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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

DIVIDIR UM PARAÍSO


Saí sozinho numa noite qualquer, há umas semanas, e não encontrei um lugar que me agradasse. 

Me senti orfão.

Não gosto de incomodar, nem de impor minha presença e na maior parte do tempo estou muito bem comigo apenas porque tem um filme, um livro ou música. Mas também tem os dias que quero sair e ver gente e embora, como agora à pouco, alguém liga para fazer um convite e eu já tenho uma programação, também acontece de não ter nenhuma.

Em se falando de filmes, vou ao cinema com certa frequência, nas sessões legendadas, mas na HBO Signature onde eu nunca parava passam filmes antigos excepcionais com muita consistência. Essa semana assisti "Message in a Bottle", de 1999 com Kevin Costner, Paul Newman e Robin Wright, que eu já tinha assistido assim como outro dia valeu a pena assistir de novo, Gran Torino, com Clint Eastwood. 

Fiquei pensando se não existem outras pessoas órfãs de um lugar para ir, no dia que querem sair. Me lembrei do filho de uma amiga que queria, anos atrás, abrir uma barbearia aqui, nos moldes da que fazia ele se sentir tão bem quando ia nela em New York. O sentimento é o mesmo; de querer fazer um lugar onde as pessoas se sintam muito bem.

De vez em quando quando saio, encontro pessoas de quem gosto e temos prazer em nos ver, mas às vezes o som está muito alto, ou mesmo e o barulho só permite conversar falando muito alto e por aí vai...
Um amigo disse que o ótimo para mim é bom. Talvez seja...

Não quero procurar nem uma ocupação nem algo para me incomodar mas de vez em quando penso no bar do João, aquele maluco de Itaipava que tocava lá o que queria e abria quando queria.

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