Total de visualizações de página

terça-feira, 21 de maio de 2024

O RESTAURANTE LEITE E O PECADO DA GULA

 


Eu já disse que se eu tivesse que escolher um pecado capital favorito, esse seria a luxúria, mas também tenho sido muito dedicado e vagaroso ao comer quando estou tendo prazer da gula.

Indo a Recife, para mim, passou a ser obrigatório ir ao Leite.

Não foi diferente essa última vez. Era sábado e eu tinha visto na internet que eles fecham aos sábados, mas esqueci e fui direto da estrada para lá e encontrei fechado. Um amigo ia me encontrar lá. 

Já fiquei antecipando a volta ao Leite para comer lá no dia seguinte.

Acabei almoçando tarde e tendo uma ótima experiência ao comer num restaurante que não me lembro o nome mas que no extrato do cartão aparece como Alentejo e fica em frente à Casa dos Frios do bairro da Piedade.

Comi um maravilhoso linguado, que fazia um bom tempo que eu não encontrava, com arroz de amêndoas.


No dia seguinte fomos ao Leite e chegamos cedo com uma reserva feita. Ficou rapidamente lotado e com uma enorme espera.

Eu já ia pensando no que ia pedir. Gosto muito de pedir um picadinho num restaurante dessa qualidade, mas abri o cardápio antes e vi que eles estavam tendo duas opções de Lagostim, uma com arroz de brócolis e a outra com arroz de amêndoas e batatas.

Eu queria muito o picadinho, mas pedi o lagostim novamente com um arroz de amêndoas e que estava perfeito, como tudo no Leite. Foi muito bom e bastante leve. 

Comi com um prazer imenso.


Mas aquela ia ser minha última noite em Recife e o picadinho não saía da minha cabeça. Não importei se era gula ou se não era, se era exagero ou não. Pedi que me trouxessem o picadinho para comer em seguida, e foi outro prazer.

Do meio para o fim senti que estava exagerando mas não me importei.



E podem falar que estando lá deveria comer como sobremesa uma cartola, que é típica de Pernambuco, mas eu tinha uma lembrança muito boa da rabanada do Leite que é feita com um pão que parece o Artesano, com essência de baunilha e polvilhada com açúcar e canela.

E foi o terceiro prazer.

Café com certeza e depois disso não comi nem uma vírgula, saindo só para passear na praia e na feirinha de Boa Viagem onde tinha visto uma miniatura do Farol de Olinda que eu trouxe para casa.

Nada estava pesando, nem a consciência. Fiquei feliz de ter feito o que fiz, sem sentir culpa nenhuma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário