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quarta-feira, 20 de agosto de 2025

GUARDAR OBJETOS PARA PROVAR QUE AMA ALGUÉM

 


Eu imaginava que tinha poucas coisas que não usava, e que tinha eliminado quase tudo de que não preciso. A última semana provou que isso era uma ilusão. 

Eu ainda tinha objetos que poderia ter eliminado há muito tempo. 

Fiz uma viagem para resolver um assunto e estive com uma pessoa capaz de me ajudar com atividades que comecei mas não terminei.  

Sozinho, poderia levar muito mais tempo para ver terminado.

Resolvi ir até em casa, pegar o material que preciso para terminar essas tarefas e viajar de volta para encerrar essas minhas pendências. 

Foi nessa volta em casa que veio a constatação do devaneio a meu respeito.

Eu tinha oferecido a uma pessoa os cds que separei para dar fim e abri um armário para ver se não tinha outras coisas que eu quisesse tirar da minha vida também.

Que surpresa! 

Eu tinha mais coisas para dar fim do que eu pensava. Algumas dessas coisas há um tempo absurdo.

Começou com uma batedeira, nova, lacrada na caixa que eu comprei há mais de dez anos, na intenção de fazer waffles que nunca fiz. 

Uma cafeteira italiana nunca usada que minha amiga Marília me deu de presente logo depois da minha separação. Faz 16 anos!

E continuou por uma seleção de vários dvds, alguns que ainda estão lacrados e nunca vi, mas não me dizem nada de especial.  

Me livrei disso tudo ontem.

Também tenho um conjunto de 6 xícaras de café nunca usado que me foi presenteado por uma pessoa muito famosa. Esse ainda deixei lá. 

Algumas dessas coisas eu guardava pelo apego às pessoas  que me deram, mas consegui ver que posso me desvencilhar desses objetos sem deixar de estimar essas pessoas. 

Posso fazer isso inclusive com algumas cartas que ainda guardo para provar meu amor por algumas pessoas. Vou guardar apenas as que tenham valor pelas coisas que estão escritas. 

Não são todas.

É um ponto de virada na minha vida.

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