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Nem bem cheguei já estou voltando convidado a fazer um trabalho específico no mês de junho.
Fico feliz com esse tipo de convite.
Estou longe, e isso já sai caro e quem me convidou também acha que tem que valer a pena para mim.
Nem deu tempo ainda de me acomodar e ainda estou esperando minha própria casa, mas era irrecusável e nada me impede de ir.
Não é a primeira vez que isso acontece, mas sei que o que definiu o convite é eu saber o que se espera de mim.
Conseguir uma boa reputação leva tempo e para perder é preciso muito pouco. Ser escolhido entre outras opções além de muito agradável, pode até ser falta de humildade, mas é motivo de orgulho.
Para aproveitar estar os últimos dias de São Paulo quis ir ao teatro e o que daria certo era Edukators às 21,30hs. no Sesc Belenzinho.
Eu havia visto o filme, mas não sei porque motivo em vez de lembrar que foi o filme eu pensava que havia visto uma outra montagem da peça e comecei a comparar.
Ao final, tirei a dúvida e lembrei que tinha visto o filme.
Mas, gostei mais da peça. Gostei do cenário, gostei mais dos diálogos e gostei do que foi adaptado.
Embora muito fiel ao original, acho que ficou melhor.
Já tive meus momentos de sair fora do sério, mas a idade e a experiência fizeram com que eu visse que é muito mais produtivo que ao se zangar com alguma coisa nos mantenhamos calmos.
Fazendo assim somos capazes de expressar melhor nosso ponto de vista e nossas necessidades, assim como tomar as atitudes mais convenientes e até mais contundentes.
Mesmo com muita coisa acontecendo, não tenho tido muita oportunidade para escrever.
Estou zangado e calmo.
Uma tremenda combinação para quem tem tempo e disposição de não deixar pra lá.
Tudo ganhou um ritmo novo e agitado a partir do momento que eu soube quais seriam meus próximos passos. Falar que quando isso acontece a vida conspira se provou em todas as coisas que eu peguei para resolver.
Em trinta dias a vida mudou e nos últimos quinze coisas que poderiam ser difíceis foram fáceis, acho que muito por uma questão de atitude já que eu realmente queria soluções e não soluções "perfeitas". Vendi um carro difícil de vender, comprei uma camionete, me desfiz de todos móveis e eletrodomésticos.
Fiquei livre para organizar o que eu queria trazer e no meio dessa organização vi que não teria espaço para trazer tudo e fui fazendo escolhas, me livrando de algumas coisas e deixando outras poucas guardadas para quando for conveniente trazer.
Fazer escolhas é o grande fator.
Não me apeguei às coisas que poderia repor, nem quis atribuir qualquer valor a coisas pequenas. Dei o que me deu vontade de dar.
Dispensar coisas que não me são essenciais e me desfazer de outras contribuiu para que acontecesse logo.
Foi fácil.
Foi rápido.
Anteontem eram duas da tarde quando saí do Rio para uma viagem de carro de mais de dois mil quilômetros.
Perdi tempo cruzando algumas cidades cheias de lombadas e havia planejado parar para dormir em Vitória e depois mais uma vez em outro lugar mas, como saí tarde resolvi, seguir adiante depois de jantar, mas conforme passava o tempo a estrava ficava mais vazia e mais fácil fazer as ultrapassagens.Me animei para continuar por mais um tempo e isso durou a noite toda.
Sol alto pensei em parar para dormir algumas horas, mas não encontrei logo um lugar conveniente com garagem fechada e por volta da uma da tarde, a uns quatrocentos quilômetros do meu destino final, parei para almoçar e em seguida num motel muito simples com a intenção de dormir o quanto quisesse e tomar um banho.
Uma meia hora depois meu irmão ligou tocando terror dizendo que de noite a estrada que eu iria pegar era arriscada por motivo de segurança, e que o carro que eu estava era muito visado.
Cheguei numa idade onde a experiência alheia tem valor para mim. Ouço, peso e decido. Resolvi seguir. O banho foi importantíssimo para revigorar e fazer em segurança as últimas horas da viagem. Se era para vir, então que viesse logo.
Mas, anteontem, ainda no Rio, recebi um telefonema de um parceiro de negócios perguntando se poderia contar comigo para um trabalho importante em junho em três capitais diferente, dizendo que também seria bem pago.
Sabe onde estou, está mandando a passagem, bem pago...
Eu vou.
Minha simulação da camionete funcionou muito bem.
O que eu planejei de caixas coube bem com tudo que eu havia colocado em caixas.
O que não funcionou foi o que eu não calculei bem.
Mas agora veio o que não está em caixas.
Tenho um mundo de coisas espalhadas pela minha sala que não vão caber.Então estou mudando o paradigma.
O maior volume do que está na camionete são cds de música. Isso é um vício para mim. Achava que tinha que levá-los logo.Vou inverter o pensamento. É mais racional deixar os cds que estão organizados em caixas e ocupam grande volume do que deixar outras coisas, que certamente vão ser incômodas e dar mais trabalho para os outros.
Já queria estar na estrada, mas, pelo jeito não era para ser assim.
Então, pacientemente, vou reorganizar o que vou levar, assim que eu deixe algumas caixas para que minha filha guarde.
Ontem estávamos no apartamento minha filha e meu genro e um casal de amigos conversando sobre essa minha mudança quando eu fui olhar na minha agenda para ver há quantos dias eu havia tomado a decisão de mudar.
Fui ver. Dia 3 de abril eu disse que queria fazer uma experiência de morar lá e dois dias depois eu já tinha falado que estava indo. Meu plano é de amanhã estar com o pé na estrada indo para uma primeira parada no Rio.
Um mês depois de tomar a decisão de ir.
Para quem olha assim fica parecendo que foi de repente que eu tomei essa decisão, mas, na realidade, acho que estou tomando essa decisão há muito tempo. Até eu me surpreendi quando dei a notícia definitiva para algumas pessoas porque eu já havia comentado com eles que eu estava pensando no assunto.
Depois que eu soube o que queria tudo foi acontecendo rápido.
Uma reviravolta.
Eu estava precisando mesmo de uma.
E estava prontinho para ela.
Desde o dia que o notebook travou com o problema criado pela Microsoft na atualização do Windows 7 eu entrei em contato com a Acer, que é a fabricante do computador, várias vezes e dei muita sorte e também muito azar.
Sorte quando falei com várias pessoas de boa vontade e azar, quando por duas vezes, e isso inclui o primeiro contato, falei com uma pessoa que parece estar lá não para ajudar mas tornar o problema pior, além de não apresentar boas soluções.
Meu note tem agora dois anos e me serve perfeitamente. A configuração dele é básica, mas suficiente para mim. Ele agora está fora da garantia.
Essa é a segunda vez que uso a assistência deles. Uma vez a tela quebrou, acho até que por minha culpa, mas eles pediram que eu enviasse o note para eles para uma análise e trocaram a tela na garantia.
Dessa vez eu estava quietinho e o problema me foi enviado pela Microsoft na atualização automática do Windows. A atualização da versão 32 bits conflitava com os programas de segurança dos Bancos.
Permitimos a eles que entrem automaticamente nos nossos computadores e os alterem, achando que é uma coisa boa. Isso tem uma contrapartida de muita responsabilidade que eles não tiveram.
No primeiro contato com a Acer tive o azar de falar com uma pessoa que garantia que eu tinha perdido tudo, e perdendo todos meus arquivos, era melhor comprar um novo.
Mas, fui tentando soluções e mantendo contato com outros atendentes da Acer que tentavam me orientar remotamente
Depois de uma tentativa frustrada de resolver pelo telefone, um deles, me disse que enviasse o computador para eles, e que se o problema tivesse sido causado apenas pela atualização do Windows, não haveria custo.
Achei ótimo, mas ao contrário do que me havia dito o primeiro atendente, meus arquivos não tinham sido perdidos e eu precisava fazer um backup.
Falei novamente com o mesmo funcionário que atrapalha ao invés de ajudar e, entre outras coisas, no meio da conversa, ele me disse para processar a Microsoft.
Eu estava encontrando diariamente um cliente do exterior que é um especialista de TI e ele se ofereceu para me ajudar. Gastamos horas, e parecia que ia funcionar, mas no segundo disco de Recovery travou o processo em 99%.
Desisti.
Aí vem a grande questão.
VOCÊ COMPRARIA UM MESMO PRODUTO DA MESMA MARCA?
É impressionante como um elemento contamina todo um grupo.
Quem fala com todos os outros com quem eu falei tem uma ótima impressão a respeito do pós-venda da Acer e fica com uma belíssima impressão a respeito da marca.
Quem tem o azar de falar com aquele sujeito tem uma impressão completamente oposta.
Não deixei contaminar a imagem da empresa pelo proceder de um funcionário, porque falei com vários outros com uma postura admirável. A empresa é muito boa. Essa é a minha impressão. Os computadores são ótimos e o atendimento é excelente.
Um sujeito conseguiu envenenar meu dia por duas vezes. Ele é quem está precisando de conserto, para ver se conseguem deixá-lo como todos os outros com quem falei.
É o atendimento que eu sei que eu vou ter, caso venha a precisar, que está me fazendo dar preferência na minha pesquisa de comprar por computadores da Acer.
Eu compraria um produto da mesma marca.
