Todo mundo tem.
O grande problema é que muitas vezes essa visão não tem nenhuma base como por exemplo, técnica, legal ou médica e outras tantas vezes não passa de algo que as pessoas escutam e lhes agrada e eles passam a repetir aquilo como se verdade fosse.
Existe a hora do especialista quando precisamos de uma informação mais confiável do que se consegue numa pesquisa na internet.
O especialista custa, mas é um dinheiro bem gasto.
Minha mãe foi uma pessoa com muitas qualidades, muito prática e com uma capacidade de administrar as finanças dela, como poucas pessoas tem.
Mas não soube estimular que os filhos tivessem um bom relacionamento entre eles. Talvez ela não tenha aprendido isso. Ela tinha dez irmãos e irmãs e eles não eram muito unidos.
Na nossa família primária, somos mais íntimos de alguns primos do que dos próprios irmãos.
Sempre fui uma pessoas de apegos. Sempre fui muito amigo dos amigos, da família e dos amores. Quando gosto, gosto muito e é difícil não ser para sempre.
Tive muitas conversas sem fim e recebi cartas, algumas curtas mas significativas e outras longas e muito bem escritas.
A vida está passando e embora eu me sinta muito bem estou muito mais perto do fim dela do que do começo. Quero simplificar e limpar cada vez mais, porque tenho coisas que tem importância e significado apenas para mim.
A cada limpeza que faço tenho menos papéis. Muitas vezes vou eliminando objetos, mas quando chego nas cartas que ainda mantenho não tem jeito. Não consigo. Algumas delas vou tornar imperecíveis.
Vai ser outra pessoa que vai jogar fora essas partes da minha vida.
Uma amiga de algum tempo, que está longe e me mata de saudades, resolveu me apresentar uma amiga dela.
Começamos a conversar por mensagem e ela queria conhecer muito de mim antes de nos encontrarmos.
Ao trocar mensagens ela tem um hábito que me irrita profundamente. Fala alguma coisa, eu respondo e depois ela demora a responder.
Acho que a coisa foi indo de uma forma tão entrecortada que eu cansei dela antes mesmo de conhecê-la pessoalmente.
Não quero mais.
A forma de aprender mudou.
Eu tinha separados em pastas, artigos em papel sobre os mais variados assuntos. Saúde, Gestão de Negócios, Automóveis, etc... Já tinha lido quase todos mas achava que tê-los poderia ser útil algum momento ou eram coisas que eu gostaria que minha filha aprendesse.
Os objetos e equipamentos mudaram.
Conheci alguns que os mais jovem nem imaginam que existiram. Entre eles o telex, o fax, a máquina de escrever, a máquina fotográfica com filmes e negativos e num futuro próximo também será nostálgico falar de telefone fixo, cartas, telegramas e bilhetes.
Muita coisa evoluiu.
Mas nada trouxe tanta mudança como a Internet.
Ela deu acesso fácil e rápido a uma quantidade quase ilimitada de informação e a possibilidade de entender e aprender como resolver muitos problemas e até consertar quase tudo, muitas vezes com a disponibilização de vídeos.
As enciclopédias (O que seria isso perguntariam os mais novos ?) e os dicionários físicos se tornaram lentos e obsoletos.
As respostas às pesquisas sobre qualquer campo do conhecimento se tornaram abrangentes porque a Inteligência Artificial, que aprende mais a cada nova consulta, foi incorporada aos sites de busca e varre a rede em busca de respostas com uma amplitude impossível para um ser humano menos brilhante.
Há umas duas semanas precisei comprar uma fechadura para repor uma existente e um amigo procurou na empresa dele e não encontrando me encaminhou a uma loja especializada.
A loja tinha um estoque imenso, mas não tinha nem iria receber daquele modelo, assim como não tinha um cilindro que eu também queria para outra fechadura. Eram um pouco fora de padrão.
Mas o vendedor foi muito atencioso e, sem nenhuma obrigação ou interesse naquilo, me ajudou a identificar o modelo exato das duas partes. Saí de lá com a compra feita e paga no Mercado Livre.
Em três dias eu recebi e substituí a fechadura e o cilindro da outra.
Embora eu tenha agradecido no dia tinha ficado na minha cabeça ligar para aquele vendedor quando tivesse resolvido meu problema para agradecer novamente.
Hoje é feriado. Vou telefonar amanhã para fazer isso. Assim que abrir a loja.
Precisei de um eletricista conhecido para instalar uma tomada de 20 amperes para uma cafeteira. Ele trabalha para muitos construtores e já trabalhou para mim inclusive com coisas particulares
Hoje eu não estou fazendo nem pretendo fazer nenhuma obra. Só quero continuar participando de uma ou outra coisa através da sociedade com quem está executando. Não há perspectiva de trabalho para ele comigo.
Chamei e ele veio rapidamente, colocou uma tomada dupla de 20 amperes que ele trouxe e insistiu muito em não cobrar nada.
Eu aprendi como é importante aceitar esse tipo de gentileza, mesmo quando vem de alguém que você imagina que precisa mais do que você
Uma amiga em comum nos apresentou e saímos no mesmo dia. Ela fala baixo e a conversa fica muito agradável aos sentidos. Ela quer repetir hoje, mas eu acho que eu não estou carente o suficiente para fazer isso.
Quando estava quase no horário ela mandou uma mensagem perguntando que horas tínhamos marcado. Foi quando vi que eu não queria nada com ela porque aquilo era pergunta de quem não só queria atrasar como também me dar um nó.
Dei um chega pra lá na hora. Era uma pessoa que eu não queria perto de mim e nunca mais falamos.
Eu nem lembrava dela quando no final de julho ela apareceu numa mensagem e depois dela insistir um pouco eu, educadamente, dispensei. Comentei o fato, inclusive da dispensa, com uma amiga em comum.
Mas revi umas fotos que eu tinha feito dela e as imagens me abriram o apetite.
Há uns dois dias ela reapareceu e eu resolvi experimentar novamente.
Convidei para me visitar declarando as intenções mais explícitas. Marcamos um almoço para as 13,30hs, que era o horário conveniente para ela.
Meia hora antes ela falou que iria atrasar e disse que estava avisando porque não queria que eu ficasse chateado. E que eu não precisava esperar para o almoço.
Perguntou se eu tinha outro compromisso e disse que só poderia chegar 15,30.
Como eu tinha preparado tudo para recebê-la eu disse que tudo bem que ia esperá-la para almoçar, mas ela atrasou mais ainda e quando chegou aqui eram 16,40.
Ela errou novamente comigo, mas pela última vez. Almoçou, quis ser fotografada e em seguida o pai dela ligou e ela passou meia hora com ele ao telefone.
Teve uma coisa que vai ficar na memória mas ela não merece essa consideração toda, mas se eu ficasse irritado e dispensasse antes da hora não teria pelo menos o que tive, e que não quero mais.
Ela foi de um narcisismo inacreditável e comigo ela não está com essa bola toda.
Não disse nada nem pretendo dizer nada antes dela se candidatar novamente ao uso do meu tempo, porque não pretendo vê-la novamente.
Embora eu veja algo saudável quando as coisas se desorganizam para que a gente aprenda que é possível viver de outra forma também é ótimo quando as coisas voltam ao normal
As três semanas sem meu carro acabaram ontem.Agora vou acabar de me organizar e programar uma viagem para outro lugar dos meus agrados.
Sempre estive satisfeito com o que eu tenho e o lado bom disso é que nunca fiquei na expectativa de algo que eu viesse a ter para ser feliz. Ser assim permitiu que eu tenha sido feliz a maior parte do tempo. Minha felicidade nunca dependeu de coisas materiais.
Estar de acordo com a maneira como a vida se apresenta é algo genuíno, não é um "jogo do contente". Eu busco o lado bom das coisas, mesmo quando acontece algo ruim. Funciona muito bem para mim.
Mas não é todo mundo que pensa assim.
Como é interessante ao pensar sobre algo que está acontecendo ouvir as impressões de outras pessoas. Para elas é apenas uma conversa onde estão dizendo o que pensam mas pode ser que eu leve aquilo em conta se achar a colocação interessante.
Estou mudando de apartamento e eu percebi que eu só prestava atenção nos aspectos positivos e nunca analisei profundamente como as outras pessoas ponderam a respeito do prédio onde ele está.
O edifício, mesmo com as melhorias que eu consegui fazer, ainda é muito ruim e tem problemas que são antigos e estruturais.
Meu apartamento tem muitas qualidades, algumas dele mesmo mas a maioria delas são consequência das intervenções que eu fiz. Posso fazer muito pouco para melhorar mais ainda o apartamento, mas para aperfeiçoar o prédio ainda há um longo caminho a percorrer.
Mudar está me trazendo uma percepção dos outros à respeito do apartamento onde eu morava. Duas pessoas de níveis sociais completamente diferentes uma da outra me deram uma noção muito realista de como pensam os outros a respeito do prédio.
Uma é a proprietária do apartamento que aluguei. O outro é o eletricista que me conhece bem e veio instalar tomadas de 20 amperes para a cafeteira no apartamento novo.
Todos dois fizeram comentários a respeito do prédio de onde estou mudando. Ela de uma forma mais delicada, ele de uma forma muito mais direta.
Ela comentou como o prédio está em mal estado e tentou amenizar dizendo que só poderia melhorar com a ação de uma pessoa como eu. Ele dizendo que este prédio é muito mais do meu nível do que o outro.
Os dois terem manifestado a mesma visão a respeito do prédio me trouxe a noção de que alguns dos meus amigos podem pensar o mesmo e não disseram nada por delicadeza.
"Deixa ele na inocência".
Não vou dizer que eu era infeliz e não sabia, por que eu não era, mas talvez essa minha simplicidade tenha pecado por ignorar completamente o que os outros poderiam pensar de negativo e a valorizar apenas as inúmeras vezes que pessoas dizerem como se sentiam bem ali.
Às vezes o que nos serve, para nós é ótimo, mas pode não servir para mais ninguém.
Já assisti tantos filmes que sou capaz de assistir novamente sem achar que estou perdendo tempo. Os filmes, os livros ou uma conversa podem nos fazem pensar diferentemente a respeito de alguma coisa que estamos vivendo.
É claro que vem mais que uma ideia quando assistimos algo, mas tem uma que nos fala mais que outras.
Tenho Netflix e Amazon e acho que não preciso mais nada, mas vou ligar o DVD na TV para assistir quando tiver vontade os filmes que mantive.
Nessa última semana assisti "A casa da Dinamite", que me fez pensar que quando tomamos uma decisão podemos desencadear muitas coisas. "27 noites" que me fez pensar que dinheiro muitas vezes é apenas dinheiro. "Balada de um jogador" que fez pensar como muitas pessoas fazem coisas de que nem gostam somente porque acham que é aquilo que esperam delas e "Viúva Negra" que me fez pensar como uma mulher pode manipular vários homens ao mesmo tempo.
Lembrei de alguém cujo aborrecimento com uma outra pessoa tinha muito mais a ver com alguma coisa que ele tinha vivido no passado do que o que estava acontecendo no presente.
Uma ideia que vem de um livro ou de um filme pode nos enriquecer com uma experiência que não vivemos pessoalmente e de alguma forma, nos afetar, mesmo que seja apenas por empatia. Ver, ler e ouvir nos transporta para outros mundos e podemos acabar reagindo a isso como se a experiência fosse nossa.
Eu nem estava esperando para aquele dia. Seria para o dia seguinte mas ela, quando eu quis combinar o horário no dia anterior, ela perguntou e eu aceitei na hora antecipar.
Vou voltar ao raciocínio do livro A Yoga da Disciplina quando fala como somos prisioneiros dos nossos sentidos e seguia falando de cada um deles.
Eu sou réu confesso ao dizer que sou prisioneiro daquilo que vejo. Me deixo levar. E ela, para mim, é uma viagem.
Nunca a fotografei, mas tenho e revejo muitas vezes uma foto dela que é matadora. Gostaria muito de fotografá-la para parar o tempo para eternizar o que eu vejo e como vejo.
Eu sempre estou no presente e, seja quem for que está comigo, naquele instante, é a única pessoa existente na face da Terra. Mas confesso que quando não estão presentes são apenas duas que vêm ao pensamento com mais facilidade.
Elas tem coisas em comum. São amigas, tem um tipo físico parecido e se sentem absolutamente confortáveis e seguras quando nuas.
Sei que ela se sente apreciada porque além do olhar "amoroso" que despejo em cima dela e dos elogios que não economizo, meus olhos e as minhas mãos passeiam por ela, como se o tempo tivesse parado.
Ela tem a vida dela e eu tenho a minha, mas me dediquei a conhecê-la bem e ainda assim continuar explorando de uma forma tão dedicada que ela se oferece tão completamente que as reações muito evidentes me deixam ainda mais aplicado.
Nesse instante, continuo querendo relações sem compromisso e coisas maiores que isso pedem outras afinidades, coisas essas, que eu tenho separado em outras gavetas.
O significado que cada um atribui a algo que viveu é único e eu acordei naquela madrugada para ir ao banheiro e lembrei dela. Eu quis mandar uma mensagem e, do pouco que eu disse com a intenção de estar dizendo mais, ela compartilha da visão que eu quero que aquilo que temos juntos, seja um momento de folga de tudo que a ocupa e a preocupa fora daqui.
Ela falou um pouco do que a está inquietando e disse que aqui tem sido assim. Um momento de folga.
Quando a vida fica organizada é muito fácil manter os hábitos e até criar novos. Gostamos das coisas que conhecemos e as repetimos indefinidamente.
Eu gosto das repetições em tudo.
Talvez tenha até uns exageros. O mesmo restaurante pelo menos uma vez por semana, a mesma mesa quando disponível, o mesmo prato. O mesmo bar todos os dias, no balcão, na mesma banqueta alta, as mesmas duas ou três águas de coco.
É útil e até necessário que as rotinas e as maneiras de pensar e de fazer as coisas como estamos acostumados sejam desarrumados para que possamos ver que o diferente é possível e que ninguém vai morrer por isso.
Eu gosto de números. Números são uma forma de acompanhar a evolução alguma coisa, principalmente quando eles mudam.
Eu me peso todos os dias e desde que a balança Onrom chegou tenho anotado todos os dados, assim como guardei as impressões dos resultados das medidas feitas com o mesmo modelo de balança na Drogasil.
Hoje pela primeira vez que comecei a usar essa balança em casa a gordura visceral baixou em um ponto. Foi apenas o primeiro dia. Vamos ver se vai ter consistência. Mas fui olhar os resultados impressos na farmácia e vi que a mudança de lá para cá foi maior porque todos eles estavam 2 pontos acima da medida de hoje.
O índice ainda está classificado como Muito Alto, mas quando eu conseguir baixar mais um ponto vou chegar a Alto. E tem um longo caminho de mais 5 pontos para chegar no limite de Normal.
Uma outra medida que essa balança dá é Idade Corporal, que usa três das medidas conseguidas ao se pesar com impedância para avaliar se ela está acima ou abaixo da idade real. Os três dados usados para o cálculo são o Metabolismo Basal, que indica quanto se gasta de energia para simplesmente manter as funções vitais, a Porcentagem de Gordura Corporal e a Porcentagem de Músculos Esqueléticos.
A idade corporal vem baixando desde a primeira medida na Drogasil mas nos últimos dias ela tem chegado a 12 anos menos que minha Idade Real. Vou acompanhar a consistência disso.
O peso pode variar até pela posição do corpo ao se pesar e até com duas pesagens quase que em seguida e não estar espelhando exatamente a realidade, mas a sequência dos dias e das medições vai dar solidez aos dados
Precisar mesmo não estou, mas vai que...
Para não dizer que eu não fiz nada a respeito e que não prestei atenção nos sinais, entrei numa lotérica para ver se tinha bilhetes da Loteria Federal com os números da referentes aos valores exatamente iguais do meu almoço, mas eles não tinham nenhum bilhete sequer.
Então, joguei na Mega Sena três cartões de seis dezenas com números que procurei ligar àquela coincidência e me veio à lembrança que eu tinha escrito sobre essas coincidência em 2010, quando várias delas aconteceram comigo.
"A Profecia Celestina e as coincidências na minha própria vida"
Foi aqui:
https://umhomempensando.blogspot.com/2010/08/profecia-celestina-e-outras.html
Eu confiro todos os dias pela manhã algumas coisas e entre elas os valores apresentados no aplicativo do cartão de crédito com a soma das minhas compras
Ao lançar o valor da única compra de ontem, que foi feita no mesmo restaurante self-service por peso onde estive anteontem uma coincidência me surpreendeu.
O valor dos dois dias foi exatamente igual. O mesmo valor e, lógico, exatamente o mesmo peso.
Eu só faço exatamente um mesmo jogo de seis dezenas na Mega Sena. Religiosamente.
Um dos números é maior que 60, mas vou inverter e jogar e ver quais outros colocar junto.
Se você vê sinais tem que acreditar um pouco neles.
Eu me peso todos os dias ao acordar e mantenho o registro do peso há alguns anos.
Eu já tinha uma Tanita que dava apenas indice de gordura por impedancia e agora comprei uma Onrom, que é a mesma que eu usava nas medições da Drogasil, e ela dá outras informações, como gordura visceral, músculos esqueléticos, metabolismo basal e idade corporal.
Eu tinha o desejo de atingir determinado peso do qual passei há muitos anos. De vez em quando eu chegava uns dois quilos acima da minha ambição e achava que era algo para ficar orgulhoso mas depois eu via nos meus registros que eu já tinha estado naquele peso algum momento, então, não era nada demais.
Hoje pela primeira vez em muitos tempo meu peso foi pouco mais de um quilo acima da minha meta. E isso, sem caminhar os 9km que costumo andar diariamente, há mais de uma semana.
Ontem fiz uma hora e meia de um exercício moderado em casa. Tenho feito um prato muito colorido com molho de mostarda e mel no almoço e de noite talvez esteja comendo melhor.
Mas ainda continuo dando vazão a meu paladar infantil com coisas que se eu quisesse evitar talvez alcançasse o peso desejado mais rápido. Mas fui criado gostando desses doces prazeres e ainda não decidi abandonar esse vício.
Um dia, quem sabe?
Mas, ontem vivi mais uma dessas coisas que se eu não fosse eu mesmo, eu teria inveja de mim.
Não foi uma situação trivial como essas que mencionei.
E o mais fascinante disso é que eu aproveito muito quando está acontecendo e muitas outras vezes lembrando do acontecimento.
Não sou vaidoso, não sou um comprador de marcas caras e nunca gastei mais do que eu ganhava. Esse equilíbrio financeiro ajuda a estar de bem com a vida.
Sempre fui feliz com o que eu tinha e nunca coloquei minha felicidade em comprar ou ter alguma coisa.
Até bem pouco não estava sentindo necessidade de nada que eu não tenha. Uma ou duas vezes por semana vou almoçar num shopping e quando estou lá e penso se preciso comprar alguma coisa acabo concluindo que não preciso de nada. Essa é uma sensação boa!
Mas, meu carro, que é o mesmo há anos, e agora fez 100 000 quilômetros, apresentou um problema e o fato de estar na oficina vai me fazer pensar que finalmente chegou a hora da troca.
Vou pensar no que comprar calmamente mas vou fazer isso porque não há uma boa razão para não fazê-lo.
Aí fui pensar em outras coisas. A bolsa da câmera fotográfica deu sinal de cansaço na última viagem e acabei de pedir uma nova.
E, quando estava fazendo umas fotos semana passada um detalhezinho em borracha da câmera soltou e eu joguei fora. Então ficou um espacinho milimétrico sem acabamento. Comecei a pensar em trocar a câmera.
Minha Canon T6i continua me atendendo perfeitamente e o resultado das minhas fotos tem muito mais a ver com o meu olhar que com qualquer outra coisa.
Perguntei agorinha se deveria trocar e a IA do Google respondeu que se ela me atende que eu não deveria pensar em trocar. Abaixo a resposta:
Em suma, não há motivo para trocar sua Canon T6i se ela atende a todas as suas necessidades e está funcionando perfeitamente. A câmera ainda é muito capaz, especialmente para fotógrafos amadores. A decisão de fazer um upgrade deve ser baseada em um objetivo específico que você não consegue alcançar com seu equipamento atual.
Não troque se você está satisfeito com os resultados que a T6i produz, se fotografa principalmente com luz boa e se não precisa dos recursos de vídeo ou foco automático mais avançados.
Não consigo colocar a tampa de uma lente porque o encaixe da tampa quebrou faz tempo e não consegui reparar na assistência técnica. Uma lente dessas está por uns uns mil e duzentos reais e eu estou protegendo com um saquinho de pano cobrindo a lente em vez de uma tampa.
E, cuidadoso como sou, a tampa não fez muita falta. A lente não tem uma marquinha sequer.
Vou resistir e não fazer algo sem sentido apenas porque eu poderia, mas, se aparecer algo que seja uma oportunidade, posso repensar.
Estou querendo aprender a deixar de querer tudo do meu jeito porque não estou desfrutando da companhia de uma pessoa de quem eu gosto de estar junto. Pensei nisso porque faz um tempinho que eu não a vejo e eu também gosto dela toda.
Não quero mais abrir mão da companhia de alguém que me agrada tanto.
Por duas vezes nossa comunicação deu crepe e deixamos de nos ver. Da primeira vez foi ela a me procurar e como a minha vontade dela sempre foi grande, e eu sentia que funcionava bem também para ela, voltamos a nos ver.
Até dar crepe novamente.
Não a vejo há alguns meses e hoje resolvi falar com ela com a intenção de voltarmos a nos ver e disse que nossa conversa as vezes tinha solavancos que não existiriam se fôssemos mais diretos e disséssemos exatamente o que cada um de nós quer fora da cama.
Deu muito certo.
Acabou de me ligar novamente marcando para nos vermos amanhã.
Saí muitas vezes com uma amiga nesses dois últimos anos, mas todas essas vezes nunca ficamos mais que umas poucas horas juntos.
Foi ficando cada vez melhor e é difícil lembrar quando não foi muito bom. Ela toda me agrada.
Foi para ela que eu fiz a afirmação, que só um idiota faria, de que gostava muito quando ela estava comigo, mas que gostava também quando ela ia embora e ela me deixava no vácuo se começava a namorar
Saí com outras , mas ela sempre fez parte das preferidas.
A diferença de idade e de pensamento é enorme, mas gosto muito de descer para o play para brincar com ela, e agora, quando pensei em proporcionar a alguém uma experiência interessante como uma maneira de repartir um pouco do que a vida me tem dado foi ela a escolhida.
E pensando direitinho, acho que valeu a pena.
Existem dois hotéis onde eu tenho grande prazer em estar e onde já estive algumas vezes. Um deles é o Ponta Verde na Praia do Francês e o outro é o Pedra do Sino em Piranhas. Todos os dois em Alagoas.
Existe um terceiro onde ainda não me hospedei mas já fotografei todos os apartamentos interessantes. É o Pasárgada, em Morro de São Paulo, na Bahia. Irei para ficar nele em muito breve.
Acho que nesses três desfrutar do hotel já é um grande prazer.
Nenhum tem uma estrutura de resort, mas cada um deles tem algo que me encanta e dá prazer.
A foto acima é do Pedra Sino três dias atrás.
Tem sido impossível para mim não sentir prazer quando tenho notícias de castigos acontecendo com pessoas que fizeram alguma coisa que conseguiu me incomodar.
Recentemente tem acontecido com uma certa frequência e com mais de uma pessoa. Quase toda semana tenho tomado conhecimento de alguma dessas coisas.
Acabei de saber de mais um desses fatos que parece mostrar que eu nunca preciso fazer nada. E, mais uma vez, me alegrei com isso, mais do que seria elegante.
Se eu também tivesse a cabeça fraca iria acreditar que o meu desejar que pague pelas muitas maldades que fez com outras pessoas, inclusive comigo, tem alguma coisa a ver com isso, como já ouvi que essa criatura pensa.
E o que é pior, vi um vídeo recentemente sobre os sinais de decadência física e essa pessoa que é má por índole, e não é nenhuma velhinha, está apresentando todos os sinais de que está descendo ladeira abaixo rapidamente.
Tenho uns poucos alguns hábitos e pequenos prazeres. Um deles é tomar um espresso na Kopenhagen. Sento e não preciso nem pedir. Olham para mim só para confirmar se eu já quero.
Na minha opinião a xícara que lhe agrada faz toda diferença. E cada um tem sua preferência, dito isso, de um tempo para cá eles adotaram essas xícaras horrorosas e desagradáveis aos lábios com bordas grossas que eu acho deploráveis.
Não que as antigas tivessem bordas finas. Eram como abaixo. Resistentes, mas não grosseiras.
Para mim o café sempre vem nessas xícaras anteriores.
Em casa eu gosto de tomar nessas aqui:
E da última vez que fui visitar minha filha pedi antecipadamente que ela comprasse uma dessas para mim.
Acho que faz uma tremenda diferença.
No dia em que na Kopenhagen não houver mais das antigas eu provavelmente não vou tomar café lá.
Gosto de chuva e gosto de neblina. Onde moro quase não chove. Não lembro de quando vi a última chuva forte. Neblina então, a lembrança é quase nula.
Gosto do barulho do mar e moro longe dele. Mas ouço o mar em casa. Tenho playlists de barulho de mar, rios e cachoeiras no spotify.
Gosto de gente, quando os quero por perto, mas também fico bem quando estou sozinho.
Gosto muito de conversar com quem elejo para fazer isso, assim como gosto de ouvir a maneira de pensar de algumas pessoas no YouTube porque o raciocínio que elas fazem a respeito daquele tema me ensina uma outra forma de ver aquele assunto e por isso mesmo me dá prazer.
Não estou disposto a ouvir qualquer um.
A internet trouxe muitas possibilidades, tornando possível ouvir gente muito mais inteligente que eu e ver coisas e lugares no mundo inteiro.
Quando não importa muito se é real ou fictício é possível desfrutar de coisas criadas por IA no YouTube e aproveitar aquela fantasia como se fosse um privilégio real estar ali naquele lugar paradisíaco.
Muitas vezes tem um exagero, como no vídeo da foto acima, que tem umas borboletinhas e uns pássaros voando, muito mais irreais que o resto da cena.
O daí de cima se acha pesquisando "Tranquilo Seaside Café Jazz escape..." Gosto inclusive do levantar do corpo com a respiração do gato.
Outra cena, essa perfeita, porque mesmo tendo umas borboletinhas bem discretas também, não tem as mesmas nuvens se repetindo ad eternum, evidenciando a irrealidade da cena. Esse outro se encontra buscando "Elegant Bossa Nova Jazz At Morning Seaside Cafe..."
Essas sensações proporcionadas aos sentidos estão ao alcance do headphone ou da tela da tv são uma possibilidade de relaxamento que até bem pouco tempo não tínhamos.
Talvez eu esteja errado, mas penso ser uma pessoa que tenta se controlar e ser muito paciente. Mas, tudo tem limite e, quando essa serenidade acaba, tomo a atitude que estava evitando.
Sou parte de um Inventário que está em juízo há dez anos e pode sobreviver aos herdeiros se não resolvermos amigavelmente. Todos nós, de uma forma ou de outra, perdemos dinheiro com essa demora.
Toda nossa comunicação foi feita por escrito, então não há nenhuma afirmação que algum de nós faça que não possa ser esclarecida através de documentos. Assim não restará dúvida entre a lembrança que cada um tem dos fatos e a realidade.
Poderíamos ter resolvido extrajudicialmente em três meses, há dez anos, como eu propus na época, mas alguns herdeiros acreditaram, sem pesquisar ou consultar um advogado, quando uma delas disse que o Inventário tinha que ser judicial.
Quando uma outra irmã, um ano depois, se deu conta que não precisava ser judicial, escreveu que a irmã que os manipulava com informações sem fundamento, sempre falava uma coisa diferente do que tinha dito antes. Mas tanta coisa tinha acontecido, que o assunto foi ficando uma Torre de Babel. Todo mundo falava e ninguém se entendia.
A única coisa que eu queria naquele instante era não ser roubado no que gastei na reforma de um apartamento e tudo piorou quando essa tentativa de se apropriar do valor da minha reforma ficou clara, inclusive pela manipulação da cabeça de outros que acreditaram nas argumentações dela a respeito de benfeitorias feitas por inquilinos ficarem de graça para o proprietário,
Não consultam um advogado, não pesquisam de graça na Internet, nem leem o Código Civil em seu artigo 2020.
A maior prova da minha paciência é ter esperado dez anos antes de peticionar contra as Investidas contra a Herança da irmã má.
A juíza não despachou nessa petição, mas, por outro despacho, parece está tentando ver se saímos desse impasse sem levar isso mais longe do que já foi.
Tenho pensado numa forma de resolver esse assunto apenas para que uma irmã menos favorecida desfrute do pouco que lhe pertence por herança antes de morrer.
Procurei alguém da família para intermediar uma proposta para mostrar meu interesse em encerrar o assunto mas não tive sucesso.
Resolvi procurar eu mesmo uma irmã, um pouco mais racional e fiz uma proposta, que ela exigiu que eu fizesse por e-mail e eu fiz.
A oferta só tinha três itens.
Um foi comprar o apartamento por um valor justo, sem levar em conta a reforma que eu fiz e é minha. Não é difícil chegar nesse valor.
O segundo foi ter o direito de comprar, pagando ao espólio três vezes a avaliação da CEF, uma pulseira que minha mãe, numa relação que ditou a uma tia nossa, poucos dias antes de sua morte, destinou à minha filha, esquecendo o restante que eu sempre pensei ser assunto que diz respeito apenas às mulheres da família.
O último item foi uma compensação que ofereci, de um extra de dez mil reais para cada um dos três herdeiros que não usaram um imóvel do espólio durantes esses anos.
Mesmo por e-mail não tive resposta.
O tempo esgotou e, eu ia novamente peticionar para documentar no Inventário que tentei um acordo, antes de entrar com uma ação contra o Espólio.
Também tem uma estória feia a respeito de joias envolvendo a irmã perversa e a inação das outras, que eu vou ressuscitar mais uma vez, apresentando todos os e-mails que trataram desse assunto.
Ele falou nisso mas ainda não deu os telefonemas que disse que ia dar para os outros herdeiros. Ele está passando por um problema pessoal e atuar nisso não é prioridade para ele.
Cheguei no ponto em que vou fazer por onde resolver de uma forma ou de outra e não vou esperar mais nada, nem por ele, sem tomar uma atitude.
Os trinta mil reais que eu iria dar para os outros herdeiros posso gastar com advogado.
Mas mesmo esquecendo do auxílio do primo, vou mais uma vez, documentar que tentei novamente chegar a um acordo, para que não reste nenhuma dúvida que ainda exerci a tal da paciência.
A memória é traiçoeira e seletiva. Nós fragmentamos as coisas, só vemos o que nos interessa, da forma como nos interessa.
Então, nos traz para mais perto da realidade registrar o acontecido e os documentos que comprovam os fatos, para amanhã não depender de nossos afetos que torcem a realidade e fazem escolhas do que e como queremos lembrar do que aconteceu.
Em maio de 2013, eu que nunca havia pensado nessa possibilidade, mudei para um estado do nordeste e fiz uma grande reforma num apartamento que minha mãe me ofereceu emprestado numa cidade onde moram pessoas da família pelo lado dela.
Mas vou completar. Nunca mais compro do Magalu se depender de entrega do Magalog.
É impressionante como a ignorância da realidade das diferenças de prazo e de logística por parte dos gestores vai piorando a situação de uma empresa.
Eu já havia feito um post comparando comprar no Mercado Livre ou no Magalu. E de lá para cá a situação não mudou.
Desde o dia 30 não tem atualização na localização da mercadoria que pode ser entregue em até mais 11 dias e estará dentro do prazo absurdo para entregar.
Ontem comprei a mesma balança no Mercado Livre. Amanhã será entregue.
Não posso fazer nada antes. Vou ter que esperar a tentativa de entrega do Magalu para recusar o recebimento para cancelar a compra feita com eles.
Eu prestei serviços para algumas empresas muito grandes e quando falei de resolver problemas lembrei de algo que não recordo se já contei aqui.
Quem me contou o fato foi a secretária do Diretor de Recursos Humanos de uma multinacional gigantesca.
Era a primeira vez que o conselho iria se reunir no Brasil.
O presidente da empresa chamou o chefe dela na sala dele e disse que toda a infraestrutura estaria a cargo dele, assim como a responsabilidade sobre qualquer coisa de errado que houvesse durante essa visita.
Ela contou que ele ficou bastante preocupado com a forma que o assunto havia sido colocado e pediu a ela que me chamasse porque ele tinha certeza que se houvesse qualquer problema que eu iria resolver. Queria que eu estivesse próximo o tempo todo.
Correu tudo bem e não houve problema nenhum mas fiquei com uma estória para contar e feliz por essa ser a reputação que eu tinha com ele.
Na maior parte do tempo queremos acreditar naquilo que gostaríamos que fosse a verdade. Conforta mais o coração ter uma boa impressão de quem nos é próximo.
Algumas vezes não sabemos de alguma coisa que nos faria infelizes e eu fiquei pensando nisso porque eu sempre sou a favor da verdade, mesmo que ela machuque.
Outro dia o Pondé disse uma frase interessante:
" Uma relação se sustenta pelo que você não fala "
Pensar em qualquer coisa sempre me deu prazer. O prazer ainda é maior quando parece não ter solução. Eu tenho uma grande habilidade para resolver o que outras pessoas acham impossível.
Por outro lado, existem pessoas que tem uma grande habilidade para arranjar problemas onde antes não existiam.
Eu estava prospectando uma nova oportunidade de investimento.
Uma pessoa me ofereceu um imóvel que não pode ser escriturado porque ele criou um problema sem solução fácil. Sua precipitação aliada a quebra de regras causaram isso e a pessoa para quem ele vendeu outra pessoa há dois anos quer vender. Veio pedir a ele que comprasse de volta.
Ele respondeu que não tem interesse.
Ele acha que pelo fato de ter descrito no contrato de compra e venda o problema que ele criou, e que torna impossível escriturar aquele imóvel, que isso o exime de qualquer responsabilidade.
Já vi isso antes, muitas vezes, algumas pessoas tem uma característica de personalidade que é terceirizar os problemas que arranjam.
Posso estar errado, mas a impressão que me dá é que na hora de vender ele não apresentou ao comprador a dimensão real que o problema tem.
Como ele mencionou no contrato a existência do problema ele acha que o assunto passou a ser do outro e que ele não tem mais nada a ver com aquilo.
Ao me oferecer ficou parecendo que quer terceirizar o problema mais uma vez.
Nesse prazer que tenho em buscar soluções talvez eu conseguisse chegar a resolver o assunto por etapas.
Eu só começaria a procurar a saída se houvesse a possibilidade um ganho compensador.
Pela segunda conversa que tivemos, está na hora de esquecer esse assunto.
Sonhei que tentava voltar para uma grande praça em uma cidade aonde eu estava e não me localizava. Eu tentava achar um ponto de referência no caminho que eu estava fazendo, para saber se tinha passado por ali e quando perguntava não estava sendo habilidoso o suficiente para lembrar de alguma coisa que fosse um ponto facilmente identificável para as pessoas.
Nem tudo se joga fora.
Nesse meu processo de limpeza cheguei a uma pasta aonde eu tinha muitos mapas turísticos de cidades aonde já estive. Alguns joguei fora mas outros são muito parecidos com esse da foto e dão uma fantástica noção de conjunto da cidade.
Guardei esses. Não sei se foi isso que me fez ter esse sonho.
Ela trabalha numa loja no shopping, e antes de contar o que vou contar tenho que dizer que ela é muito sociável e muito agradável. De vez em quando, mesmo quando não fui comprar batemos um papo lá mesmo.
Dessa última vez ela me contou que quando alguém da cidade dela pergunta se pode ficar na casa dela, que ela sempre sugere que a pessoa traga uma outra pessoa com ela.
Ela diz que não quer fazer companhia, nem quer conversar com ninguém depois que chega em casa. Ela quer chegar em casa, poder ir para o quarto e fechar a porta se alguém estiver lá.
Então, é bastante engraçado pensar nisso.
Nessa maneira de ver as coisas.
Ela justifica dizendo que trabalha o dia inteiro falando e que quando chega de noite ela quer ficar tranquila e quieta.
Antes de começar a trabalhar num assunto que me é desagradável, eu quis buscar uma coisa prazerosa antes de partir para aquilo que vai ser muito chato.
Tenho umas cartas que recebi tão bem escritas que eu vou manter porque vejo ali um valor literário. Eu queria transcrevê-las. Eu pensava que isso iria dar um trabalho imenso.
Quando começo a pensar em alguma coisa costumo conversar com alguém que seja mais habilidoso que eu e muitas vezes a solução aparece numa dessas conversas.
Foi o que aconteceu.
Eu que, burramente, ainda não uso Inteligência Inteligência Artificial falei do assunto com minha filha que imediatamente me apresentou uma plataforma que faz essa transcrição com muita qualidade e de forma muito fácil.
Comecei a usar imediatamente e está sendo muito útil, inclusive para o assunto chato.
Para aliviar um pouco fui dar uma olhada nas cartas que ficaram depois do último descarte para transformar em texto pelo menos uma delas antes de ir fazer o que é chato.
Acabei pegando apenas um envelope onde tinha alguns cartões de família onde me faziam agradecimentos pela atenção a uma pessoa da família que esteve hospitalizada no Rio.
Faz um milhão de anos.
Gosto das demonstrações escritas de gratidão e mantive essas comunicações até hoje.
Hoje resolvi jogar fora porque não tenho mais a necessidade de guardar para provar para mim mesmo que em alguns momentos da vida eu fui bom e que algumas pessoas tiveram a delicadeza de reconhecer isso.
Basta deixar na minha memória, mesmo que um dia essa lembrança se desvaneça.
Ando eliminando objetos ao invés de acumular e não compro nada por compulsão. Então, quando encontro alguma coisa que eu quero, eu deveria comprar imediatamente e ser menos racional.
O problema em ser muito racional é sempre querer fazer um bom negócio.
Mas, em todos os aspectos a vida está organizada e muito mais perto do fim que do começo. Sinto que eu deveria deixar a lógica de lado de vez em quando.
Comprei uma balança mais sofisticada e ao privilegiar o preço e não a eficiência da logística acabei por comprar do Magalu e não do Mercado Livre.
A diferença de preço não chegava a 10% a favor do Magalu, porém o Mercado Livre já teria entregue o produto há pelo menos dois dias. O Magalu dá um prazo de entrega que ultrapassa mais 15 dias a partir de hoje.
O Magalu, que não me deu a opção de ir buscar numa loja, começou muito bem dando informações de pedido, faturamento e entrega à transportadora deles, mas depois as informações espaçaram e ficaram ineficientes.
Já que eu posso e não fazia diferença para mim, sei que foi um erro não ter pago a diferença de preço para ter a eficiência do Mercado Livre.
E mais, se eu quiser corrigir meu erro ao escolher comprar no Magalu e cancelar, não posso fazer isso até chegar a mercadoria e recusar a entrega. Vou pensar um pouco mais no assunto mas a ideia de fazer isso está ficando forte.
Estou aguardando ansiosamente algo que me interessa, me controlando para não mostrar nenhuma impaciência, porque esperar pelo momento certo de uma outra pessoa foi a única condição imposta.
Minha angústia se deve a eu ter tomado uma decisão e essa expectativa estar deixando minha vida em compasso de espera.
Porém tem duas coisas: tive notícias recentemente e já sei que a demora está perto do fim e, com toda certeza, essa paciência vai ser recompensada porque as soluções possíveis para não ter que esperar não traria tantas coisas boas quanto essa vai trazer.
Mas tem sido um tremendo exercício de resignação.
