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segunda-feira, 13 de outubro de 2025

A MINHA PEQUENEZ DIANTE DO CASTIGO DOS OUTROS

 


Tem sido impossível para mim não sentir prazer quando tenho notícias de castigos acontecendo com pessoas que fizeram alguma coisa que conseguiu me incomodar.

Recentemente tem acontecido com uma certa frequência e com mais de uma pessoa. Quase toda semana tenho tomado conhecimento de alguma dessas coisas.

Acabei de saber de mais um desses fatos que parece mostrar que eu nunca preciso fazer nada. E, mais uma vez, me alegrei com isso, mais do que seria elegante.

Se eu também tivesse a cabeça fraca iria acreditar que o meu desejar que pague pelas muitas maldades que fez com outras pessoas, inclusive comigo, tem alguma coisa a ver com isso, como já ouvi que essa criatura pensa.  

E o que é pior, vi um vídeo recentemente sobre os sinais de decadência física e essa pessoa que é má por índole, e não é nenhuma velhinha, está apresentando todos os sinais de que está descendo ladeira abaixo rapidamente.

domingo, 12 de outubro de 2025

A XÍCARA DE CAFÉ GROSSEIRA DA KOPENHAGEN

 


Tenho uns poucos alguns hábitos e pequenos prazeres. Um deles é tomar um espresso na Kopenhagen. Sento e não preciso nem pedir. Olham para mim só para confirmar se eu já quero.

Na minha opinião a xícara que lhe agrada faz toda diferença. E cada um tem sua preferência, dito isso, de um tempo para cá eles adotaram essas xícaras horrorosas e desagradáveis aos lábios com bordas grossas que eu acho deploráveis.

Não que as antigas tivessem bordas finas. Eram como abaixo. Resistentes, mas não grosseiras.


Também não preciso falar nada. 

Para mim o café sempre vem nessas xícaras anteriores.

Em casa eu gosto de tomar nessas aqui:



E da última vez que fui visitar minha filha pedi antecipadamente que ela comprasse uma dessas para mim.

Acho que faz uma tremenda diferença.

No dia em que na Kopenhagen não houver mais das antigas eu provavelmente não vou tomar café lá.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

A FANTASIA E A REALIDADE

 


Gosto de chuva e gosto de neblina. Onde moro quase não chove. Não lembro de quando vi a última chuva forte. Neblina então, a lembrança é quase nula.

Gosto do barulho do mar e moro longe dele. Mas ouço o mar em casa. Tenho playlists de barulho de mar, rios e cachoeiras no spotify.

Gosto de gente, quando os quero por perto, mas também fico bem quando estou sozinho. 

Gosto muito de conversar com quem elejo para fazer isso, assim como gosto de ouvir a maneira de pensar de algumas pessoas no YouTube porque o raciocínio que elas fazem a respeito daquele tema me ensina uma outra forma de ver aquele assunto e por isso mesmo me dá prazer.

Não estou disposto a ouvir qualquer um.

A internet trouxe muitas possibilidades, tornando possível ouvir gente muito mais inteligente que eu e ver coisas e lugares no mundo inteiro.

Quando não importa muito se é real ou fictício é possível desfrutar de coisas criadas por IA no YouTube e aproveitar aquela fantasia como se fosse um privilégio real estar ali naquele lugar paradisíaco. 

Muitas vezes tem um exagero, como no vídeo da foto acima, que tem umas borboletinhas e uns pássaros voando, muito mais irreais que o resto da cena.

O daí de cima se acha pesquisando "Tranquilo Seaside Café Jazz escape..." Gosto inclusive do levantar do corpo com a respiração do gato.

Outra cena, essa perfeita, porque mesmo tendo umas borboletinhas bem discretas também, não tem as mesmas nuvens se repetindo ad eternum, evidenciando a irrealidade da cena. Esse outro se encontra buscando "Elegant Bossa Nova Jazz At Morning Seaside Cafe..."

Essas sensações proporcionadas aos sentidos  estão ao alcance do headphone ou da tela da tv são uma possibilidade de relaxamento que até bem pouco tempo não tínhamos.

RESOLVER DE UM JEITO OU DE OUTRO

 


Talvez eu esteja errado, mas penso ser uma pessoa que tenta se controlar e ser muito paciente. Mas, tudo tem limite e, quando essa serenidade acaba, tomo a atitude que estava evitando.

Sou parte de um Inventário que está em juízo há dez anos e pode sobreviver aos herdeiros se não resolvermos amigavelmente. Todos nós, de uma forma ou de outra, perdemos dinheiro com essa demora.

Toda nossa comunicação foi feita por escrito, então não há nenhuma afirmação que algum de nós faça que não possa ser esclarecida através de documentos. Assim não restará dúvida  entre a lembrança que cada um tem dos fatos e a realidade.

Poderíamos ter resolvido extrajudicialmente em três meses, há dez anos, como eu propus na época, mas alguns herdeiros acreditaram, sem pesquisar ou consultar um advogado, quando uma delas disse que o Inventário tinha que ser judicial. 

Quando uma outra irmã, um ano depois, se deu conta que não precisava ser judicial, escreveu que a irmã que os manipulava com informações sem fundamento, sempre falava uma coisa diferente do que tinha dito antes. Mas tanta coisa tinha acontecido, que o assunto foi ficando uma Torre de Babel. Todo mundo falava e ninguém se entendia.

A única coisa que eu queria naquele instante era não ser roubado no que gastei na reforma de um apartamento e tudo piorou quando essa tentativa de se apropriar do valor da minha reforma ficou clara, inclusive pela manipulação da cabeça de outros que acreditaram nas argumentações dela a respeito de benfeitorias feitas por inquilinos ficarem de graça para o proprietário,

Não consultam um advogado, não pesquisam de graça na Internet, nem leem o Código Civil em seu artigo 2020.

A maior prova da minha paciência é ter esperado dez anos antes de peticionar contra as Investidas contra a Herança da irmã má. 

A juíza não despachou nessa petição, mas, por outro despacho, parece está tentando ver se saímos desse impasse sem levar isso mais longe do que já foi. 

Tenho pensado numa forma de resolver esse assunto apenas para que uma irmã menos favorecida desfrute do pouco que lhe pertence por herança antes de morrer.

Procurei alguém da família para intermediar uma proposta para mostrar meu interesse em encerrar o assunto mas não tive sucesso. 

Resolvi procurar eu mesmo uma irmã, um pouco mais racional e fiz uma proposta, que ela exigiu que eu fizesse por e-mail e eu fiz.

A oferta só tinha três itens. 

Um foi comprar o apartamento por um valor justo, sem levar em conta a reforma que eu fiz e é minha. Não é difícil chegar nesse valor.

O segundo foi ter o direito de comprar, pagando ao espólio três vezes a avaliação da CEF, uma pulseira que minha mãe, numa relação que ditou a uma tia nossa, poucos dias antes de sua morte, destinou à minha filha, esquecendo o restante que eu sempre pensei ser assunto que diz respeito apenas às mulheres da família.

O último item foi uma compensação que ofereci, de um extra de dez mil reais para cada um dos três herdeiros que não usaram um imóvel do espólio durantes esses anos. 

Mesmo por e-mail não tive resposta.

O tempo esgotou e, eu ia novamente peticionar para documentar no Inventário que tentei um acordo, antes de entrar com uma ação contra o Espólio.

Também tem uma estória feia a respeito de joias envolvendo a irmã perversa e a inação das outras, que eu vou ressuscitar mais uma vez, apresentando todos os e-mails que trataram desse assunto. 

Eu vou deixar de lado o querer de graça e pagar pela consulta a um dos melhores escritórios de advocacia daqui para entrar com a ação no Inventário em relação à reforma e peticionar novamente em relação à pulseira e estava conversando com um primo advogado sobre essa providência, quando ele se ofereceu para tentar uma conciliação, antes que eu tomasse essa providência. 
Mas também disse que, se houvesse qualquer resistência à essa conciliação, ele desistiria imediatamente. 

Ele falou nisso mas ainda não deu os telefonemas que disse que ia dar para os outros herdeiros. Ele está passando por um problema pessoal e atuar nisso não é prioridade para ele. 

Cheguei no ponto em que vou fazer por onde resolver de uma forma ou de outra e não vou esperar mais nada, nem por ele, sem tomar uma atitude.

Os trinta mil reais que eu iria dar para os outros herdeiros posso gastar com advogado. 

Mas mesmo esquecendo do auxílio do primo, vou mais uma vez, documentar que tentei novamente chegar a um acordo, para que não reste nenhuma dúvida que ainda exerci a tal da paciência. 


LEMBRANDO OS FATOS

                                    


A memória é traiçoeira e seletiva. Nós fragmentamos as coisas, só vemos o que nos interessa, da forma como nos interessa.

Então, nos traz para mais perto da realidade registrar o acontecido e os documentos que comprovam os fatos, para amanhã não depender de nossos afetos que torcem a realidade e fazem escolhas do que e como queremos lembrar do que aconteceu.  

Em maio de 2013, eu que nunca havia pensado nessa possibilidade, mudei para um estado do nordeste e fiz uma grande reforma num apartamento que minha mãe me ofereceu emprestado numa cidade onde moram pessoas da família pelo lado dela.

O apartamento estava  num péssimo estado, num prédio em situação lastimável, mas eu visualizei como uma reforma poderia transformar aquela situação. 

Gastei muito para fazer uma renovação e implementar muitas melhorias, inclusive alterando a planta em todos os aposentos. 

O resultado da reforma foi muito bom.  A única coisa eu faria diferente seria usar um material mais caro no revestimento dos banheiros. 

O prédio é que ainda tem muito para ser feito.

Minha mãe aprendeu a agir pensando no futuro.
Foi o que aconteceu quando ela me ofereceu o apartamento. Deve ter pensado que se eu me adaptasse bem à mudança ela poderia fazer a proposta que fez um ano depois, que foi:
Se eu concordasse em morar com ela, ela queria que eu procurasse uma casa para comprar no mesmo condomínio onde já moravam alguns parentes próximos. Eu concordei.
 
Ela sugeriu que eu vendesse o apartamento para juntar com uma reserva que ela tinha para comprar essa casa mas eu pedi para não vender o apartamento. Eu queria ficar com ele depois. Ela aceitou isso. Disse que dava para comprar a casa sem vender o apartamento.

Mas ela estava doente. O médico havia identificado nela uma "massa no fígado" e disse que o que ela podia fazer quanto ao que ele não chamou de tumor era aproveitar a vida e o convívio com a família.

Eu cheguei a ver duas casas antes de chegar à conclusão de que ela estava mais doente do que eu imaginava, embora eu tenha uma irmã que de forma perversa fez tudo para convencer os irmãos e até minha mãe, de forma mais cruel ainda, que o fim dela estava próximo.

Minha situação financeira nos meses antes da morte dela era apertada por três motivos. 
Eu havia gasto na reforma no apartamento, dispendi o dobro do que valia meu carro, para trocá-lo por uma camionete diesel porque uma pessoa em que eu confiava me recomendou expressamente que não viesse com ele. Disse que eu ficaria casado com ele. 
E, finalmente eu estava investindo na construção de cinco casas, onde eu tinha 10% do negócio.

O que gastei na reforma do apartamento era um valor imobilizado, com o qual eu não podia mais contar.

As casas haviam sido vendidas mas ainda não havíamos recebido o valor financiado e eu já estava no ponto de ter que entrar novamente com 10% na construção de quatro novas casas.

E casado mesmo eu fiquei foi com a camionete que só consegui vender, um ano e meio depois. E isso porque um tio arranjou o comprador.

Eu já havia me aborrecido seriamente com uma irmã pela forma canalha com que ela havia feito minha mãe não ter nenhuma dúvida de que estava morrendo e daí para frente os desgostos com as atitudes dessa irmã foram acontecendo um atrás do outro. 
Várias desses atos são caracterizadas legalmente como Investidas contra a Herança e, só recentemente, depois de dez anos tentando evitar, peticionei no Inventário contra esses atos e na petição documentei outras atitudes, que nem cabiam no Inventário, com o fim de demonstrar e documentar o caráter dessa irmã.

Fui a pedido da minha mãe passar 12 dias com ela em setembro e essa irmã não apareceu lá um dia sequer. Em outubro de 2014 ela faleceu.

A partir de dezembro de 2014 minha vida financeira foi voltando ao normal. Minha camionete foi vendida naquele mês, e comecei a receber o dinheiro das primeiras casas e quando em fevereiro de 2015, recebi um pequeno VGBL deixado por minha mãe, não precisei encostar a mão naquele dinheiro.

No começo de 2015 mais uma novidade. 
Eu havia me separado no começo de 2009 e nunca tivemos uma discussão séria a respeito de vender a casa que nos pertencia. 
Ela, que nunca me deu um real de despesa depois da separação, reclamava do quanto era caro fazer qualquer coisa numa casa de 550 metros de área num terreno gramado de 4000 metros. 
Pelo meu lado, eu poderia falar que tinha no papel metade duma casa daquele tamanho mas pagava aluguel.

A casa foi vendida no começo de 2015.

Não foi porque ela pediu nada, mas sim por uma decisão minha, porque eu achava justo, dei à minha ex-mulher uma parte da minha metade e com isso ela ficou com quase 60% do valor da casa e eu com pouco mais de 40%.

E foi a partir daí eu tive como fazer outros investimentos.