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domingo, 8 de agosto de 2010

LEMBRAR DO QUE SE GOSTA



Depois de uma sexta onde tudo se encaixou, passei para tomar um café no supermercado e fazer o que é possível fazer lá enquanto tomo um café e também ouvir um pouquinho de música que sempre tem por lá na sexta-feira à tarde.

Dependendo do que estou ouvindo fico mais ou menos tempo e, normalmente fico numa mesa na parte mais distante da música e do balcão. Até quis, mas estava mais frio e sentei mais perto.

Não podia ter sido melhor. Recentemente ouvi lá outra pessoa que tinha um repertório que me agradou muito, mas ele superou.

Acabei ficando por lá e acabando de me resfriar, porque vinha um vento gelado não sei de onde. Entre as músicas fomos batendo papo sobre assuntos ligados a música. 

A música está em mim, sempre esteve e eu não toco nada, mas sempre gostei de cantar junto. Meu amigo Manolo, que tinha dessas tiradas, me disse uma vez, se eu gostava de cantar porque que eu não aprendia? Também disse uma vez quando eu falei que uma menina tinha um nariz bonitinho, que quem gosta de nariz é lenço e por aí ia.

Antes, para também não usar antigamente, alguém que tocasse um violão no Rio era suficiente para fazermos o que era chamado de uma reunião. Íamos para a casa de alguém e ficávamos ouvindo e cantando junto.

Depois vieram os bares.

No Rio foi o Lord Jim Pub, na Rua Paul Redfern, a última rua antes do canal que separa Ipanema do Leblon. Anos frequentando e "naquele tempo" tinha alguém tocando música brasileira e a turma era bem diversificada, mas muitos eram assíduos.

Música agrega e favorece o contato com as pessoas que também gostam de música.

O mesmo bar também.

No Lord Jim conheci muita gente que nunca mais vi e também gente que ficou muito amiga.
Reencontrei uma amiga do São Vicente, com quem tive mais a ver a partir dali, do que tive no tempo de colégio.

Não tenho saudade de nada, no sentido de querer viver aquele tempo novamente, gosto do que vivi e acho que tudo teve seu tempo certo, mas aquilo era bom demais. A vida foi boa para mim e espero que continue sendo.

Depois morei em Campinas e lá haviam vários bares com música ao vivo. O que eu mais frequentei foi o Água Furtada, pertinho do Centro de Convivência e não existe mais. Também ali conheci muita gente.

Tá na hora de descobrir se existe um barzinho com o qual eu me identifique aqui em São Paulo e começar a ir e repetir, como se faz com as coisas das quais a gente gosta e um dia esquece que gosta tanto.

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