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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

COERÊNCIA


Discutindo um assunto e refletindo sobre a maneira indelicada como estou reagindo a situações que me parecem absurdas, me coloquei pronto para ouvir qualquer comentário que pudesse melhorar minha atitude. Isso além de me corrigir abre um espaço para que eu peça outras atitudes também.

Seria ótimo ter um coach, mas não tendo, faço aquilo que acho estar certo e quando não vejo eficácia nem eficiência já aconteceu de perder a gentileza.

Eu não gosto nada quando percebo isso.

Uma pessoa que trabalha conosco perguntou se eu era Hare Krishna explicando depois que era pela minha maneira de agir. Eu gostaria de manter essa maneira de agir o tempo todo sei que não tenho conseguido. Não sou bom como eu gostaria de ser.


Eu deveria aceitar os outros e conviver com eles sabendo tanto das suas limitações quanto das minhas, mas tenho preferido me afastar.

Está na hora de rever minha atitude.

Evitar pessoas que acho que não tem jeito, ignorá-las e ficar quieto também é uma forma de criticar pessoas que são diferentes de mim ao mesmo tempo que nem percebo que estou atropelando. 
A distância entre como nos imaginamos e como realmente somos aparece aí. 
Eu não tenho a mesma paciência para todos ainda que para algumas coisas essa paciência seja uma questão de merecimento.

Não quero impressionar ninguém, nem ser complacente para me dar bem com todos, mas posso ter uma impressão errada a meu próprio respeito. Procuro ser coerente com o que penso, mas resta saber se realmente estou sendo. 

Parar para pensar faz parte e é para isso que de vez em quando eu venho aqui. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A MOTIVAÇÃO CERTA


Dispendemos muita energia cobrando pessoas para que façam aquilo que combinaram fazer. Confio na palavra das pessoas como se fosse uma garantia que algo vai ser feito. 

As pessoas tem diferentes motivações e existem aqueles a quem não vamos conseguir motivar.

O pensamento veio porque estou fazendo uma reforma e por querer que ela ande rápido e que fosse bem feita decidi pagar melhor para ter profissionais motivados. 

Com alguns funcionou e com outros não. 

Assim como consegui motivar uns cabe a mim me conscientizar das minhas limitações e desistir de determinadas pessoas a quem não vou conseguir motivar. Não sei o que os move e também a partir de agora não tem importância descobrir.

O fato é que de maneira geral somos condescendentes e esticamos a corda mais do que deveríamos. Eu demorei para tomar uma decisão que eu deveria ter tomado alguns dias antes. 


Dispensei um profissional aparentemente bem preparado mas que estava me enrolando, porque não fazia seu dia render, mesmo ganhando mais que vinte por cento a mais e assim que o eliminei tudo começou a andar mais rápido, porque uma pessoa que faz pouco contamina os que estão fazendo mais.

Como eu já disse a respeito de onde estou, o ritmo é outro e horário não parece tão importante como é para alguém para quem horário era uma característica profissional bastante relevante para minha clientela.


As alternativas eram ficar tão relaxado quanto eles ou escolher quem trabalha comigo. Estou elegendo a segunda alternativa naquilo que depende apenas de mim e deixando claro isso. 


Me lembrei do maestro Diogo Pacheco que me disse que, para nós dois, se marcávamos oito horas eram oito horas, não oito e cinco, nem cinco para as oito.

Se pago melhor também espero serviço melhor.  

Deveriam andar sozinhos e não sou pai de nenhum deles para ficar dedicando muito tempo e energia para que isso aconteça, mas tem sido útil ter atitude e cobrar mais um pouco. 

Quando funciona, justifica.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

VINGANÇA MALIGNA

Ela era uma bonita e sabia disso.

O carro dela ficava estacionado num lugar onde um pardal aparecia para brigar com sua imagem no retrovisor. O resultado eram manchas de cocô no espelho e na porta do carro.


Ela estava parada num sinal quando o sujeito do lado estava procurando de todas as maneiras de conseguir dizer alguma gracinha e ela fazia de conta que nem via.


Depois de muito tempo sem obter sucesso ele mudou a estratégia e insistiu muito para que ela abaixasse o vidro e por fim, muito irritada, ela abriu o vidro e gritou:


O que é que é?!!!


Foi quando o sujeito se vingou gritando de volta:


- Sua cagona!!!

SER DIGNO DE CONFIANÇA

O desejo de nos comunicar de alguma forma e de que alguém nos ouça e se importe com o que dizemos pode fazer com que não percebamos bem a fronteira entre o público e o privado. Justificando que tem posições claras e nada a esconder algumas pessoas acabam caindo na armadilha da exposição exagerada. Eu, assumindo que estou fazendo terapia escrevendo num blog público corro o risco de já ter feito e de estar fazendo essa bobagem todos os dias.

As pessoas costumavam escolher a quem fazer confidências e mesmo assim, algumas vezes, essa confiança não era correspondida à altura. A pessoa que ouvia não era capaz de guardar um segredo ou não era tão amiga quanto o outro julgava ou mesmo porque as relações mudam e uma amizade sólida se liquefazia ou pelo menos ficava gelatinosa essas pessoas que guardavam segredos não se sentiam mais obrigadas a guardá-los. Algumas pessoas acham que o distanciamento permite essa traição. Hoje a  internet aumentou muito esse risco porque aquela confidência antes feita a uma pessoa é colocada hoje numa rede mundial aberta a um número incalculável de pessoas.


Ser digno de confiança talvez seja uma das minhas poucas qualidades. Naturalmente uma característica pessoal é também uma característica profissional. Isso me deixou muito próximo de pessoas no topo da cadeia alimentar. Muitas coisas que vi ou ouvi nunca farão parte de uma conversa ou de um livro de memórias.


Algumas coisas na nossa vida são motivo de orgulho, outras de vergonha e principalmente essas últimas não devem ser divididas com ninguém que amanhã possa usar isso contra você, mesmo que seja apenas porque não consegue guardar um segredo.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

DIAS MUITO CURTOS

Não tenho tido muito tempo. Tenho estado muito ocupado com a reforma do apartamento para onde vou mudar e sei que isso tem me tirado a concentração e o tempo que poderia, (até pensei em dizer deveria), estar sendo dedicado a todas outras coisas que estão acontecendo.

Essas coisas não acontecem sem supervisão, principalmente no meu caso, já que sou eu mesmo coordenando a obra. Sempre tenho expectativas altas a respeito das pessoas e neste caso específico eu havia tomado a decisão de pagar mais do que normalmente recebem os profissionais que estão trabalhando lá para que eles fizessem valer a pena o dia deles.

Conheço gente que tentaria fazer o contrário já que como estou trabalhando com construção eu poderia pensar em economizar com isso apertando eles na hora dos acertos de preço. Mas eu não acredito nisso, mas também tenho que achar o caminho do meio, porque com uns esse acerto funciona e com outros não. Nesse curto espaço de tempo já vivi as duas situações.

O fato é que estou num dilema já que acabar essa reforma e ficar satisfeito com o resultado é algo extremamente importante para o meu momento de vida ao mesmo tempo que seria  muito apropriado que eu estivesse dedicando mais tempo às minhas outras atividades.

Ou seja, eu gostaria muito de ter dias de 48 horas.