CONCORDAR COM QUEM TEM RAZÃO

 

Ser síndico do prédio onde moro me tem custado alguma chateação, algumas mais incômodas. Tem muita coisa para fazer mas fiz melhorias onde em alguns pontos era um chiqueiro. A inadimplência é zero, recuperei uns valores e a coisa anda organizada. São raros, mas tem sempre um que não presta e faz coisas de acordo com isso.

Como minha vida tem andado muito direitinho eu vinha pensando muito se não estaria na hora de abandonar essa batalha. A conclusão de que não preciso de problemas na minha vida é cada vez mais frequente.

Um problema virou um caso de polícia e foi lá que fui pedir ajuda e orientação.  Eu disse ao delegado que vinha querendo deixar de ser síndico porque não fazia muito sentido ter na minha vida problemas que eu poderia evitar.

Eu achava que ele iria concordar com meu raciocínio mas ele disse exatamente o contrário do que eu esperava. Falou que que eu morava ali e que o que eu estava fazendo refletia na minha qualidade de vida. 

Uma conversa como essa me faz repensar. 

Não é vaidade mas sei que isso não vai para lugar nenhum se eu parar de fazer o que estou fazendo e aprendi a concordar com quem razão.

ACONTECE DE EU VER O CASTIGO CHEGAR

 

Eu disse muitas vezes que não acredito na falácia do mundo justo, ou seja, que acontecem coisas ruins com pessoas más, mas já desejei que acontecesse e algumas vezes vi acontecer algo de mal com pessoas que são perversas por natureza.

Uma pessoa veio me dizer que eu não desejava o mal de ninguém mas eu respondi na hora que aquilo não era verdade, porque quase todos os dias eu desejava que acontecessem coisas ruins com uma pessoa da família dela, e completei:

"- Não quero que ela morra não, quero apenas que ela receba de volta as maldades que ela faz com todas as pessoas e sofra tudo aquilo que ela faz os outros sofrerem." 

Há uns quatro meses ela passou por uma situação vergonhosa num lugar público e agora sofreu um acidente sério totalmente causado por uma irresponsabilidade por parte dela.

Mas como ela tem a cabeça fraca ouvi dizer que tem atribuído a mim tudo que acontece de errado com ela. E eu realmente desejo que ela pague por todas as maldades que faz, mas não acho que o meu desejo tenha essa força toda. 

Até gostaria que tivesse,

Mas eu acho muita graça no pensamento dessa tonta, principalmente depois da conversa que citei acima porque ela, por uma coincidência, saiu desse acidente sem um arranhão e foi apenas por sorte que ela não matou ou feriu um inocente. 

Ia ser muito engraçado comprar uma vela preta e colocar num prato cheio de sal para que essa desnorteada visse e tivesse medo, mas a minha maldade não chega a tanto. 

Rs, vou só acender a vela.

Algumas das minhas amigas tem tatuagens grandes e ela disse a alguém que uma dessas meninas tatuadas era uma feiticeira.

Mas ela, pelas muitas maldades, sempre com pessoas com quem ela pensa que pode gritar ou humilhar, é que é uma verdadeira bruxa.

A RAPIDEZ NOS JULGAMENTOS

Chego à conclusões apressadas quando aceito uma interpretação minha como sendo a realidade. 

Mais vezes do que eu gostaria é uma precipitação e reagi mais rápido do que deveria, baseado numa dedução equivocada.

Não é ruim ser capaz de deduzir mas é péssimo saber que foi uma dedução errada porque julguei sem conhecimento de todos os fatos e também não ponderei outras possibilidades. Aqueles mesmos fatos me levariam numa outra direção muito mais perto da realidade. 

Eu devia ser menos dono da verdade.

É bom ver meus erros de forma tão clara para que eu tenha mais consciência de que me engano com meus raciocínios e tenha a cabeça mais aberta para outros cenários que não o que eu criei.

FALAR A MESMA LÍNGUA

Tenho um amigo que tem, entre outras coisas, uma pequena fábrica.

Nos encontramos uma vez por mês e as conversas com ele são sempre demoradas, porque é sempre muito agradável e, no meu caso, até instrutivo.

Na fábrica ele tem 60 empregados e analisando eles chegaram à conclusão que só usavam os empregados da produção dois dias por semana. Era mais indicado acabarem com o vínculo empregatício e contratá-los apenas para os dias para os quais existia trabalho. E assim fizeram.

Em decorrência disso um sindicato provocou uma fiscalização que fez uma série de exigências e determinou a interrupção das atividades fabris. 

Desde a fundação eles nunca tiveram um acidente e nenhum dia com afastamento de algum empregado, mas esse amigo se tornou num solucionador de problemas e disse que se é lei, vamos cumpri-la e chamou uma empresa muito qualificada para fazer o projeto de adequação às exigências da fiscalização.

A fábrica estava parada e o gerente, a empresa de engenharia e o fiscal não se entendiam de forma alguma. Ele pediu para ter um encontro com todos os envolvidos e os deixou falar e aquele encontro era como uma Torre de Babel. Ninguém se entendia.

Ele perguntou se poderia falar e quando todos pararam para ouvir ele perguntou ao engenheiro quanto tempo eles levariam para cumprir todas as exigências da fiscalização e a resposta foi 4 meses. 

A pergunta seguinte foi em quantos tempo ele precisava para poder dizer que se responsabilizava em dizer que não havia o menor risco de que um acidente fosse uma possibilidade e a resposta foi dois dias.

Nesse ponto ele se dirigiu ao fiscal e disse que ele ali tinha duas alternativas. Uma era manter a fábrica fechada e afastar todos os trabalhadores que ficariam sem renda durante quatro meses e os recontrataria após esse tempo e indagou se era isso que o fiscal queria.

O fiscal imediatamente disse que não.

A outra alternativa era fazer em dois dias o que a consultoria estipulou como necessário para poderem assumir a responsabilidade por risco zero e ele liberar o funcionamento da fábrica e em seguida fariam os demais ajustes em quatro meses ou menos com ele assinando um TAC - Termo de Ajuste de Conduta se comprometendo com esse prazo.

O que ficou de fundamental dessa estória é que todos tinham o mesmo objetivo, mas apenas não estavam falando a mesma língua.

Com esse entendimento a fábrica voltou a funcionar.

A VIDA NÃO É UM MORANGO

 

Solucionar situações desagradáveis exige disposição para enfrentar problemas e pessoas e fazer o que for necessário para mudar aquela circunstância. 

É da natureza do ser humano evitar o que incomoda e com isso ir adiando problemas que, se não forem resolvidos, vão continuar existindo.

Gostaríamos que se resolvessem por mágica ou por um acontecimento ao acaso e aí, pronto! O problema estaria resolvido sem que você fosse obrigado a lidar com ele. Seria melhor que ter que lidar com pessoas que pensam diferente de nós e tem uma forma de se comunicar que não alcançamos.

Também existem pessoas que não prestam mesmo, que tem prazer em causar incômodo como uma forma de existir para os outros que de outra forma os ignorariam completamente.

Mas essas situações também acontecem com pessoas das quais gostamos e o assunto é penoso. Talvez porque queiramos ser ou parecer bonzinhos o tempo todo e quando não estamos fazendo apenas bondades mas precisamos estabelecer limites ou até receber o que nos é devido, por algum motivo, temos uma certa dificuldade.

Como a maior parte das pessoas, não gosto de cobrar, seja o que for ou seja de quem for. Se a pessoa deve fazer alguma coisa não deveria ser necessário cobrar.

Mas a coisa não funciona assim. "A vida não é um morango". Tem gente que não age sem ser cobrada. Temos que aprender a cobrar para ver acontecer.

Tenho mais paciência do que deveria ter com determinadas situações. Muitas vezes é na tentativa de ser elegante, mas tudo tem limite e esta semana enfrentei algumas dessas que eu vinha adiando e além de caminhar para resolver, me fez muito bem

QUEM NÃO GOSTA DE UMA BOA MASSAGEM ?

 

Eu gosto muito de massagem. Tanto fazer como receber. 

Uma amiga cantora me arranjou uma massagista durante a pandemia de Covid e eu fiquei com ela durante muito tempo. No final do ano passado ela foi morar em Minas. Perdi minha massagista com quem ainda falo uma vez ou outra.

Sempre gostei dessa estória de ficar passando a mão "até a pessoa ficar bem lisinha". então, quando estou com alguém, não tenho pressa e com isso eu mesmo já fiz muita massagem.

Nunca tive nada com minha massagista e tentei conseguir alguém que servisse para substituí-la mas não é fácil.

Pensei que poderia ensinar a alguém que nunca tivesse feito a fazer do meu jeito e fiz algumas tentativas que começavam por eu fazer e depois a pessoa tentar repetir.

Numa dessas tentativas acertei muito. Era amiga de alguém com quem eu saio e a moça não era bonita, e para ser sincero muito gordinha.

Mas ela tinha o dom. Fiz uma massagem nela e ela em seguida fez em mim. Ela nunca tinha feito mas assimilou tudo muito rapidamente. Pressão, movimentos, tudo muito bom. E nunca tinha feito.

Mas eu errei ao misturar um pouco as coisas. Depois da minha massagem perguntei se ela queria continuar a dela e ela disse que sim e aproveitou muito. 

Fiz uma segunda massagem com ela e foi muito boa novamente, mas teve massagem nela também e depois eu parei porque pensei que ia virar uma obrigação fazer nela também.

Fiz outras tentativas que não funcionaram mas recentemente fiz uma experiência com uma pessoa com a qual eu tinha saído algumas vezes e naturalmente já tinha feito muita massagem nela. 

Foi outra surpresa muito agradável. Ela se saiu muito bem e temos repetido. Fora a massagem eu gosto muito da imagem dela. 

Beleza me comove.

Pelo jeito vamos repetir muitas outras vezes. Quem sabe não achei a minha massagista?

INFORMAÇÕES ALEATÓRIAS

 

No tempo que existiam locadoras de vídeo éramos dos melhores clientes que eles tinham. Nos víamos muita coisa. Às vezes, num fim de semana eu pegava mais de seis, e víamos num sábado três filmes em seguida. 

Continuo vendo muitos filmes, agora no streaming da Netflix e da Amazon, mas percebo que de vez em quando estou vendo novamente algo que eu já assisti.

Li uma vez que tudo que você vê ou lê afeta você de alguma forma. Acho que não era importante para guardar a estória toda mas toda vez acho que fica alguma informação que fica guardada e que se não servir para nada de prático serve para fazer links com alguma outra coisa.

Por exemplo; lembro dum episódio de House que a pessoa tinha uma covinha no queixo e isso é algo que a pessoa só tem se o pai ou a mãe tiverem.

Se um dos pais não tiver com certeza a pessoa é adotada.

Não é relevante, mas tem tanta coisa que também não é.

DAR DINHEIRO NA RUA

 

Não dou dinheiro para quem pede na rua. Acho que não tenho a competência para julgar se as pessoas que pedem realmente precisam ou se estão mal acostumadas. 

Mas eu ficava pensando como ajudar quem realmente precisa. 

Como donos de restaurante ouvem pedidos de ajuda o dia inteiro resolvi que era por ali o caminho que eu ia trilhar.

Tenho ido com frequência num determinado lugar e achei que a dona tem mais capacidade que eu para fazer essa triagem, então, eu que já tinha dado valores menores, nesta segunda dei a ela R$50,00 para que ela fizesse a escolha para quem dar e como dividir aquilo.

Ontem quase que na porta do restaurante despachei um que veio pedir R$ 10 para comer, dizendo para ele procurar a dona do restaurante que ela ajudava a quem precisava.

Foi uma boa solução.

TÁ COMBINADO - MARIA BETHÂNIA

 

Então tá combinado, é quase nada

É tudo somente sexo e amizade

Não tem nenhum engano, nem mistério

É tudo só brincadeira e verdade

Podemos ver o mundo juntos

Sermos dois e sermos muitos

Nos sabermos sós, sem estarmos sós

Abrirmos a cabeça

Para que, afinal, floresça

O mais que humano em nós

Então tá tudo dito e é tão bonito

E eu acredito num claro futuro

De música, ternura e aventura

Pro equilibrista em cima do muro

Mas e se o amor pra nós chegar

De nós, de algum lugar

Com todo o seu tenebroso esplendor?

Mas e se o amor já está

Se há muito tempo que chegou

E só nos enganou?

Então não fale nada, apague a estrada

Que seu caminhar já desenhou

Porque toda razão, toda palavra

Vale nada quando chega o amor

Então tá combinado, é quase nada

É tudo somente sexo e amizade

Não tem nenhum engano, nem mistério

É tudo só brincadeira e verdade

Podemos ver o mundo juntos

Sermos dois e sermos muitos

Nos sabermos sós, sem estarmos sós

Abrirmos a cabeça

Para que, afinal, floresça

O mais que humano em nós

Então tá tudo dito e é tão bonito

E eu acredito num claro futuro

De música, ternura e aventura

Pro equilibrista em cima do muro

Mas e se o amor pra nós chegar

De nós, de algum lugar

Com todo o seu tenebroso esplendor?

Mas e se o amor já está

Há muito tempo que chegou

E só nos enganou?

Então não fale nada, apague a estrada

Que seu caminhar já desenhou

Porque toda razão, toda palavra

Vale nada quando chega o amor

Porque toda razão, toda palavra

Vale nada quando chega o amor

COLOCANDO PESSOAS EM SUAS GAVETAS

 

Ana Maria, usava uma metáfora para separar os assuntos que era "colocar nas gavetas".

Eu tenho separado pessoas em gavetas. Não sei se funciona para elas porque a cabeça de cada um funciona à sua própria maneira. Algumas pensam que vão conseguir mudar sua maneira de pensar.

Tenho ótimas conversas e ótimos relacionamentos com algumas mulheres com as quais eu não vou sequer elogiar muito porque eu sei que eu não estou prestando. Então elas estão fora da gaveta das para brincar.

Vou me repetir, mas me veio à lembrança de uma amiga que morria de vontade de um amigo nosso e quando ele disse a ela que ela fazia parte das que ele achava que eram para namorar ela perguntou se essas ele não comia.

Acho que ela não fazia parte daquelas das que o atraiam, porque se uma dessas que acho interessante, mas nem dou toque nem me insinuo, me falasse uma coisas dessas eu trocava ela de gaveta.

Outras acham que vão conseguir que um relacionamento casual se torne uma coisa diferente ou como no caso daquele meu amigo que estava namorando e ela achou que podia tudo.

Embora tenha muita repetição quando funciona bem e a música na qual eu vou falar tenha um final diferente para "quando chega o amor" o começo é: 

"Então tá combinado, é quase nada, é tudo somente sexo e amizade"...

Às vezes, elas não entendem isso. Eu entendo que fique difícil entender isso quando tem muita repetição, mas quando mal começou e a pessoa se acha sei que está na hora de encerrar.

Aconteceu de novo. 

Há dois dias saí pela segunda vez com uma com a qual não vou sair mais, embora brincar com ela tenha sido muito bom.

CADA UM ACREDITA NO QUE QUER

 

Quando acontece da pessoa pensar que o outro depende da presença dela e achar que tem mais importância do que realmente tem pode acabar tendo uma surpresa bem desagradável quando o outro cansa disso. 

Um amigo tinha se apegado e estava proporcionando à uma namorada tantas coisas que ela foi se acostumando com aquilo de tal forma que perdeu a noção e passou a achar que podia tudo. Ele gostava muito dela. Mas ela confundiu as coisas e passou da conta.

Demorou bastante, mas ele cansou daquilo e desistiu dela. 

Agora ela está correndo atrás dele inutilmente...  Já passou o tempo dela.   

Quando estou com alguém desfruto sem pressa da companhia e sou muito generoso com os elogios a respeito de tudo. Naquele instante, não existe outra pessoa no mundo. 

Mas é naquele instante.

O problema é que isso pode fazer com que a pessoa pense que está acontecendo mais do que está se passando e que depois pense que tem mais poder sobre mim do que realmente tem. 

Não iludo, não conto mentiras, não digo eu te amo.

Mas às vezes isso não é suficiente.

As pessoas gostam de acreditar naquilo que pensam.

NEM DOS MÚLTIPLOS

 

Eu não tenho inveja, nem mesmo dos múltiplos. Estar ali já é muito bom para mim. 

COMO É BOM VER OS OUTROS TRABALHANDO TAMBÉM

 

Como não tinha outro jeito para que alguma melhora fosse feita me tornei síndico de um prédio com poucos apartamentos. Já fiz muita coisa e tem muito mais coisa para ser feita para que o edifício se torne "razoável". Essa tem sido uma função solitária.

Um amigo que tem um prédio comercial em frente ao nosso havia me dito algo como "as pessoas querem ver tudo feito mas não querem ter trabalho nenhum. Não querem fazer nada."

Faz muito pouco tempo perdi muitos dias acompanhando o reparo e colocação de dois motores e hastes no portão da garagem. O profissional sempre tem alguma necessidade da sua presença por vários motivos e em vários momentos, e até porque quer uma escada ou coisa do tipo ou precisa de um material que ele quer que você compre.

Há dois dias uma moradora bateu o carro em um desses motores e a faxineira que só trabalha um dia por semana aqui me chamou e eu tive que parar o que estava fazendo para tomar conhecimento do que estava acontecendo.

Disse a ela que o profissional que tinha feito aquela instalação tinha sido apresentado por uma irmã dela e que eu ligar para ele.

Ele veio logo e desde o começo ela está em contato com ele e tem acompanhado o serviço que já foi dado como pronto mas que ainda não acabou. Ontem deu problema de novo e eu só vi que ele tinha retirado mais uma vez um dos motores. Não tenho acompanhado.

Estou como todos. Só quero que o portão abra quando eu precisar sair e ficar assistindo as providências para isso.

É o terceiro dia que ela está gastando bastante tempo dela com isso e acho que isso vai dar uma boa ideia do que é ficar trabalhando em proveito dos outros que ficam esperando a coisa ficar pronta. 

ENVELHECER SOZINHO

 

Semana passada uma amiga disse que fazia tempo que não sentávamos para conversar e esta semana conversamos por uma hora.

De vez em quando alguém manifesta alguma preocupação com a velhice chegar de vez para mim e que eu não venha a ter "alguém para cuidar de mim". 

Dessa vez foi ela. 

Não tenho essa preocupação. Apenas gostaria que quando a morte viesse que fosse rápido. Não quero passar pela dependência de ninguém. Não quero chegar ao ponto não ser capaz de fazer sozinho as coisas mais básicas.

Moro só e gosto disso e posso estar errado, porque a gente não se enxerga, mas acho que estou envelhecendo bem. E tenho procurado fazer as coisas que todos sabem que tem que fazer como estar caminhando perto de 260km por mês ou cuidar um pouco da alimentação.

Para minha idade acho que é suficiente andar e se nunca fui de correr não é agora que devo começar.

Digo a minha idade quando sei que aquilo vai causar uma boa impressão pelo meu estado físico. Se não fosse assim aposto que eu ficaria caladinho mas não comento minha idade com as amigas mais novas.

Não sei se viesse a acontecer um AVC ou coisa parecida comigo se eu mudaria de ideia e me apegaria à vida, mas hoje, com certeza, eu gostaria de ser capaz de antecipar o fim.

Mas até lá eu estou aproveitando.

NÃO É NADA ENGRAÇADO

A gente usa o termo "engraçado" para falar de coisas que não são nada engraçadas.

Precisei falar semana passada com uma pessoa que não tinha vergonha de pedir dinheiro emprestado para não pagar. Não sei, nem quero saber se continua assim.

Há mais de dez anos eu, que não sou parente, caí nessa também.

Mas foi um prejuízo pequeno comparado ao benefício dela saber que a partir dali eu não ouviria mais nenhuma estória triste nem depositaria nela qualquer confiança.

Tenho que me dar por feliz porque durante a vida toda não foram muitas as pessoas que me convenceram com estórias comoventes e com situações que seriam momentâneas mas que eram um modo de ser e de viver. Não pretendiam devolver um suposto "empréstimo".

Falar com ela me lembrou uma situação mais recente.

Quando a vida não te maltrata você fica mais suscetível a ser bonzinho e ser solidário com quem tem mais problemas que você, mas meu limite é atingido quando percebo aquilo como um mau hábito ou que talvez a pessoa esteja olhando para a minha testa e lendo: "otário".

Eu tinha uma pessoa na minha lista de pessoas a serem ajudadas sem que eu recebesse nada em troca e falava com ela e a auxiliava com uma certa frequência. A vida dela não é fácil e além de tratamentos de beleza que ela faz, também revende alguns produtos. 

Eu me comportava como um amigo dela e já devia ter visto isso, mas só acordei para o comportamento dela quando prestei atenção quando duas coisas aconteceram em seguida:

A primeira foi ela fazer um comentário a respeito do próprio irmão, que tem um ótimo emprego, como se ele não tivesse o direito de fazer algo bom para ele mesmo porque ela queria que ele fizesse algo por ela. O irmão ao negar com certeza a conhecia o pedir constante dela melhor que eu.

A segunda foi quando percebi que ela queria fazer um amigo meu de trouxa e pediu para ele pagar antecipadamente por um produto que ela tinha me dito que está fora de linha há alguns meses. 

Quando a pessoa mente muito, acaba sendo pega e para convencer ela mandou uma foto antiga dela com o produto como se fosse uma foto atual dizendo que tinha disponível e depois, quando confrontada, aceitou a admoestação e nem sequer tentou justificar.

É gente que também vive de pequenos golpes. Por mais que eu tivesse pena é uma pessoa para manter à distância.

E O SUJEITO NÃO CONSEGUE FICAR CALADO...

 

Eu deixei de lado, mas ela é um monumento e outro dia desses eu revi uma foto dela, de costas, num final de tarde que dá bem para ver que maravilha que ela é. E lembrei dela aqui em casa. 

É outra de quem não tive todas as vezes que eu queria ter tido.

E a gente estava indo tão bem...

Não me arrependi nem acho que é hora de voltar para trás. Acho realmente que quebrou alguma coisa e que não vai mais funcionar do mesmo jeito.

Mas ela estava me vindo à cabeça de vez em quando e aquela foto é matadora. Não devia olhar mais.

Mesmo sem ter foto dela no whatsapp mandei uma mensagem de áudio. Talvez tivesse me bloqueado.

Foi curtinho mas eu disse que tinha quebrado alguma coisa e que eu só queria que ela soubesse que eu fiquei triste por isso.

Ela respondeu imediatamente. Mas não entendeu nada.

Não conhece a minha alma.

OLHANDO DE LONGE

 

Ela passa por mim umas duas vezes quase que todos os dias. Ela correndo, eu caminhando. Me dá prazer porque eu acho ela bonita e beleza me comove.

Ela sabe que eu olho.

Vou resistir e ficar quietinho.

VIDA DE RAINHA

Emprenhado pelos ouvidos, ele falou de minha irmã como se ela estivesse levando uma vida de rainha porque mora num apartamento que pertence ao espólio, assim como eu. No caso dela o espólio paga o condomínio e o IPTU, mas é só.

Mais uma vez eu tive que fazer as mesmas contas para ele. 

Ela mora lá porque não tem nenhuma possibilidade financeira de ir para outro lugar sem receber sua parte na herança e sobrevive sem reclamar com um salário mínimo de aposentadoria, alguns trabalhinhos eventuais que nem sempre acontecem e todos os meses ela pede um empréstimo para completar o mínimo que precisa até para comer.

Sei que morar lá, mesmo vivendo frugalmente, traz para ela alguma segurança e conforto.

Mas gostaria de ver como ele, que fala isso dela, viveria com pouco mais de três mil reais por mês.

UMA GUERRA SEM FIM

Eu gosto muito dele, mas ninguém é perfeito.

Ele acha que vai resolver qualquer problema que os outros tenham e não conseguiram resolver, porque pensa vinte minutos e supõe que tudo que eles precisam é o que ele imaginou.

Recentemente alguém falou com ele sobre um Inventário, do qual eu faço parte e ele não. 

Eu não penso nesse assunto a maior parte do tempo. É uma forma de me poupar.

Ele, supondo que é capaz de convencer qualquer um de qualquer coisa, falou comigo mais uma vez porque imaginou que iria solucionar um assunto, que se arrasta há dez anos, com alguns minutos de conversa.

Embora tenha minhas convicções, sempre estou aberto para a possibilidade de estar errado e fazer um raciocínio diferente do meu. Então escuto e, depois de pensar, sou capaz de mudar. 

Mas também sou capaz de dar uma engrossada se a pessoa insiste em algo que eu acabei de dizer não.

Foi dele a sugestão dele de peticionar nesse Inventário contra vários atos de uma irmã. Ele argumentou que eu vinha falando há anos em peticionar mas não peticionava. 

Ele estava certo. 

Disse que era melhor que eu entrasse logo porque assim pelo menos um dia resolvia. Como fez sentido a colocação dele peticionei no ano passado.

A juíza ainda não despachou mas recentemente ela pediu um posicionamento quanto ao rito: arrolamento ou o rito judicial.

Deixar documentadas as provas das falcatruas em juízo foi uma forma de eternizar isso publicamente.

Fora de juízo eu já o já havia feito, conseguindo apenas que ela parasse com as manobras diversionistas e sem fundamento. 

A partir do momento que provei tudo que eu digo a respeito das atitudes dela, ela, quando quisesse falar alguma coisa a meu respeito também teria que apresentar provas.

No futuro, com esse registro oficial no Inventário, ela, não vai poder alegar que não fez o que fez e o melhor de tudo é que as provas de seus atos são suas palavras em e-mails dela mesma.

Nessa última conversa ele disse que eu estava prejudicando os outros herdeiros porque, segundo ele, eu controlaria completamente uma outra irmã. Eu respondi que não estou preocupado com isso já quero que os outros herdeiros foram coniventes com as falcatruas ao se eximir de se manifestar.

Se isso está pendente é porque não pretendo premiar com a impunidade a pessoa que fez várias ações condenáveis, mas tenho certeza que esses dez anos já foram um bom castigo para ela que é a única dos herdeiros que quer colocar a mão em algum dinheiro.

Outro fato importante a ser relembrado é que logo depois da morte eu sugeri que aquele Inventário poderia ser liquidado extrajudicialmente no máximo seis meses depois do pagamento dos impostos, deixando uma outra parte que dependia de outro Inventário para sobrepartilha.

Mas a irmã capaz de tudo que fez, com uma enorme de capacidade de convencimento, persuadiu outros herdeiros que isso não era possível. Ela também manipulava a advogada que era comum à todos.

Quando uma das herdeiras passou um e-mail dando conta que tinham sido enganados e que ela cada hora vinha com uma informação diferente, tanta coisa já tinha acontecido que os navios tinham sido queimados.

Já se passaram dez anos e por mim podem passar mais dez mas para que ninguém possa dizer que eu sequer pensei em liquidar esse assunto vou aceitar o convite dele para uma nova conversa.

CALE-SE CALE-SE CALE-SE

E me aparece outro que acha que tem que mandar mensagens de bom dia no whatsapp.  

Como já disse a esse que não gosto de dar a mão depois que já lavei e estou sentado para comer, vou me obrigar a ficar quieto e apagar sem ler.

SEM COMIDA, SÓ CHAMEGO

Já aconteceu algumas vezes. Eu estava esperando uma oportunidade para filmar. Ontem aconteceu.

Tem algumas pessoas para quem dar comida a gatos de rua faz parte de seu dia. 

Eu não dou nada, mas às vezes um gato mira em mim e vem. E aí é só carinho, nada de comida.

Essa gata preta, quando tem vontade, vem e eu fico ali um pouquinho com ela desfrutando da atenção e ela roça em mim para deixar o cheiro dela.

O engraçado agora é que um dos filhotes dela, e apenas um, de um tempo para cá, quando vê aquilo, vem passa por cima dela, roça nela e em mim e fica se oferecendo para ganhar um pouco também.

Ela de vez em quando dá um pega nele para mostrar que aquele humano é apenas dela, outras vezes ela se afasta.

Não é que tem fêmeas de outras espécies que fazem a mesma coisa?

PENSANDO NOUTRA LONGA VIAGEM DE CARRO

Não vi razão para viajar no feriado de carnaval. Tudo cheio inclusive a estrada. 

Posso viajar quando eu quiser e comecei a pensar nisso. Consigo organizar o que precisaria da minha presença para ficar ausente mais tempo e fazer uma dessas longas viagens indo para onde o vento estiver soprando e parando aonde der vontade.

Difícil é achar onde eu ainda não fui.

UMA BONDADE COMIGO

 

Sou uma pessoa de hábitos. 

Talvez seja pela idade, embora eu tenha uma prima que diz que eu só sou velho quando é conveniente.

Às sextas-feiras costumo almoçar num restaurante que é uma franquia, aquilo que eles chamavam de prato do dia. No meu caso ele vem acompanhado de um suco de laranja natural de 300ml.

Quando termino sempre passo pelo caixa para agradecer e dizer que estava ótimo.

Na semana passada uma das moças do caixa me disse que estava voltando de férias e que ia confirmar para saber se ainda saía o prato do dia e em seguida disse que sim.

Nessa sexta fui lá e antes de pedir disse que eu tinha entendido que não tinha mais o prato do dia e a mesma moça me disse que tinha saído do cardápio, mas que para mim continuaria saindo.

Achei aquilo uma coisa muito especial. 

Em algumas ocasiões as melhores coisas não são as que precisamos mas aquelas que são um agrado, como era de vez em quando receber um suco de 500ml e saber que aquilo tinha sido proposital.

NÃO EXISTE CONSUMO DE ÁLCOOL SEM CONSEQUÊNCIAS

 

Em 2023 a OMS - Organização Mundial de Saúde vinculou mais de 200 doenças ao consumo de álcool, por menor que seja a quantidade consumida.

Vou diminuir mais ainda.

Eu bebo moderadamente mas, não faz muito tempo, eu estava viajando e tomei oito cervejas grandes com uma moça. O resultado foi que, depois de deixá-la em casa e chegar na pousada, fui direto para o banheiro e vomitei.

Isso me deixou sem vontade de tomar cerveja, mas eu estava com o hábito de levar um Cointreau para tomar quando tomava café fora de casa e passei a tomar um também, fora de casa, após a caminhada. 

Faz duas semanas mudei o hábito e passei a tomar dois copos de água de coco. Gostei da mudança. Vejo gente que não conheço, encontro alguns amigos, socializo um pouquinho e não sinto necessidade do álcool.

Quando recebo minhas visitas e ofereço algo para beber e muitas vezes a escolha é um espumante moscatel, que eu chamo de bebida para criança, porque é docinho.

Mas quando elas não querem beber eu também não bebo e não me faz falta nenhuma. Estou bem e relaxado e aproveito da mesma forma.

Esta semana recebi uma princesa e uma amiga dela para almoçar comigo e tomamos duas garrafas desse espumante. Numa situação como essa não pretendo mudar. Foi bom e não tenho nenhum arrependimento disso.

Li que os mais jovens estão diminuindo o consumo de álcool.

Abaixo tem um link para a Revista Pesquisa Fapesp, que tem informações mais consistentes a respeito do assunto:

https://revistapesquisa.fapesp.br/limite-considerado-como-consumo-moderado-de-alcool-cai-no-mundo/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=Ed327&utm_id=mai2023

PEQUENAS BONDADES

 

Fazer pequenas bondades se tornou um hábito porque a vida tem sido bondosa comigo e isso é uma espécie de retribuição. 

Aquelas pequenas coisas inesperadas fazem com que o dia da pessoa seja um pouquinho melhor.

Me peguei pensando nisso porque embora eu não saiba o motivo, fiz várias dessas pequenas coisas ontem. Talvez porque que tive um ótimo dia e isso me deixou muito bonzinho.

No final do dia fui deixar algo que me havia sido pedido por uma pessoa com quem saio sempre. Como o último lugar onde fui antes de passar na porta da casa dela era uma ótima padaria acabei também levando um bolo pequeno e charmoso.   

Agora fiquei pensando se ao fazer isso ela poderia confundir uma delicadeza com um ato de amor e esquecer que eu sempre deixei claro que eu não quero nada sério com ninguém.

FALTA DE VISÃO

 

Moro num prédio que tem alguns defeitos crônicos e outros por falta de manutenção. Resultado de quase trinta anos de falta de interesse e empenho por parte dos proprietários.

O apartamento onde moro, para onde mudei há mais de onze anos também estava num estado lastimável, mas fiz uma renovação plena e uma transformação completa.

Tanto o prédio quanto o apartamento eram toscos mas as intervenções no apartamento o tornaram algo bem diferente do que era.

Resolvi ter a disposição porque também me beneficiaria e, com muito trabalho, melhorei muito o estado do prédio em muitos pontos, mas falta fazer muita coisa para que ele fique razoável por dentro. 

O estado do telhado e da aparência da fachada sem manutenção há trinta anos vão entrar noutra lista das coisas mais difíceis de resolver.

Isso se reflete na pouca valorização dos apartamentos. A diferença de valor na venda de apartamentos iguais no espaço de mais de dez anos foi de apenas 16%. Perde feio para a poupança, para a inflação e até para um outro prédio novo que eu tenho acompanhado.

Eu já havia contribuído gerenciando melhorias quando não era, e de dois anos e meio para cá quando resolvi partir para o sacrifício e ser síndico.

Mas estou cansado de gente que, além de não ajudar, atrapalha e de outros, mais raros, para quem falta a educação para se comportar numa comunidade.

MELHOR NÃO RECLAMAR

 

Semana passada fui resolver um problema e voltei com outro que eu não tinha quando saí pela manhã.

Apareceu um barulho na suspensão dianteira do carro, troquei os coxins mas permaneceu um barulho que identificaram como sendo de uma folga na haste do amortecedor.  

Comprei amortecedores novos e voltei à mesma oficina para colocar. Problema resolvido. Ficou perfeito, o carro está silencioso como um carro zero quilômetro. 

Quando saí da oficina para o supermercado, assim que bateu o sol no para-brisa eu vi que ele estava quebrado no sentido da parte coberta pelo capô para cima. Era um dano relativamente pequeno que não existia antes. Não tinha nenhuma marca de pedra ou outra ação externa acima do capô.

Passei um whatsapp para o mecânico que e como ele não me respondeu logo eu liguei para o gerente da oficina que foi muito correto desde o primeiro instante, dizendo que eu não me preocupasse porque eu não iria ter nenhum prejuízo. 

Voltei para oficina para que eles pudessem examinar aquilo imediatamente.

Vi uma oficina que trabalha com vidros uns duzentos metros antes da outra e entrei para ter uma noção do custo. 

É alto, mas eles continuam sendo muito sérios quanto a assumir a responsabilidade pelo ocorrido.

Eu gostaria de ter dinheiro sobrando para responder por danos que eu não causei, e meu carro estava absolutamente perfeito, mas eu fico extremamente incomodado com o prejuízo que eles vão ter com isso.

Procuro não espalhar muito quando tenho um problema, porque ninguém está interessado nos seus problemas, a não ser quando a pessoa tem um aborrecimento parecido e as informações que você tem e a solução que você deu vão ser úteis.

Meus dias não são perfeitos mas de vez em quando tem um pior. Esse último 2 de janeiro foi um desses. 

Fui com pressa buscar algo que teve a entrega adiada várias vezes e logo que passei por um radar fotográfico de 50km tive certeza que tinha pego uma multa. Ainda não consigo pagar, mas já está no sistema. 

Quando estava lá me pediram para movimentar meu carro e ao dar uma ré o sensor de estacionamento não acusou um poste na lateral do carro e dei uma arranhada na lateral do para-choque. 

Duas tristezas em menos de vinte minutos.

Entre essas duas idas para deixar a suspensão perfeita, levei para pintar o para-choque e saí de lá com o carro cristalizado e sem um risquinho na pintura.

Isso tudo não foi nada. 

Tem coisa muito pior que isso. Grave mesmo é doença ou algum problema para o qual você não tem solução.

Vou esperar o fim da novela, mas, aparentemente o problema do vidro vai ter um final feliz.

Hoje 13 de março vou dar uma atualizada neste post de 23 de fevereiro. Hoje o parabrisa foi trocado por um novo e o dono da oficina foi lá e pagou. Quase 1700 reais. Achei que o que eu podia fazer para ser solidário de verdade era também colocar a mão no bolso.

Ele pagou o valor total e eu disse a ele que ele ia ter um cashback de 10% e fiz um pix imediatamente.

VIDEOS SEM GENTE FALANDO NO YOUTUBE

 

Tenho aprendido sobre os mais variados assuntos no meu tempo livre. Tenho tido disponibilidade para isso. Com a facilidade de usar o Youtube na televisão, faz um tempo que não olho as palestras que salvei nos emails do TED.

Ao usar o Youtube tenho descoberto algumas preferências e algumas rejeições imediatas a alguns conteúdos ou a seus realizadores. 

Não gosto de gente que grita ou que se acha mais interessante do que o assunto do qual está falando. Passo para outra coisa assim que a pessoa começa a fazer propaganda de alguma coisa. Não abro vídeos com títulos que parecem uma isca de tão chamativos.

Esta semana vi um conteúdo da BBC sobre pessoas que conseguem engajamento através de provocar a raiva. Aqui vai o link:

https://www.youtube.com/watch?v=D11Lee43BK4  "Como provocar raiva nas redes sociais dá lucro"

Gosto de ver alguns vídeos onde a pessoa não fala absolutamente nada e vi alguns de caminhadas na chuva ou viagens de trem ou coisas parecidas e montanhas russas.

Caminho sozinho. Encontro alguns amigos, cumprimento, com alguns festejo o encontro e continuo andando sozinho.

Tenho deixado rolar por bastante tempo, inclusive quando estou brincando com alguém, alguns vídeos que mostram uma praia ou outra cena da natureza, ou um quarto aconchegante com grandes vidros e chuva.

Só me incomoda quando dá para perceber que aquilo fica demasiadamente artificial porque as plantas mais distantes não sofrem nem a ação do vento nem da chuva, ou as nuvens não se movem normalmente.

RINDO À TOA

Ela de vez em quando some. Quase sempre quando começa a namorar, coisa que eu não quero fazer. Ela tem muita coisa que me agrada muito. 

Numa dessas vezes que ela me deixou na vontade me apresentou uma amiga que me atraiu tanto quanto ela. O corpo da amiga é muito firme e desenhado e me agrada tanto quanto o dela. Saímos quatro vezes e estávamos nos dando muito bem, mas teve um pequeno estresse numa conversa pelo whatsapp e eu preferi dar um tempo. 

Por duas vezes ela deu sinal de vida, e eu não dispensei direto mas não fiquei com tanta vontade dela para dar trela. 

Talvez semana que vem viesse a ser a semana do mês que não dá para estar com uma que continuei a ver regularmente. E aí eu ficasse com vontade de encontrá-la novamente. Essa é bonita mas não tanto quanto as duas. E é sempre muito bom brincar com ela. Nós dois gostamos muito do esporte. Nunca teve uma vez mais ou menos com ela. É sempre muito bom.

Mas, milagres acontecem e ontem meu sonho de consumo ligou e veio me encontrar. E foi tão bom que eu até diria que foi melhor do que qualquer outra vez. Ela estava muito solta.

Eu saio muitas e muitas vezes com alguém com quem me dou bem e com ela eu nunca acho que tive o suficiente. 

Não sei quando vou vê-la novamente, mas ela sabe perfeitamente que ela só precisa estalar os dedinhos que se eu não estiver com algum compromisso, fico disponível na hora.

A FALTA DE VAIDADE

 

Seria a vaidade um mal necessário?

Será que estou gastando comigo mesmo menos do que eu deveria? 

Não estou deixando de fazer nada nem estou sentindo falta de nada, mas três coisas me vieram à cabeça. O celular, o carro e o apartamento.

Meu celular está gastando bateria com mais rapidez então comprei um celular novo anteontem e ainda estou preparando para usar.

Não uso para jogos, não mantenho arquivos, transfiro as fotos para o laptop, não uso email nem Instagram e uso poucos aplicativos.

Tenho um S20 e chegaram agora ao S25. Não tenho essa compulsão de ter o último lançamento. Comprei um S23. Não preciso de mais que isso.

Estou com meu carro desde julho de 2018. É espaçoso, turbo, tem todos os itens de conforto, está em ótima forma, continua com um design atual e não é visado pelos ladrões.

Eu estava pensando em trocar para não ter a manutenção que um carro novo não tem, comecei a ir ver algumas alternativas de carro zero e ainda não me convenci. Estou substituindo tudo que preciso para termos uma sobrevida juntos. 

A última dessas coisas é o apartamento onde moro desde 2013, e que estava num estado lastimável. Fiz uma reforma completa, gastando bastante para melhorar todos os aposentos e ficou muito bom, mas o prédio era e continua sendo um prédio cheio de problemas. 

Tudo que foi feito para melhorar o prédio teve meu dedo, antes, em 2018 quando eu não era e agora como síndico, mas ainda está longe para poder dizer que é bom. Tem muita coisa básica para ser feita e eu perdi o tesão de fazer tudo sozinho.  

Mas, eu tenho uma área externa e, como a fachada do meu apartamento não aparece, pude fazer janelas grandes em blindex e ficou bastante iluminado e ventilado.

O prédio não presta, mas o apartamento em si ficou muito bom. E uma coisa, pelo menos por enquanto, está compensando a outra,

Faço apenas aquilo que eu quero fazer. Não sinto necessidade de impressionar ninguém. 

Entretanto não tenho pena de gastar com um bom perfume, porque gosto e tenho prazer em usar, nem me preocupo com contas de energia altas por conta do ar condicionado. São coisas que, para mim, compensam. 

Passo muito bem a maior parte do tempo com sandálias Havaianas, bermudas e camisetas da Hering. Dessas três coisas tenho uma coleção de cada e não vejo motivo nenhum para pagar mais de quinhentos reais numa polo da Lacoste.

Ainda não consegui perceber o benefício de ser vaidoso.

O MOMENTO DO QUE É BOM, MAS NÃO PRESTA

 

Vou comprar um pão caseiro longe de casa. Gosto daquele, então me dou ao trabalho de ir e comprar uma quantidade maior. Deixo no freezer e vou usando.

Quando estava na padaria vi umas embalagens com 4 rabanadas e como estava macia trouxe uma. 

Já tinha tomado um espresso e comido em casa mas resolvi comer uma delas e estava tão boa que comi outra e quando só restava apenas uma me dei o direito de acabar com ela. Estava úmida, doce e provavelmente tinha sido frita. Ou seja, devia ter um milhão de calorias.

Foi delicioso e não senti um pingo de arrependimento.

Nesses últimos sete dias só comi frango. Nunca havia feito isso, mas achei interessante fazer essa experiência. Poderia continuar fazendo isso por mais tempo, apenas para dizer quantos dias eu seria capaz de continuar com essa experiência.

Mas hoje está sendo um dia tão leve e agradável que eu vou desfrutar de um penne com filé que como uma vez por semana, num lugar que me agrada muito.

Vou dar espaço para tudo que me despertar o apetite hoje.

Sei que eu estou merecendo.

O QUE NÃO É VISTO NÃO É LEMBRADO

 

De vez em quando eu começo a fazer alguma coisas que não tem urgência ou importância e por algum motivo não continuo até o fim. 

Pode ser que o resultado não estivesse aparecendo de forma tão evidente. A atividade podia não estar parecendo muito produtiva. Mas se a vontade de ver feito existir eu vou regressar àquela tarefa algum momento. 

Embora esse meu processo de eliminar o que não preciso ou que não uso tenha sido uma constante, ler sobre a limpeza da morte dos suecos manteve o pensamento presente.

Nesse últimos quarenta dias eu consegui algum avanço. 

Às vezes é algo que eu não quero dar qualquer fim. Pode ter sido caro ou importante para mim então quero dar para alguém que possa apreciar aquilo como eu apreciei. Outras coisas, sei que pode ser útil manter apenas um pequena parte delas e comprar quando eu precisar.

Do quarto consegui pelo menos destinar uma meia dúzia de coisas e ontem consegui eliminar mais outra meia dúzia de objetos de outro ponto da casa. 

O surpreendente é ao fazer isso agora encontrar coisas que eu já devia ter eliminado há anos.

Mas vale para tudo, inclusive para pessoas.

O que não é visto não é lembrado.

A INFLEXIBILIDADE

 

 

Ontem uma amiga ficou aborrecida com a atitude de uma pessoa que eu conheço e que ela nem conhecia na rua e bem frente ao meu prédio. 

Ao dar importância a uma pessoa que não tem importância nenhuma para ela acho que ela cometeu um erro. 

Quando eu soube quem tinha sido falei que o indivíduo não conseguiu ir a lugar nenhum na vida, que não tem muitos amigos e sequer um relacionamento ainda que esporádico com alguém.

Ele demonstra uma certa amargura. Pensando no assunto eu tive a impressão de que nunca vi essa pessoa rindo ou mesmo sorrindo e como sempre posso estar errado perguntei para uma outra pessoa que o conhece e ela confirmou isso como um fato. Me parece uma dessas pessoas que "com a infelicidade alheia compensa a própria infelicidade".

Ela disse que queria ter a minha calma e eu respondi que a calma era só exterior, que por dentro eu estava me controlando, apenas porque era mais produtivo.

Eu tento evitar todas as que eu posso, mas, como todos, vivo situações onde as coisas não acontecem da forma como eu gostaria e nem todos agem como eu gostaria.

São raras, mas uma vez aqui outra ali tenho também essas situações com pessoas para quem a gente não quer desejar o bem.

Sei que eu passo da conta no meu desejo de que tudo aconteça sem contratempos e em ter a expectativa de que as pessoas tenham os mesmos padrões de comportamento que a minha vida me permite ter.

Eu só tenho negócio com gente que tem a reputação de ser muito séria no que faz. Mas, mesmo sendo muito raro, como em todo negócio algo que estava programado pode não acontecer exatamente como estava no cronograma.

Quando isso acontece sei que por dentro me incomoda e me tira um pouco do prumo, mas por fora eu tento ser absolutamente elegante e não demonstrar nenhum desconforto. 

Tenho parcerias com amigos que precisam de um associado para que eles possam fazer tudo o que estão fazendo. Se não precisassem eles iam fazer sozinhos e eu não teria aquela chance. Sou muito grato porque eles me escolhem.

Se eu também fosse inflexível externamente, não ia ser a mim que eles teriam como coadjuvante.

A ETERNA CRISE FISCAL BRASILEIRA

 

Gosto muito de ouvir gente mais inteligente e mais capaz que eu. Acho que pessoas brilhantes em suas áreas tem uma capacidade de observação e de síntese que os comuns mortais, como eu, não tem.

Assisti ontem um WW especial, na CNN - Os culpados da Crise Fiscal.

Deu essa visão completa de algo que eu até então só conseguia ver os pedaços.

Vale a pena ver:

https://www.youtube.com/watch?v=P71P-ih4WTc