que eu ainda não amei. 

Me sinto um privilegiado pelas coisas que vivi, por pessoas que conheci, pelo amor que tive e tenho pelas pessoas de quem eu gosto e gostei, e, de coisas que senti e sinto. 

Mas não estou achando que faltam lembranças diferentes das que tenho. 

Acho que elas são muito boas.

Posso perfeitamente repetir.

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