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quinta-feira, 3 de julho de 2025

QUANDO OUTRAS COISAS DEIXAM DE TER IMPORTÂNCIA

 


Falei com ela umas duas vezes e sempre rapidamente porque não quero dar bandeira. Quero fotografá-la porque acho que vou conseguir umas fotos bem bonitas.

Dias atrás soube que tinha chegado chorando e vi que saiu mais cedo do trabalho. 

Tenho o contato dela mas fiquei sem saber o que fazer porque ao mesmo tempo que poderia estar sendo solidário poderia estar sendo invasivo, então esperei.

Quando nos encontramos falei dessa minha dúvida sobre o que fazer e que eu não precisava saber de nada mas que se alguma coisa estivesse pegando fogo e eu estivesse por perto que ela podia me pedir ajuda.

Ela contou que a mãe está com um câncer de pâncreas e que está internada numa UTI. Acho que os médicos procuraram ser bem sinceros em relação ao prognóstico, falando inclusive de metástase, mas ela disse que não tinha entendido muito, mas que não tinha muita esperança.

Fui pesquisar quando saí de perto dela e aprendi que esse é um câncer que na maior parte das vezes é detectado tardiamente, porque não apresenta sintomas claros até estar bastante adiantado. Que representa 3% dos casos de câncer, mas é responsável por 8% das mortes e que a sobrevida após um diagnóstico tardio é de no máximo seis meses.

Fiquei com um peso danado e triste por ela e não vou conseguir parar de pensar nisso, mas acho que ela não precisa saber disso.

Quando falta saúde, falta tudo.

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