Acho que as crianças que nascem na nossa família são crianças de sorte. Todos gostam e dão atenção às crianças. Eu sempre, desde garoto, quis um filho e sempre foi fácil para mim me apegar aos filhos dos outros.
Acho que a minha filhotinha cumpriu muito bem e completamente o papel de filhotinha, mas eu lembrei da Paula e da Lívia, que eram duas irmãs, acho que parte da família era de Bauru e que também frequentavam a AABB de Campinas, quando trabalhei no BB de lá. Como eu trabalhava de madrugada, muitas vezes eu só passava em casa e ia direto para a piscina de manhã.
A Paula era a menorzinha e era uma bonequinha loirinha de olhos azuis na faixa dos dois anos. Lívia era a bonequinha de cabelo mais escuro com uns três para quatro anos. Eu curti muito as duas e a Paula quando cansava vinha muito para o meu colo e eu gostava muito daquilo. Era como experimentar a sensação de ser pai.
Um dia eu falei: O tio adora a Paula! E a mãe delas falou que adorar estava reservado para Deus. Mas penso no adorar como gostar muito, sem essa conotação sacra.
Nunca mais as vi, e outro dia passei um dia de trabalho em Campinas e fui até a casa numa praça onde eu morei e quando vi um rapaz que eu sei que hoje tem 34 anos e disse para ele:
- Já levei você muito para passear de moto e ele também lembrou na hora.
Era outro filho emprestado. E já que estava lá, estive com a mãe e a avó dele.
A Paula e a Lívia devem estar agora perto dos trinta também e já devem ter suas próprias filhas que também devem ser bonecas de verdade.
sábado, 14 de agosto de 2010
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