Gosto
das conversas com pessoas diferentes de mim, principalmente quando tem
repertório. É quando eu aprendo alguma coisa a respeito do mundo fora de mim
mas aprendi na casa dos vinte anos a me livrar de relacionamentos, amorosos ou
não, que não são saudáveis.
Estou
jogando fora papéis, documentos e coisas que não tem sentido e, ao mesmo tempo,
guardando aquelas que fazem sentido guardar, reler ou usar.
Ontem
reli o que escrevi quando tive uma conversa com um grande amigo que, muito mais
velho que eu, já tinha, na época, ficado viúvo e não estava vendo muito sentido
na vida e me confessou que tinha pensado em se matar.
Recentemente
conversei com outra pessoa que está passando por dores crônicas
para as quais não existirá grande reversão e ela também me confidenciou que
havia tentado suicídio. Também tive longas conversas com outra pessoa que tinha crises de depressão e me
disse que pensou nisso muitas vezes.
Nesses
três casos, quando não aconteceu senti muito por eles. Mas teve a morte de uma adolescente, que
eu não via com frequência, mas que eu achava brilhante e com quem eu tinha tido
uma conversa de horas numa caminhada, poucos meses antes dela se matar.
Hoje eu
entendo suicídio como a forma de se livrar de uma dor tão grande, física
ou emocional, que a pessoa só quer que aquilo acabe.
A gente quer saber o que fazer ou dizer e ainda, no caso dessa menina, saber o que eu poderia ter feito. Ficou sempre essa sensação e o pensamento recorrente se existiria alguma coisa que eu poderia ter feito por ela, mas isso não é nenhuma garantia de que isso não iria acontecer.
Mas também sei quando não valorizar o que se chama de tentativa frouxa que é uma forma de tentar suicídio, sem a intenção de conseguir realmente, para chamar atenção e manipular pessoas e é feita de forma a estar perto de socorro para garantir que não morrerá.
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