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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

DESAPEGANDO MESMO !!!

 


Meu processo de limpeza está sendo para valer.

Tenho algumas dessas coisas que queria usar mas não tinha usado, experimentei algumas delas e já quis dar outro destino a elas, porque pensei que se eu quiser, posso comprar algo de maior qualidade.

Experimentei um óculos de realidade virtual que se colocava o celular dentro e não achei grande coisa, já dei para a neta da minha diarista e ela experimentou e ficou muito mais feliz com aquilo do que eu imaginaria. Também foi para ela que foi, depois de uma boa limpeza e conferência em todos ps arquivos, um dos dois laptops que eu tinha só para ter certeza de que não estava perdendo nenhum arquivo.

Experimentei uma câmera para o carro e também não achei grande coisa. Vai ter outro rumo logo logo.

Eu tinha aqui uma escultura em madeira de um artesão local que me havia presenteado por eu tê-lo fotografado e suas peças numa exposição. Ela era até discreta mas não me dizia nada. A diarista quis, é dela.

Eu tinha comprado uma baia de CD ROM para quando fosse digitalizar os cds de música e ela mesmo nova, virgem, não funcionou. Sem pena nenhuma foi para o lixo de lá de onde eu estava.

Pode ser que esteja sendo lentamente, mas, está sendo feito.

NÃO ACREDITO EM QUEM QUER RECEBER SEM TRABALHAR



Esta semana o noticiário está sendo marcado pelas mil demissões que o Itaú fez de funcionários em home office porque aparentemente não estão demonstrando estar trabalhando o quanto deveriam.

Trabalhar de casa exige uma disciplina que nem todos tem. É uma ilusão acreditar que a empresa não teria suas métricas para isso e que se a pessoa não tem esse controle sobre si mesma para trabalhar de casa conseguiria perpetuar a impressão de que tem.

Na verdade, o que me levou a esse raciocínio esta semana foi um outro fato. 

Na cidade onde moro ainda existem carroceiros que com sua carroça e seu burrinho vão fazendo seus biscates. 

Adotei um deles e de vez em quando faço uma pequena bondade com ele, porque ele aparece fala das dificuldades e eu procuro na mesma hora arranjar alguma coisa para ele fazer para que não saia de mãos vazias. Quando não tenho nada para ele fazer pode acontecer de eu dar algum dinheirinho só por dar.

Não gosto é do erro de cálculo do que estou disposto a fazer. Esse carroceiro é chamado de Pastor porque tem uma igrejinha onde exerce essa função.

Uma vez ele me mandou uma mensagem querendo que eu ajudasse na conservação da igreja e eu só ignorei.

Esta semana ele apareceu aqui e depois de reclamar que o serviço tinha diminuído e que a coisa estava feia eu disse a ele que ele que podia limpar os dejetos de pombo que caem em cima de uma laje na lateral do meu apartamento, que é coisa que ele já fez e que não leva mais que vinte minutos.  

Na verdade não estava nem me incomodando porque eu nem consigo ver, mas eu vi sabia que tinha isso para ser feito.

Ele disse que não tinha aonde parar a carroça e que ia procurar um lugar, mas não voltou e a impressão que ele me deixou foi a de que queria algo de graça e como no dia eu tinha algo que ele podia fazer não vi razão para isso.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

O ARRUMAR ESCONDENDO COISAS

 


Cada um tem sua maneira de pensar e de organizar a casa. Eu sei onde está tudo.

Eu tenho há mais de dez anos uma diarista que me ajuda boa parte de um dia e noutro, quando ela termina outro serviço ela vem e dá uma limpadinha geral.

Ela é muito esforçada e muito bem intencionada e quando erra é sempre por querer fazer demais.

Foi assim com algumas Havaianas que ela queria esfregar o solado até ficar como nova e com isso colocava a mão entre as tiras, como se coloca o pé e forçava as tiras. Com isso enfraqueceu as tiras até fazer com que arrebentasse de umas duas, pelo menos. Orientei que aquele esforço todo não era nem necessário nem recomendável.

Já esfregou frigideiras com antiaderente até tirar a camada. Hoje eu peço que ela não lave frigideiras.

Já fez outras coisas desse tipo. Sempre com um empenho cujo exagero estraga os objetos. Sempre bem intencionada.

Vi em uso um difusor desses da foto, que se liga ao USB e eu achei interessante.

Tenho um outro que é feito de pedra sabão e aquece a água e a essência com o calor de uma vela de rechaud.

A casa fica perfumada.

Gostei da ideia desse elétrico e comprei um há menos de um mês. E estou gostando. Coloco a água e uma essência e é muito agradável.

Estou num processo de olhar tudo e jogar fora coisas que não uso ou que não fazem mais sentido manter. 

Quando fui olhar tudo num rack grande que tenho na sala de jantar e achei no fundo de uma prateleira de vidro algumas coisas que tinha comprado há muito tempo de um desses sites chineses.

Eu já tinha um outro difusor desses com USB, fechadinho e que eu nunca tinha usado.

Nesse caso a culpa não foi minha.

Minha diarista, na melhor das intenções, guardou ali bem escondido, as coisas que estavam em cima da sala de jantar achando que isso é arrumar e eu comprei novamente algo que eu já tinha.

Tirar da vista muitas vezes prejudica mais do que ajuda. Esse é o arrumar escondendo coisas que não funciona bem.

Orientei para evitar que isso aconteça novamente.

domingo, 7 de setembro de 2025

ANDANDO SEM AJUDA

 


Não quero ninguém dependente de mim, nem dou dinheiro para quem pede na rua, mas tenho uma pequena lista de pessoas a ajudar de vez em quando e esta semana dei meus cinquenta reais para a dona do restaurante onde busco o almoço distribuir de acordo com o julgamento dela.

As pessoas da minha lista tem uma certa dificuldade com as coisas práticas da vida, como pagar suas próprias contas para viver.

Essa semana liguei com a intenção de ajudar uma dessas pessoas se ela me dissesse que a coisa estava feia. Mas tive uma surpresa muito agradável.

Ela tinha ganho um dinheiro intermediando a venda de um terreno e está conseguindo todo mês fazer mais uns 1200 reais com outra coisa que conseguiu, e, além disso está com a mãe em casa e a mãe sempre ajuda. Minha ajuda seria desnecessária neste instante.

Uma outra que sempre vinha com uma estória comovente pedindo muitas vezes uma migalha, está indo muito bem, obrigada, trabalhando muito e ganhando o que nunca imaginou que fosse ganhar na vida.

Gostei muito de ver isso acontecendo com as duas porque as quero ver independentes.

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

O BAR DOS MEUS SONHOS

 


Minhas visitas gostam da música que toca na minha casa.  

Escutam coisas que conhecem e muita coisa que não conheciam mas passam a gostar.

Muitas não tiveram oportunidade de viver o cantar junto, fosse na casa de alguém, junto a uma fogueira ou num bar.

Houve uma que, na cama, cantava junto as coisas que ela conhecia. E eu gostava daquilo.

Muita gente, inclusive eu, achou que montar uma pousada era muito interessante, trabalhar recebendo gente, que foi uma coisa que aprendi a gostar. Receber bem.

Uma outra ideia, na qual tive uma experiência muito limitada, era um bar ou um restaurante. Mas isso não passou de um devaneio.

Seria delicioso fazer isso sem preocupação com se manter disso. 

Hoje se eu fosse fazer qualquer coisa seria apenas por prazer.

Vou voltar a uma ideia de um maluco que eu sempre achei muito sedutora. O João, num boteco vagabundo, perto de Itaipava, no qual só fui uma vez. 

Ele só abria quando queria e a amiga que me levou lá disse que não pedisse para colocar nenhuma música. 

Ele só colocava a música que ele queria ouvir. 

Meu bar ideal seria como se fosse minha casa. Meu bar seria como o do João. Só tocaria aquilo de que eu gosto e quisesse escutar naquele dia.

O direito a palpites seria limitado ao que estivesse tocando naquele dia. Essas seriam as regras da casa.

Ao entrar no bar, o tipo de música proposta para aquele dia já estaria tocando, e assim o tempo todo, mesmo que não fosse ao vivo.

Um cantinho, um violão...

Às vezes é tudo que a gente quer. Se não tiver aquele amor, ao menos tenha a canção, ou várias delas.  Música, é terapia, é remédio. Um repertório para se cantar junto faz ainda melhor efeito.

Juntar pessoas que gostam de música e que vão se sentir bem num ambiente todo voltado para isso, onde vão ser tão bem recebidas que ninguém vai se preocupar se está indo sozinho.

Seria um lugar para o meu prazer e para quem fosse aproveitar de acordo com essa premissa.

Elegantemente despojado, proporcionando a sensação de aconchego.

O repertório, quando não fosse instrumental, seria de músicas conhecidas, do tipo que as pessoas gostam de cantar. Nada autoral ou pouco conhecido.

Pois é...

Sonhar não custa nada.