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terça-feira, 1 de outubro de 2024

ACREDITAR NA SORTE

 


Acompanhei a notícia do assustador volume de dinheiro do  Bolsa-Família que é direcionado pelos beneficiários para sites de aposta, como por exemplo, o jogo do Tigrinho. 

No DW Revista ouvi recentemente o podcast "Porque é tão perigoso se viciar em games de aposta". 

Essa crença na solução para a vida estar na sorte e é uma espécie de pensamento mágico.

Eu também acredito em sorte e não penso em deixar de fazer minha aposta sempre igual na mega-sena, que agora tem 12 sorteios por mês. Durante uma vida inteira fazendo isso ganhei apenas duas vezes, ambas na quadra.

Quando passou a ter três concursos por semana, eu que um pouco antes vinha fazendo 3 jogos de R$ 5,00 por concurso eu pensei que se o que "o Homem lá em cima" quisesse mesmo apontar para mim, uma aposta seria o suficiente e ao invés de gastar R$ 180,00 por mês gasto R$ 60,00. 

Minha situação permitiria que eu fizesse os três jogos por concurso sem prejudicar em nada minha vida e não ia ser nada engraçado se viesse um resultado igual ao um dos outros jogos que eu deixei de fazer, mas resolvi que posso correr o risco.

Li ou ouvi recentemente que as pessoas precisam acreditar que tem uma perspectiva de vida boa porque esse é um motivo para a resiliência e para a mudança de maus hábitos.

Essa perspectiva de vida boa tem se tornado mais difícil de se transformar em realidade porque algumas promessas que se faziam como resultado do esforço ou da educação formal não estão se cumprindo, inclusive, ter um emprego hoje não é nenhuma garantia que você vai tê-lo amanhã. As mudanças estão sendo muito rápidas.  

Embora o ensino superior esteja mais acessível, uma pesquisa recente no Brasil indicou que a única formação que ainda está garantindo emprego, na área de formação, com carteira assinada, para 100% dos formandos é medicina. 

Todos os outros cursos tem um importante percentual de pessoas que completaram a faculdade e estão trabalhando em uma outra área, que não necessita de formação acadêmica.

Da IA do Google:

"De acordo com uma pesquisa, 53% dos graduados no Brasil trabalham em uma área diferente da que se formaram. Além disso, um artigo do site Você RH afirma que 88% das pessoas com ensino superior têm cargos que não correspondem à sua formação".

Então, acreditar na sorte também pode ser uma forma de acreditar no futuro.

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