Nesses tempos de Isolamento encontrei um amigo com o casal de filhos numa loja de conveniência com padaria.
O filho que tinha no passado uma certa dificuldade com ser abraçado e aprendeu a gostar disso, no momento que me viu saiu correndo e me abraçou e eu fiquei sem saber o que fazer, mas acabei abraçando ele também.
Não é a primeira vez que acontece isso. A filha de uma amiga, fez a mesma coisa quando nos encontramos. Agora já desistimos de evitar. Abraço pai, mãe e filha e isso não muda mais.
Talvez seja o que mais estivesse mais sentindo falta.
Contato físico.
Achei um artigo interessante falando sobre fome de pele no MSN que falava que o confinamento pode alterar pessoas que, como eu, tem grandes necessidades empáticas.
Eu hoje vejo muita beleza em morar sozinho, mas gosto de gente e abraço as pessoas de quem gosto quando encontro.
"Abraços, beijos, carícias e massagens não são apenas agradáveis, são também necessários. Precisamos que nos toquem, mas neste momento da pandemia, até os mais otimistas preveem que o distanciamento social continuará sendo uma medida necessária para controlar a propagação do coronavírus. E o corpo humano tem fome de pele."
...o confinamento permitiu que sua equipe iniciasse outros estudos, que não deixam de gerar dados interessantes: 26% dos sujeitos de pesquisa dizem que a quarentena fez com que sentissem muita falta de contato, enquanto 16% afirmaram sentir uma falta moderada. No entanto, 97% relataram problemas para dormir. Field atribui essas dificuldades à falta de serotonina, um dos hormônios cujos níveis aumentam quando tocamos e somos tocados. A insônia pode ser um efeito colateral da pandemia.
Eu estava sentindo esses efeitos todos e teve o momento que eu cheguei ao ponto que não estava segurando a onda. E busquei ter algum contato com pessoas.
Para mim funcionou.
segunda-feira, 25 de maio de 2020
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