Total de visualizações de página

quarta-feira, 29 de maio de 2024

O GOOGLE E O YOUTUBE SABEM TUDO !


Tenho um filtro de parede igual a esse que uso muito pouco, mas ontem usei para encher umas formas de gelo e de lá para cá percebi que estava pingando pela torneira.

Achei que podia ser a posição da torneira, mas continuava pingando.

Fui ao Google e logo apareceu um vídeo de um minuto no YouTube que tinha um texto que mostrava como tirar a torneira e apertar um parafuso.

Me encanta quando uma pessoa sabe ser objetiva desse jeito e ajudar você a resolver um problema sem autopromoção.

Acabou que não resolveu o problema, mas o encantamento com quem fez o vídeo permaneceu.

terça-feira, 28 de maio de 2024

O RITUAL DO CAFÉ

 


A pessoa vai envelhecendo e se apegando a hábitos que preenchem a vida e o dia.
Um desses hábitos é o café. No mesmo lugar, na mesma mesa, que se estiver ocupada, na maior parte das vezes tenho a paciência de esperar nem que para isso tenha que dar uma volta.

E aí tem todo um ritual que faz com que eu use muito tempo para tomar um café. Primeiro o copinho com água com gás limpando todos os sabores que possam estar pela boca.

Depois vem o sentir o aroma alternando os lados do nariz. Li em uma vez que você só consegue sentir uma por vez, mas acabei de ver um artigo interessante a respeito disso no UOL:

https://gizmodo.uol.com.br/cada-narina-pode-sentir-o-mesmo-cheiro-de-maneiras-diferentes-diz-estudo/

Quando os sentidos estão tomados pelo aroma do café, coloco a canela em pó e deixo os vapores da canela subirem e repito o sentir alternando o lado novamente.

Despejo o adoçante vagarosamente e aí sim estou pronto para beber o café a cada gole, enquanto vejo a paisagem passar e de vez em quando passa uma pessoa conhecida para cumprimentar e dar um abraço.

Há um tempo atrás, antes de diminuir o açúcar eu costumava levar Cointreau numa garrafa de agua mineral. Não tenho feito isso mas acho que vou voltar a esse hábito também.

Na última viagem eu trouxe um Sambuca que tem um outro charme ao tomar. Você coloca no cálice junto com o licor uns grãos de café e flamba o Sambuca por um pouquinho de tempo.

quinta-feira, 23 de maio de 2024

ABRAÇOS SURPRESA

 


Eu sou um ser que abraça muito e depois de um tempo é normal que eu abrace as pessoas amigas, mas, mesmo assim me surpreendi recentemente com dois abraços.

Quando eu estava viajando estive num lugar onde depois de conversar bastante sobre o lugar onde eu estava com uma moça, falamos da minha viagem no meu momento de vida e, como uma coisa leva a outra,  começamos a ter uma conversa muito pessoal.

Eu falava, ela falava, ela perguntava mais, eu respondia. Chegou a hora que parecia uma terapia porque contei muito do que estava acontecendo nos meus últimos encontros.

Embora um pouquinho tímido com algumas perguntas dela, num ponto eu disse a ela que não ia me importar de falar qualquer coisa  porque provavelmente nunca mais íamos nos ver. Aquilo durou uma hora e nos despedimos.

No dia seguinte eu ia passar na porta de onde ela estava e parei e quando ela me viu me deu um abraço muito caloroso que eu não estava esperando. E ela deu um jeito de anotar um número onde se eu ligasse falaria com ela. 

O pior de tudo é que eu esqueci o nome dela mas tem passado pela minha cabeça mandar umas fotos que fiz no lugar. Mas ainda não mandei.

Já na minha rotina, ontem saí para caminhar e encontrei uma criaturinha que eu já fotografei junto com duas tias e a babá e uma das tias me deu um abraço demorado e caloroso que eu retribui da mesma maneira. 

Eu só tinha conversado com ela uma vez junto com a irmã, mãe da pequena que é uma amiga e uma outra vez apenas tinha cruzado com ela caminhando e só tinha cumprimentado.

Eu comecei uma conversa com a pequenininha que estava com muita vontade de interagir, ainda surpreso com o abraço e seguimos caminho.

quarta-feira, 22 de maio de 2024

PRAIA DO PATACHO - NADA DEMAIS - PODIA TER PASSADO SEM ELA

 


Já andei muito pelo Brasil e ainda quero andar um pouco mais e a única parte que não me interessou, embora tenha ido algumas vezes à Brasília foi o Pantanal. 

Não fui a Belém, mas passei 70 dias em Manaus há muitos anos atrás, mas tem aquelas coisas que a gente fica pensando que tem que ir ver, como era o caso da Praia do Patacho que está quase tão falada quanto Jericoacoara.

Jericoacoara eu desisti de ir quando vi fotos de uma fila de pessoas para tirar a mesma fotografia na Pedra Furada, mas eu estava querendo fazer uma viagem sem rumo definido e eu tinha impressão que uma amiga havia falado muito bem do Patacho, resolvi incluir no meu roteiro.

Na verdade eu estava tão feliz onde eu estava que teria sido melhor ficar lá no mesmo hotel por mais uns dias e cheguei a falar que eu ia ao Patacho, mas que estava pensando que ia ficar com saudades dali e fiquei mesmo!



Mas, depois do Patacho, acabei subindo depois até Recife.

O mar de Alagoas, na minha opinião, é o mar mais bonito do Brasil, onde quer que você esteja e embora eu possa relevar pensando que não estávamos no verão, havia muita alga, a faixa de areia é estreita e eu não achei nada demais, além de não ter muita estrutura para quem não está nas pousadas caríssimas que tem serviço de praia.






Abaixo está o Tunel Verde, para que julguem vocês pela foto se é tão interessante.


Abaixo o Farol de Porto de Pedras


A Foz do rio Tatuamonha vista do Alto do Casado


Melhor ter dado esse passeio do que não, mas quando voltei, a amiga que eu achei que tinha falado muito bem, disse que não tinha achado nada demais.

Dois.

terça-feira, 21 de maio de 2024

O RESTAURANTE LEITE E O PECADO DA GULA

 


Eu já disse que se eu tivesse que escolher um pecado capital favorito, esse seria a luxúria, mas também tenho sido muito dedicado e vagaroso ao comer quando estou tendo prazer da gula.

Indo a Recife, para mim, passou a ser obrigatório ir ao Leite.

Não foi diferente essa última vez. Era sábado e eu tinha visto na internet que eles fecham aos sábados, mas esqueci e fui direto da estrada para lá e encontrei fechado. Um amigo ia me encontrar lá. 

Já fiquei antecipando a volta ao Leite para comer lá no dia seguinte.

Acabei almoçando tarde e tendo uma ótima experiência ao comer num restaurante que não me lembro o nome mas que no extrato do cartão aparece como Alentejo e fica em frente à Casa dos Frios do bairro da Piedade.

Comi um maravilhoso linguado, que fazia um bom tempo que eu não encontrava, com arroz de amêndoas.


No dia seguinte fomos ao Leite e chegamos cedo com uma reserva feita. Ficou rapidamente lotado e com uma enorme espera.

Eu já ia pensando no que ia pedir. Gosto muito de pedir um picadinho num restaurante dessa qualidade, mas abri o cardápio antes e vi que eles estavam tendo duas opções de Lagostim, uma com arroz de brócolis e a outra com arroz de amêndoas e batatas.

Eu queria muito o picadinho, mas pedi o lagostim novamente com um arroz de amêndoas e que estava perfeito, como tudo no Leite. Foi muito bom e bastante leve. 

Comi com um prazer imenso.


Mas aquela ia ser minha última noite em Recife e o picadinho não saía da minha cabeça. Não importei se era gula ou se não era, se era exagero ou não. Pedi que me trouxessem o picadinho para comer em seguida, e foi outro prazer.

Do meio para o fim senti que estava exagerando mas não me importei.



E podem falar que estando lá deveria comer como sobremesa uma cartola, que é típica de Pernambuco, mas eu tinha uma lembrança muito boa da rabanada do Leite que é feita com um pão que parece o Artesano, com essência de baunilha e polvilhada com açúcar e canela.

E foi o terceiro prazer.

Café com certeza e depois disso não comi nem uma vírgula, saindo só para passear na praia e na feirinha de Boa Viagem onde tinha visto uma miniatura do Farol de Olinda que eu trouxe para casa.

Nada estava pesando, nem a consciência. Fiquei feliz de ter feito o que fiz, sem sentir culpa nenhuma.

UM LUGAR ONDE SOU MAIS FELIZ AINDA

 


Sempre fui feliz com o que eu tinha. Não fui ambicioso nem invejoso e o resultado dessa conformidade em relação a como a vida se apresentava foi que pude ser feliz a maior parte do tempo. Também sempre fui otimista, por mim e pelos outros a quem apoiei em situações de fragilidade.                                          

Eu vivo tentando tirar o melhor do momento presente mesmo quando não estou achando maravilhoso o lugar onde estou ou fazendo alguma coisa que pareça extremamente interessante. 

Mas tem lugares onde eu sinto que estar ali foi uma escolha certa em todos os aspectos. 

Passei uns dias num hotel do qual gosto muito e já é a terceira ou quarta vez que fico lá. E foi bom porque embora eu tenha essa tendência de tirar o melhor de qualquer coisa, mesmo que não seja tão boa,  tudo foi perfeito, sem sair dali para nada. Tão perfeito que continua dando vontade de repetir.

domingo, 19 de maio de 2024

UMA PESSOA MUITO MELHOR QUE EU

 


Acredito que todos nós, mesmo que não sejamos, nos julgamos pessoas boas. 

Eu sei que eu tento, mas também sei que eu não sou tão bom quanto poderia ser, principalmente quando vejo o quanto a vida tem sido boa comigo e tenho um comparativo com uma pessoa capaz de fazer muito mais do que eu faço. 

Também tenho a consciência de que gosto de fazer minhas bondades com pessoas que eu conheço ou que me servem de alguma forma.

Recentemente conheci uma dessas pessoas muito melhores que eu na recepção de um hotel.

Conversamos bastante e ouvi muita coisa a respeito da vida dela. 

Começou dela junto com o marido fazerem uma sopa para distribuir, junto com outros voluntários, numa comunidade carente distante uns vinte a trinta quilômetros de onde eles moram. 

Depois veio o relato de quando houve uma enchente naquele local onde eles distribuem a sopa dela ter levado para a casa dela duas crianças de uma mulher que tem quatro para passar uns dias na casa dela e hoje essas crianças ficam perguntando quando elas vão para a casa dela novamente e dela se questionar se não apresentou uma realidade que não é a delas e se isso foi bom ou ruim.

E em algum momento dessa nossa conversa ela ter contado que não podia ter filhos e que adotou um menino que hoje é um rapazinho. 

Eu não seria capaz de fazer nenhuma dessas coisas, incluindo adotar uma criança porque sempre quis ter a minha e tenho uma ótima relação com minha filha.

Encontrei a mãe dela quando foi levar a filha para trabalhar e fiz questão de ao ser apresentado falar da admiração que passei a ter pela filha dela.

E é o que fiz aqui hoje, ao escrever a respeito dela, mas isso ficou na minha cabeça e em como poderia ajudá-la de uma forma que durasse mais tempo.


segunda-feira, 13 de maio de 2024

A MORTE NOS LEVA A PENSAR

 


O dia começou hoje com a notícia de um infarto fulminante de um pedreiro que trabalhou para mim com revestimento de pisos e paredes, inclusive recentemente. Ele era um profissional fora de série.

Entrei em contato com o filho dele para oferecer qualquer coisa que fosse necessário e o que ele me pediu foi uma coroa de flores para mandar em nome da família deles, e imediatamente disse que encomendasse e que se precisasse de mais alguma coisa que me falasse.

Fui à tarde ao velório e achei que eles foram muito econômicos com a coroa porque era algo muito simples. Gostaria que tivessem escolhido algo mais caro e ainda não me pediram para passar o valor, mas com certeza vou passar mais do que custou.

Ele trabalhou alguns meses para o prédio onde moro no final do ano passado e depois veio dar uma renovada em algumas coisas no meu apartamento e quando veio trabalhar para mim eu pagava por cinco dias de trabalho como se ele estivesse trabalhando seis.

Eles não ganham muito aqui, mas isso me levou a pensar em como trato as pessoas que trabalham para mim e ver que procuro tratar bem inclusive na hora de pagar ou gratificar e eles são muitas vezes as pessoas com quem procuro fazer aquilo que chamo de pequenas bondades.

Isso me dá uma certa paz no coração porque não foi só porque ele morreu que tentei fazer alguma coisa. A vida tem sido boa para mim e acho que essas coisas são uma forma de retribuir o que a vida me dá.

SEMPRE ROLA UMA CONVERSA



 

Meu genro disse uma vez que todo lugar que eu vou com eles eu acabo conhecendo alguém. Eu tenho essa característica. Eu gosto de perguntar e ouço com interesse.

Não foi diferente nessa viagem.

Houve muita conversa.

UMA CIDADE SEM LADRÕES

 


Saí com a intenção de ir de acordo como o vento estivesse soprando e assim se passaram onze dias. Ontem voltei para casa. 

Um dos lugares onde fui foi Porto de Pedras onde se encontra a Praia do Patacho que eu vinha há algum tempo achando que tinha que conhecer.

Saí da Praia do Francês sem pressa e quando cheguei lá era no final da tarde. Havia pesquisado as pousadas no Booking mas não queria reservar sem saber exatamente onde ficar e para isso era bom estar lá.

Fui até o Patacho e encontrei o Nico, um jangadeiro que faz passeios e disse que estava pensando onde ficar e ele falou de uma pousada Sunshine naquela rua sem calçamento que vai do Patacho ao asfalto, parei lá e consegui ver um quarto mas era horrível. 

Vi no Booking fotos muito bonitas do Manatee que é um flat muito novo e muito arrumado, e que está logo ali quando você encontra o asfalto vindo do Patacho, mas estava praticamente vazio e no meio do nada. Além disso contando com o valor da diária mais a taxa de limpeza de 113,00 reais ia ficar quase pelo valor que eu estava pagando no Ponta Verde, que eu gosto demais, na Praia do Francês num apartamento de frente para o mar. 

Por indicação dos locais acabei indo até a Vila de Porto de Pedras numa pousada que era muito vagabunda e com cheiro de mofo e que o dono me disse que estava no Booking. 

Não sei como o Booking aceita colocar um lugar de qualidade tão ruim. Aquilo, para mim, era um chiqueiro.

Desisti de procurar por minha conta, abri o Booking e achei uma Pousada Caminho do Mar, cujas fotos não pareciam ruins para quem estava sozinho e talvez só ficasse uma noite e que parecia bom comparado com as duas porcarias que eu tinha visto.

Fui para lá, e não havia nenhum outro hóspede e pedi para ver um quarto e embora simples com uma piscininha de fibra parecia limpinha com lençóis super brancos e fiquei lá reservando pelo Booking usando o wi-fi deles. Eles tem uma garagem onde cabem dois carros e isso me interessava muito.

Aí veio uma coisa, para mim, surpreendente. A recepcionista me disse que as chaves que ela tinha me entregue abriam todas as portas e que às oito da noite ela iria embora e eu ficaria sozinho. Era engraçado pensar na situação. A pousada inteira que deve ter no mínimo uns quinze quartos então, no mínimo era uma estória para contar.

No dia seguinte tive um café da manhã sem exageros mas com tudo que eu poderia desejar, inclusive com um café muito bom. 

Conversei com o funcionário que cuidava da piscina e disse que anos atrás eu havia fotografado uma menina numa daquelas cidades da AL-101 e que eu não encontrava no whatsapp mas que ainda tinha uma foto dela nos quadros de fotos na parede do meu quarto e que se não fosse longe eu gostaria de tentar encontrar. 

Ele fez umas sugestões de coisas para ver, como ir até a Foz do Rio Tatuamonha, ver essa Foz do Alto do Casado ir até o farol de Porto de Pedras e isso me convenceu a sair pela manhã já dizendo que iria ficar mais uma noite.

Fiz tudo que ele sugeriu naquele dia inclusive indo ir até ao Marceneiro tentar achar a menina, mas vi que não era lá o lugar e, por fim, antes de ver o final de tarde na foz do Tatuamonha, almocei umas quatro da tarde na Vila Guajá, uma vila gourmet com uma série de restaurantes, uma loja de artesanato e uma sorveteria. 

O Uai onde comi tinha um excelente arroz de cupim muito bem servido e depois me peguei de papo com a funcionária que estava no balcão. E como já era final de tarde não iria conseguir jantar mas pelo menos iria voltar para tomar mais uma cerveja e petiscar alguma coisa, para ao menos sair da pousada à noite.

Quando voltei acabei batendo papo com a dona do lugar que estava lá e contei de como eu tinha ficado surpreso de me deixarem sozinho na pousada.

Foi a vez dela me surpreender.

Pediu para eu notar que o restaurante não tinha portas nem janelas para fechar e eu ainda perguntei se a geladeira que estava ali tinha uma chave ou cadeado e não tinha. 

A única coisa que tinha ali eram câmeras que ela mesmo disse que não iam resolver nada, mas que nunca tinha acontecido nada e eles estão ali com a estrada passando na porta.

Moro numa cidade cheia de ladrões oportunistas de todo o tipo e essa é a realidade da maior parte das cidades no Brasil. Para mim, aquela era uma exceção.

Aparentemente uma cidade sem ladrões.