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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

PROVAR QUE ELA É RUIM VAI FAZER PARECER QUE VOCÊ É BOM?


Fazia muito sentido pensar na pergunta na qual, antes dela, eu não havia me debruçado.

Tinha sentido nisso.

Ao provar que ela é uma pessoa do mal eu combateria a canalhice dela. 

A realidade era que o assunto não interessava a ninguém além de mim. Todos queriam ver aquilo terminado o mais rápido possível, mas para mim, provar que ela é ruim e uma mentirosa comprovaria uma série de afirmações que faço a respeito dela e derrubaria as mentiras dela a meu respeito. 


Foi num casamento na família que o gatilho disparou.


Uma prima envolvida no assunto quis conversar comigo a respeito e nos afastamos das outras pessoas.  Um tio que já havia bebido um pouco ficou insistindo para que voltássemos para a mesa e quando voltamos me disse de uma forma muito seca para eu parar com aquele assunto e eu argumentei que só estava falando naquilo porque minha prima quis, mas que minha irmã era desonesta e que eu iria provar isso. 


Foi quando ele me disse que eu vivia dizendo isso mas que ainda não havia feito nada, e, pensando bem, ele tinha razão!

Eu não tinha feito nada além de falar e falar!
Eu tinha que fazer alguma coisa!

Eu vinha juntando provas do que ela havia feito reunindo documentos da universidade, emails da imobiliária, extrato bancário e conversado com várias pessoas todas , e, muito mais importante que isso, havia impresso e organizado os emails dela que criavam provas contra ela mesma e não havia feito nada com eles.

Reunir provas e não fazer nada com elas não bastava.

Não parei mais de pensar naquela conversa e passei os dias seguintes separando a documentação reunida por assunto, dentro de cada assunto por data e colocando na mesma ordem no computador. 

Quando tudo estava pronto antes de dar para qualquer outra pessoa mandei por e-mail para que ela fosse a primeira a tomar conhecimento de tudo que eu estava afirmando e da documentação organizada que dava sustentação às minhas acusações.


Depois disso imprimi e encadernei uma série de cópias daquela documentação e o primeiro a quem entreguei uma cópia foi o tio que de certa forma havia me cobrado fazer aquilo e disse para ele e para muitos que tinham ouvido relatos do assunto que aquilo podia não interessar a eles, mas que eu tinha a obrigação moral de entregar a cada um deles uma cópia daquilo. 

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