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sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

A INFLEXIBILIDADE

 

 

Ontem uma amiga ficou aborrecida com a atitude de uma pessoa que eu conheço e que ela nem conhecia na rua e bem frente ao meu prédio. 

Ao dar importância a uma pessoa que não tem importância nenhuma para ela acho que ela cometeu um erro. 

Quando eu soube quem tinha sido falei que o indivíduo não conseguiu ir a lugar nenhum na vida, que não tem muitos amigos e sequer um relacionamento ainda que esporádico com alguém.

Ele demonstra uma certa amargura. Pensando no assunto eu tive a impressão de que nunca vi essa pessoa rindo ou mesmo sorrindo e como sempre posso estar errado perguntei para uma outra pessoa que o conhece e ela confirmou isso como um fato. Me parece uma dessas pessoas que "com a infelicidade alheia compensa a própria infelicidade".

Ela disse que queria ter a minha calma e eu respondi que a calma era só exterior, que por dentro eu estava me controlando, apenas porque era mais produtivo.

Eu tento evitar todas as que eu posso, mas, como todos, vivo situações onde as coisas não acontecem da forma como eu gostaria e nem todos agem como eu gostaria.

São raras, mas uma vez aqui outra ali tenho também essas situações com pessoas para quem a gente não quer desejar o bem.

Sei que eu passo da conta no meu desejo de que tudo aconteça sem contratempos e em ter a expectativa de que as pessoas tenham os mesmos padrões de comportamento que a minha vida me permite ter.

Eu só tenho negócio com gente que tem a reputação de ser muito séria no que faz. Mas, mesmo sendo muito raro, como em todo negócio algo que estava programado pode não acontecer exatamente como estava no cronograma.

Quando isso acontece sei que por dentro me incomoda e me tira um pouco do prumo, mas por fora eu tento ser absolutamente elegante e não demonstrar nenhum desconforto. 

Tenho parcerias com amigos que precisam de um associado para que eles possam fazer tudo o que estão fazendo. Se não precisassem eles iam fazer sozinhos e eu não teria aquela chance. Sou muito grato porque eles me escolhem.

Se eu também fosse inflexível externamente, não ia ser a mim que eles teriam como coadjuvante.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

A ETERNA CRISE FISCAL BRASILEIRA

 



Gosto muito de ouvir gente mais inteligente e mais capaz que eu. Acho que pessoas brilhantes em suas áreas tem uma capacidade de observação e de síntese que os comuns mortais, como eu, não tem.

Assisti ontem um WW especial, na CNN - Os culpados da Crise Fiscal.

Deu essa visão completa de algo que eu até então só conseguia ver os pedaços.

Vale a pena ver:

https://www.youtube.com/watch?v=P71P-ih4WTc

NÃO DOU MAIS ESSE PODER

 


Tenho desacolhido relações onde não reconheço por mim a mesma consideração que tenho pela pessoa. 

Quero aquilo que funciona para as duas partes, por mais estejamos suprindo necessidades distintas.

Estou ficando mais exigente e nada disposto a ser condescendente com desconsideração. Apenas tenho tomado cuidado para não ser precipitado e repensado o acontecimento que provocou o raciocínio, várias vezes, antes de desfazer o vínculo.

Faz pouco tempo desfiz dois desses vínculos.

A pessoa que estava comigo ouvindo eu contar sobre dar esse "basta" disse um pouco preocupada que não queria que eu quisesse me livrar dela e, naquele momento, era a última coisa que eu pensaria fazer. 

Eu estava desfrutando de cada momento quando estávamos juntos e a coisa estava indo muito bem desde que começou em meados de dezembro. 

Até não ir mais.

Uns dias depois daquele tivemos uma conversa sobre um determinado assunto que me fez pensar que ela estivesse achando que tudo estava certo se fosse bom para ela.

Com certeza teve a ver com me desvencilhar de duas que talvez tivessem uma ideia de que eu precisava delas. E que podiam fazer as coisas sem se preocupar com o que era bom para mim.

Nessas últimas semanas, pensei muitas vezes sobre o que me levou a romper aqueles dois vínculos e tenho sido mais crítico em relação às pessoas com as quais me relaciono.

Talvez como efeito das conclusões que tirei naqueles dois casos, não tenho estado disposto a permitir que ninguém passe da conta. E quem dá o limite sou eu.

Por mais maravilhosa que uma mulher possa ser, e ela é, não dou esse direito. Eu disse que não ia poder vê-la semana passada e que nas próximas duas estava programando uma viagem.

Ela chegou a me perguntar se eu não queria mais vê-la e eu, com sinceridade, disse que queria, mas foi tão bom até agora que tenho pensado se alguma coisa, que não pode ser consertada, quebrou.

A VONTADE SEM MEDIDA DE SER OUVIDO

 


Tenho um amigo dos tempos de colégio com quem não mantinha muito contato. Faz uns anos nos falamos e fiz um sacrifício em termos de muito tempo e muito desconforto para ir visitá-lo.

Chamar de sacrifício dá a constatação de que por mais que eu diga que fico bem em qualquer situação de vez em quando vivo alguma coisa que não posso dizer que valeu a pena.

Não valeu, mas já passou.

Algumas pessoas tem uma necessidade tão grande de atenção que perdem a noção do quanto estão sendo inconvenientes ao querer usar o tempo do outro de uma forma que o outro não está disposto a empregar daquela forma.

O Whatsapp para mim é uma ferramenta então dou atenção imediata às mensagens recebidas. Sou objetivo, rápido para responder e ocasionalmente preciso me lembrar de cumprimentar antes de começar a tratar de algum assunto.

Eu vejo muitas coisas todos os dias, mas quando eu passo para alguém é porque considerei muito interessante ou relevante para a pessoa. Então são muito selecionadas as coisas que envio e para raríssimas pessoas.  

Aquele amigo faz um uso que, para mim, é muito inconveniente. Ele manda muita coisa inútil como imagens de frases bobinhas ou piadas idiotas. 

Chegou ao ponto de pedir uma vez para não me mandar porque eu perdia tempo e energia para olhar logo alguma coisa que não tinha nem pressa nem nenhuma importância.

Ele parou mas depois recomeçou. 

Ultimamente ele estava até bem comportado quando mandou algo dele mesmo e mencionava que morou num lugar que fui conhecer por causa de uma música. Comentei o assunto e foi o que bastou. 

Agora estava sendo de manhã, de tarde e à noite.

Eu estava me segurando até agora pela manhã, apenas apagando sem ler, quando ele mandou mais uma mensagem tola. 

Não consegui mais segurar. Pedi a ele, mais uma vez, num texto muito tranquilo mas explicando todos os motivos, que me tirasse de qualquer lista porque eu gostaria de manter um canal aberto com ele para mensagens pessoais.

Quero ver se ele entende.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

CONSELHOS SUECOS PARA VIVER BEM



Eu vejo muita coisa nova porque disponho de tempo. 

Quando me interessou, aprendi alguma coisa nova ou uma nova forma de pensar naquele assunto.

Outro motivo é validar algo que eu pensava conseguindo explicar aquilo muito melhor do que eu seria capaz de fazer.

Recentemente aprendi que dois comportamentos que adotei são uma filosofia de vida na Suécia. 

Vou colocar dois links abaixo para a BBC News que falam a respeito deles assim como o resumo deles apresentado pela IA do Google.

LIMPEZA ANTES DA MORTE

Trata-se de uma prática conhecida como döstädning — um termo relativamente recente para designar um costume antigo — que combina a palavra dö (morte) e städning (limpeza). Esta "limpeza antes da morte" consiste em se livrar de tudo o que é desnecessário antes de deixar este mundo.       (fonte: IA do Google)

https://www.youtube.com/watch?v=KOTT_4PJdv0



LAGOM

Lagom é um estilo de vida sueco que busca o equilíbrio, a moderação e a satisfaçãoA palavra significa "nem muito, nem pouco". 

O lagom pode ser aplicado em diversas áreas da vida, como na alimentação, na decoração, no trabalho e nas relações. 
Alguns exemplos de práticas lagom: 

  • Fazer escolhas sensatas
  • Falar só quando necessário
  • Sair do trabalho a horas razoáveis
  • Reutilizar sobras de comida
  • Escolher produtos frescos e da estação
  • Evitar gastos desnecessários
  • Escolher peças de roupa de qualidade
Fonte: IA do Google


https://www.youtube.com/watch?v=-zFtRbI66sc


quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

OS BICHOS E EU


Eu estacionei e desliguei o carro. 

Estava pegando o que precisava para caminhar quando esse pássaro voou para frente do parabrisa e ficou me olhando. Também fiquei olhando para ele. Peguei o celular para tirar uma foto dele ali e ele ficou ali tranquilo.

Resolvi sair do carro para ver o que ele ia fazer e ele voou. Mas que até chegar nesse ponto foi engraçado, foi.

CONTINUO APRENDENDO

 


Não sou um alvo muito fácil para golpes aplicados por estranhos. Não gosto de perder tempo com pessoas que não conheço e aprendi a desconfiar de coisas que parecem ter caído do céu. 

Mas, reconheço que fui menos malicioso do que deveria ter sido com pessoas que eu conhecia.

Algumas vezes na vida fui mais amigo de pessoas que não corresponderam com uma amizade igual a minha. Eu nunca soube cultivar uma relação por interesse e sempre tive muita dificuldade para pedir a amigos que fizessem alguma coisa por mim. 

Acho que, equivocadamente, eu tinha a mesma expectativa em relação a todos. 

Mas cada um é o que é. Não posso dizer que tem algo de errado nisso, mas é bom conhecer a natureza das pessoas para não se enganar.

Escolho a quem ajudar e só gosto de ajudar pessoas a quem conheço. Quero fazer essas coisas porque é da minha vontade. Há alguns dias tive uma percepção a respeito de uma pessoa que soube explorar bem essa minha inocência em ser bonzinho, já que eu que não tinha consciência nem a maldade para perceber a manipulação.

Eu espero o melhor das pessoas que conheço então nunca tive muita malícia, e muitas vezes não devo ter percebido o quando alguém mais astuto estava me levando para onde queria.

Não é uma reclamação, é apenas uma constatação.

Dessa vez eu consegui ver, mas na minha vida devem ter acontecido muitas outras onde fui feito de bobo sem perceber e acho que foi melhor assim. 

A vida retribuiu essa inocência de muitas outras formas.

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

UM PASSEIO PELA VIDA

Fui almoçar com um casal amigo e quando saímos do restaurante ela disse que se ela, que é daqui, pudesse, viria por aqui só para visitar. E perguntou porque eu tendo a possibilidade de morar noutro lugar não fazia essa escolha.

Respondi que um dos motivos é ter formado uma rede de relacionamentos comerciais de qualidade que tem dado resultado. 

Não sei se estivesse morando noutro lugar teria as mesmas oportunidades com pessoas das quais tenho tantas referências. 

Ele, com quem já viajei junto muitas vezes, disse que, me conhecendo, tinha certeza que em qualquer lugar que eu morasse eu faria uma rede de relacionamentos como essa. 

Sei que tenho facilidade para conversar com quem me dá vontade, mas tenho minhas dúvidas quanto aos relacionamentos comerciais na mesma profusão e com tantas informações vindo de fontes diferentes. 

Também sei muito bem que não gosto de falar com qualquer um e que não sou simpático com todo mundo, só com quem eu quero. Chego a ser mal educado ao ignorar algumas pessoas que fazem uma certa força para fazer contato. Tenho uma grande dificuldade para mentir e fazer de conta e, mesmo com isso de vez em quando não funcionando a meu favor, eu não ligo.

Talvez essa conversa tenha sido o gatilho para uma espécie de balanço da vida.

Sou uma pessoa comum, e tenho atitudes e características que me representam. De novo, comum, mas único. A canção diz: "Só eu sou eu". Serve bem para mim.

Minha inclinação sempre foi pela felicidade, e acho que muito disso se deve a não apenas sofrer pelo fato de alguma coisa estar acontecendo, mas agir para enfrentar qualquer situação.

Nunca coloquei minha felicidade no futuro ou em alguma coisa que eu não tinha. Reconheço qualidade e beleza mas não me vejo como invejoso. Nunca tive vontade de ser alvo de muita atenção por parte dos outros nem me lembro de ter desejo de ser famoso, mas sou capaz de lidar com pessoas famosas ou muito poderosas de forma adequada. 

Admito que gostava da quantidade de likes nas minhas fotos no ápice do Facebook, que hoje ainda tenho, mas praticamente não publico nada. Naquele momento de vida talvez fosse importante para mim. Fotografo e não tenho Instagram.

Gosto de me pensar como uma pessoa boa, porque mesmo que eu não seja, eu sinceramente tento ser. 

Não gosto de todo mundo e tem umas poucas pessoas que eu gostaria mesmo é de vê-las se ferrando feio.

Pois é... é isso.


domingo, 12 de janeiro de 2025

ANDO VIAJANDO PELO CORPO DELA

De vez em quando parece que eu preciso viajar, mas faz um tempo que fiz a última viagem e não estou sentindo nenhuma urgência em fazer isso. 

Por duas vezes fui em lugares perto e passei fora uma noite numa e duas noites fora na outra mas isso nem dá para chamar de viagem.

Tenho uma outra prevista para daqui a menos de um mês para assistir um show com amigos. 

Parece que essa não está me animando muito, porque comprei o ingresso mas ainda não reservei o hotel. De uma forma semiconsciente estou pensando na possibilidade de não ir e ainda não identifiquei o motivo dessa falta de entusiasmo.

A vida em si está simples mas boa. 

Tenho prazer em coisas tão pequenas que acho que não faria sentido se eu tentasse explicar para outra pessoa.

Porém, o prazer que tenho nos encontros com uma amiga recente são uma coisa maior. Gosto muito de todo encontro para brincar, mas os encontros para brincar com ela tem sido especiais. 

Ela esculpiu um corpo firme e suave que é um desenho de tão bonito, e é por lá que tenho passeado sem pressa. 

A última foi a terceira vez, mas já foi bom desde a primeira. 

Ela se entrega e também participa de uma forma que fica cada vez melhor porque além daquilo que eu posso sentir ela fala tão baixinho que parece um miadinho mostrando quando a estou levando no caminho certo e quando chego ao destino ela fica lá cada vez mais tempo.

Gosto muito de levá-la.


terça-feira, 7 de janeiro de 2025

PRISIONEIRO DOS PRÓPRIOS OLHOS

 


Não me canso de dizer que beleza me comove. 

Sou cativo de muitas coisas que meus olhos veem e não quero me libertar disso. Na verdade isso é uma das coisas que me traz felicidade.

Fui recentemente a um evento cheio de gente e não vi uma pessoa sequer de quem eu tivesse dificuldade de tirar os olhos, mas a compensação pela falta que senti naquele dia veio muitas vezes depois.