Talvez eu esteja errado, mas penso ser uma pessoa que tenta se controlar e ser muito paciente. Mas, tudo tem limite e, quando essa serenidade acaba, tomo a atitude que estava evitando.
Sou parte de um Inventário que está em juízo há dez anos e pode sobreviver aos herdeiros se não resolvermos amigavelmente. Todos nós, de uma forma ou de outra, perdemos dinheiro com essa demora.
Toda nossa comunicação foi feita por escrito, então não há nenhuma afirmação que algum de nós faça que não possa ser esclarecida através de documentos. Assim não restará dúvida entre a lembrança que cada um tem dos fatos e a realidade.
Poderíamos ter resolvido extrajudicialmente em três meses, há dez anos, como eu propus na época, mas alguns herdeiros acreditaram, sem pesquisar ou consultar um advogado, quando uma delas disse que o Inventário tinha que ser judicial.
Quando uma outra irmã, um ano depois, se deu conta que não precisava ser judicial, escreveu que a irmã que os manipulava com informações sem fundamento, sempre falava uma coisa diferente do que tinha dito antes. Mas tanta coisa tinha acontecido, que o assunto foi ficando uma Torre de Babel. Todo mundo falava e ninguém se entendia.
A única coisa que eu queria naquele instante era não ser roubado no que gastei na reforma de um apartamento e tudo piorou quando essa tentativa de se apropriar do valor da minha reforma ficou clara, inclusive pela manipulação da cabeça de outros que acreditaram nas argumentações dela a respeito de benfeitorias feitas por inquilinos ficarem de graça para o proprietário,
Não consultam um advogado, não pesquisam de graça na Internet, nem leem o Código Civil em seu artigo 2020.
A maior prova da minha paciência é ter esperado dez anos antes de peticionar contra as Investidas contra a Herança da irmã má.
A juíza não despachou nessa petição, mas, por outro despacho, parece está tentando ver se saímos desse impasse sem levar isso mais longe do que já foi.
Tenho pensado numa forma de resolver esse assunto apenas para que uma irmã menos favorecida desfrute do pouco que lhe pertence por herança antes de morrer.
Procurei alguém da família para intermediar uma proposta para mostrar meu interesse em encerrar o assunto mas não tive sucesso.
Resolvi procurar eu mesmo uma irmã, um pouco mais racional e fiz uma proposta, que ela exigiu que eu fizesse por e-mail e eu fiz.
A oferta só tinha três itens.
Um foi comprar o apartamento por um valor justo, sem levar em conta a reforma que eu fiz e é minha. Não é difícil chegar nesse valor.
O segundo foi ter o direito de comprar, pagando ao espólio três vezes a avaliação da CEF, uma pulseira que minha mãe, numa relação que ditou a uma tia nossa, poucos dias antes de sua morte, destinou à minha filha, esquecendo o restante que eu sempre pensei ser assunto que diz respeito apenas às mulheres da família.
O último item foi uma compensação que ofereci, de um extra de dez mil reais para cada um dos três herdeiros que não usaram um imóvel do espólio durantes esses anos.
Mesmo por e-mail não tive resposta.
O tempo esgotou e, eu ia novamente peticionar para documentar no Inventário que tentei um acordo, antes de entrar com uma ação contra o Espólio.
Também tem uma estória feia a respeito de joias envolvendo a irmã perversa e a inação das outras, que eu vou ressuscitar mais uma vez, apresentando todos os e-mails que trataram desse assunto.
Ele falou nisso mas ainda não deu os telefonemas que disse que ia dar para os outros herdeiros. Ele está passando por um problema pessoal e atuar nisso não é prioridade para ele.
Cheguei no ponto em que vou fazer por onde resolver de uma forma ou de outra e não vou esperar mais nada, nem por ele, sem tomar uma atitude.
Os trinta mil reais que eu iria dar para os outros herdeiros posso gastar com advogado.
Mas mesmo esquecendo do auxílio do primo, vou mais uma vez, documentar que tentei novamente chegar a um acordo, para que não reste nenhuma dúvida que ainda exerci a tal da paciência.
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