Total de visualizações de página

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

O VALOR DO TEMPO ALHEIO

 

Faz tempo que estive com ela poucas vezes e a última vez estávamos na minha casa jantando com mais duas amigas e marcamos de sair no dia seguinte só nós dois. 

Quando estava quase no horário ela mandou uma mensagem perguntando que horas tínhamos marcado. Foi quando achei que ela não valia a pena porque aquilo era pergunta de quem não só queria atrasar como também me dar um nó. 

Dei um chega pra lá na hora. Vi que era uma pessoa que eu não queria perto de mim e nunca mais falamos. 

Eu nem lembrava dela quando no final de julho ela apareceu numa mensagem e depois dela insistir um pouco eu, educadamente, dispensei. Comentei o fato, inclusive da dispensa, com uma amiga em comum.

Mas revi umas fotos que eu tinha feito dela e as imagens me abriram o apetite. 

Há uns dois dias ela reapareceu e eu resolvi provar novamente o que eu já tinha experimentado.

Convidei para me visitar declarando as intenções mais explícitas. Convidei para um almoço entre 12 e 13hs mas marcamos para as 13,30hs, que era o horário conveniente para ela. 

Meia hora antes ela falou que iria atrasar e que eu não precisava esperar para o almoço. Perguntou se eu tinha outro compromisso e avisou com que só iria chegar pelas 15,30. Como eu tinha preparado tudo para recebê-la eu disse que tudo bem que ia esperá-la para almoçar, mas ela atrasou mais ainda e quando chegou aqui eram 16,40.

Ela tentou não errar comigo de novo, mas errou. Almoçou, quis ser fotografada e o pai dela ligou e ela passou meia hora com ele ao telefone.

Algumas coisas foram muito boas mas ela não merece o meu empenho. Se eu ficasse irritado e dispensasse antes da hora não teria pelo menos o que tive. 

Não disse nada nem pretendo dizer nada antes dela se candidatar novamente ao uso do meu tempo, porque não vou me dar nenhum trabalho para vê-la novamente.

terça-feira, 11 de novembro de 2025

VOLTANDO AOS TRILHOS

 

Embora eu veja algo saudável quando as coisas se desorganizam para que a gente aprenda que é possível viver de outra forma também é ótimo quando as coisas voltam ao normal

As três semanas sem meu carro acabaram ontem.

Agora vou acabar de me organizar e programar uma viagem para outro lugar dos meus agrados.

sábado, 8 de novembro de 2025

EU ESCOLHO SER FELIZ

 

Sempre estive satisfeito com o que eu tenho e o lado bom disso é que nunca fiquei na expectativa de algo que eu viesse a ter para ser feliz. Ser assim permitiu que eu tenha sido feliz a maior parte do tempo. Minha felicidade nunca dependeu de coisas materiais.

Estar de acordo com a maneira como a vida se apresenta é algo genuíno, não é um "jogo do contente". Eu busco o lado bom das coisas, mesmo quando acontece algo ruim. Funciona muito bem para mim.

Mas não é todo mundo que pensa assim.

Como é interessante ao pensar sobre algo que está acontecendo ouvir as impressões de outras pessoas. Para elas é apenas uma conversa onde estão dizendo o que pensam mas pode ser que eu leve aquilo em conta se achar a colocação interessante.

Estou mudando de apartamento e eu percebi que eu só prestava atenção nos aspectos positivos e nunca analisei profundamente como as outras pessoas ponderam a respeito do prédio onde ele está. 

O edifício, mesmo com as melhorias que eu consegui fazer, ainda é muito ruim e tem problemas que são antigos e estruturais.

Meu apartamento tem muitas qualidades, algumas dele mesmo mas a maioria delas são consequência das intervenções que eu fiz. Posso fazer muito pouco para melhorar mais ainda o apartamento, mas para aperfeiçoar o prédio ainda há um longo caminho a percorrer. 

Mudar está me trazendo uma percepção dos outros à respeito do apartamento onde eu morava. Duas pessoas de níveis sociais completamente diferentes uma da outra me deram uma noção muito realista de como pensam os outros a respeito do prédio.

Uma é a proprietária do apartamento que aluguei. O outro é o eletricista que me conhece bem e veio instalar tomadas de 20 amperes para a cafeteira no apartamento novo.

Todos dois fizeram comentários a respeito do prédio de onde estou mudando. Ela de uma forma mais delicada, ele de uma forma muito mais direta. 

Ela comentou como o prédio está em mal estado e tentou amenizar dizendo que só poderia melhorar com a ação de uma pessoa como eu. Ele dizendo que este prédio é muito mais do meu nível do que o outro. 

Os dois terem manifestado a mesma visão a respeito do prédio me trouxe a noção de que alguns dos meus amigos podem pensar o mesmo e não disseram nada por delicadeza.

"Deixa ele na inocência". 

Não vou dizer que eu era infeliz e não sabia, por que eu não era, mas talvez essa minha simplicidade tenha pecado por  ignorar completamente o que os outros poderiam pensar de negativo e a valorizar apenas as inúmeras vezes que pessoas dizerem como se sentiam bem ali.

Às vezes o que nos serve, para nós é ótimo, mas pode não servir para mais ninguém.

domingo, 2 de novembro de 2025

AQUILO QUE NOS AFETA


Já assisti tantos filmes que sou capaz de assistir novamente sem achar que estou perdendo tempo. Os filmes, os livros ou uma conversa podem nos fazem pensar diferentemente a respeito de alguma coisa que estamos vivendo. 

É claro que vem mais que uma ideia quando assistimos algo, mas tem uma que nos fala mais que outras.

Tenho Netflix e Amazon e acho que não preciso mais nada, mas vou ligar o DVD na TV para assistir quando tiver vontade os filmes que mantive.

Nessa última semana assisti "A casa da Dinamite", que me fez pensar que quando tomamos uma decisão podemos desencadear muitas coisas.  "27 noites" que me fez pensar que dinheiro muitas vezes é apenas dinheiro. "Balada de um jogador" que fez pensar como muitas pessoas fazem coisas de que nem gostam somente porque acham que é aquilo que esperam delas e "Viúva Negra" que me fez pensar como uma mulher pode manipular vários homens ao mesmo tempo.

Lembrei de alguém cujo aborrecimento com uma outra pessoa tinha muito mais a ver com alguma coisa que ele tinha vivido no passado do que o que estava acontecendo no presente.

Uma ideia que vem de um livro ou de um filme pode nos enriquecer com uma experiência que não vivemos pessoalmente e de alguma forma, nos afetar, mesmo que seja apenas por empatia. Ver, ler e ouvir nos transporta para outros mundos e podemos acabar reagindo a isso como se a experiência fosse nossa.   

QUE FOSSE UM MOMENTO DE FOLGA

 


Eu nem estava esperando para aquele dia. Seria para o dia seguinte mas ela, quando eu quis combinar o horário no dia anterior, ela perguntou e eu aceitei na hora antecipar.

Vou voltar ao raciocínio do livro A Yoga da Disciplina quando fala como somos prisioneiros dos nossos sentidos e seguia falando de cada um deles.

Eu sou réu confesso ao dizer que sou prisioneiro daquilo que vejo. Me deixo levar. E ela, para mim, é uma viagem.

Nunca a fotografei, mas tenho e revejo muitas vezes uma foto dela que é matadora. Gostaria muito de fotografá-la para parar o tempo para eternizar o que eu vejo e como vejo.

Eu sempre estou no presente e, seja quem for que está comigo, naquele instante, é a única pessoa existente na face da Terra. Mas confesso que quando não estão presentes são apenas duas que vêm ao pensamento com mais facilidade.

Elas tem coisas em comum. São amigas, tem um tipo físico parecido  e se sentem absolutamente confortáveis e seguras quando nuas.

Sei que ela se sente apreciada porque além do olhar "amoroso" que despejo em cima dela e dos elogios que não economizo, meus olhos e as minhas mãos passeiam por ela, como se o tempo tivesse parado.

Ela tem a vida dela e eu tenho a minha, mas me dediquei a conhecê-la bem e ainda assim continuar explorando de uma forma tão dedicada que ela se oferece tão completamente que as reações muito evidentes me deixam ainda mais aplicado.

Nesse instante, continuo querendo relações sem compromisso e coisas maiores que isso pedem outras afinidades, coisas essas, que eu tenho separado em outras gavetas. 

O significado que cada um atribui a algo que viveu é único e eu acordei naquela madrugada para ir ao banheiro e lembrei dela. Eu quis mandar uma mensagem e, do pouco que eu disse com a intenção de estar dizendo mais, ela compartilha da visão que eu quero que aquilo que temos juntos, seja um momento de folga de tudo que a ocupa e a preocupa fora daqui.

Ela falou um pouco do que a está inquietando e disse que aqui tem sido assim. Um momento de folga.