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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

FELIZ COM POUCA COISA


Foi outro dia desses que eu comentei com minha filha e com outra pessoa como estava bastando pouca coisa, quando era bom, para me deixar feliz. Podia ser uma conversa sem pressa que fluía, comer alguma coisa que eu goste e não estou falando de nenhuma comida especial, estou falando das coisas mais simples como tomar um expresso trazendo a xícara perto do nariz e deixando o aroma invadir primeiro de um lado e depois do outro e só então beber com toda calma do mundo.  Viajar então nem se fala. Viajar está fazendo mais sentido do que nunca para mim. Mas nem todo dia é assim.

Ontem tive uma experiência horrível que eu fiquei aliviado quando terminou. Convidei uma pessoa a quem eu devia uma gentileza para uma pizza com seus filhos e esse encontro ficou longe do que eu gostaria. A conversa não rendia, eu que gosto de crianças e tenho facilidade em fazer com que falem não conseguia fazer que a conversa tivesse seguimento, me incomodavam algumas coisas que eles faziam e por fim acho que eu já estava ansiando por não estar mais ali e achando que ali estava a prova que eu não gosto de todo mundo e tenho minhas preferências. Elegância nas atitudes para mim é essencial e ali faltou muitas vezes. Mas acabou, e tenho que dizer a favor disso é que não demorou tanto assim, mas foi horrível.

Um dia ruim para mim é raro mas mesmo assim o dia seguinte trouxe a compensação.

Tenho tido dias sem rotina nenhuma mas tenho tentado manter a rotina de uma caminhada no final do dia. Hoje inesperadamente encontrei uma menina que eu conheci numa dessas caminhadas e tínhamos conversado umas duas vezes e ela veio falar comigo muito contente de me ter encontrado. 

Ficou bem claro para mim que ela ficou sem saber o que fazer quando chegou perto mas ela imediatamente confessou que gostaria de me abraçar e eu abri os braços porque essa é uma dessas coisas que me faz feliz. E não acho pouco.


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