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quinta-feira, 28 de março de 2013

PARA QUEM SABE DO EU ESTOU FALANDO



NÃO ESTOU MAIS ZANGADO

Quando eu encontrava com minha ex eu não queria conversa. Levou muito tempo para que entendesse o motivo e mais tempo ainda para que eu deixasse de estar zangado.

Toda vez que eu falava bem dela mas também contava que eu não queria conversa com ela quando a encontrava as pessoas viam nisso um sentimento. Eu não estava indiferente. E eles diziam que ainda existia alguma coisa.  Estava zangado por ela me ter feito ver que não existia mais a vida como eu achava que era.

Tivemos um bom casamento. É claro que houveram brigas mas com o tempo e muita paixão aprendemos a conviver bem um com o outro. Só que depois de vinte e cinco anos, eu ainda mantinha uma ideia muito romântica a respeito de como devia ser nossa relação e não consegui mudar isso. Quando me dei conta de que não ia ser igual eu não quis mais mesmo que isso me deixasse muito triste. Posso suportar qualquer coisa, desde que eu mesmo não a sinta aquela como uma desconsideração importante.

Não é possível sentir diferente depois de começar a sentir assim.
Tinha que haver muito mais do que houve para me convencer do contrário.

Quando me separei me vi sem uma casa que fosse minha e sem todo entorno e além da filha em comum, os outros filhos que ajudei a criar, deixaram de ser qualquer coisa minha, porque a família era dela e tinham um pai também. Minha filha também tinha vida própria. Aprendi a viver sem isso e sem me agarrar a nenhuma tábua de salvação.

Já me senti muito sozinho e sem rumo. Depois aprendi a viver sozinho e a viver sem rumo e a não deixar que isso fosse tão ruim. Talvez até fosse ruim, mas aprendi a colocar as minhas esperanças em mim mesmo.
Quando veio a sensação de não pertencer a nada comecei a me sentir feliz com situações que não me pertenciam, mas onde eu podia estar para pelo menos ser feliz por um pouquinho.

Tudo que eu entendia como certo passou a ser duvidoso. A vida deixou de ser como eu a entendia e fazia sentido. Mesmo que eu não admitisse o tempo todo, foi confuso, demorado, mas por fim eu sobrevivi. Realmente existem sentimentos que você não percebe mas carrega de um lugar para o outro.

Nunca fiz da vida algo ruim. Gosto do que vivo e tenho procurado cada vez mais fazer apenas o que faz sentido para mim. Exatamente por isso chegou a hora de uma mudança e comecei a falar de possibilidades. Se não foi antes, por mais que eu quisesse, era porque eu não estava pronto.

Olho para mim mesmo e gosto da pessoa na qual me tornei. Quero mudanças mas na verdade tem sido muito lenta essa caminhada para tornar real aquilo que eu apenas penso que sou e cuidar de todas as coisas que ficam pelo meio do caminho.  Até debito isso a uma certa falta de motivos para a ação (motivação), mas estou querendo conscientemente escolher para onde estou indo e ver motivos para isso.

Estou pronto para uma vida tão cheia de sentido como eu achava que a minha vida era.
Não estou mais zangado de ter perdido aquela.

terça-feira, 26 de março de 2013

GUARDAR FOTOGRAFIAS DO PASSADO

Estou no segundo apartamento alugado no mesmo prédio.
O primeiro tinha cara de acampamento. Tirei todos os pregos que haviam nas paredes, cobri todos os buracos e pintei tudo de branco. Nada nas paredes e assim foi por todo o contrato. Talvez ali tivesse escondido um significado de limpeza ou até mesmo de vazio na minha vida . O segundo já ganhou  muitas fotografias e um dia desses resolvi pedir à minha filha que me trouxesse os quadros com fotografias que eu tinha em casa e que tinham sido embalados e guardados. Só quando ela trouxe me dei conta que também haviam fotografias da minha ex-mulher e isso me levou a pensar se eu teria que desmontar aqueles quadros e substituir aquelas fotografias. Não por manter as fotografias, mas por elas estarem aqui expostas numa vida da qual ela não faz mais parte.

Um pouco do que fez parte da minha vida tem nas fotografias uma memória visual, sem saudosismo, mas como um registro de vida, daquilo que fez parte da minha estória de vida e foi bom. Tenho guardadas fotografias de outros momentos da minha vida. Mas tem uma diferença. Estão guardadas.

Então, talvez ali adiante eu vá rever isso e me dar ao trabalho de desmontar os quadros e escolher outras fotos.

segunda-feira, 25 de março de 2013

GOSTO DO QUE ME FAZ PENSAR


Algumas vezes não sei o que provoca uma reflexão que acaba num texto. Acho que era alguma coisa na qual eu nunca tinha pensado ou uma que precisava ser elaborada ou que vinha incomodando e que vinha ali por trás, ainda tomando forma.
Outras vezes foi algo que vi ou ouvi que fez com que eu pensasse no assunto.
Ir ao teatro, ler um livro, uma conversa com alguém ou mesmo uma dessas frases que se lê ou ouve podem ser o gatilho.

Eu gosto de algo que me faz pensar.
E gosto mais ainda das pessoas que me fazem pensar.

sexta-feira, 22 de março de 2013

INSPEÇÃO VEICULAR EM SÃO PAULO CANSEI DELA

Desde dezembro eu estava às voltas com a Inspeção Veicular na qual estava dando emissão de Co acima do limite. Cada vez que eu ia dava novamente a mesma coisa e quando não conseguia eu tinha trinta dias de prazo para tentar novamente e ficava procurando soluções. Eu tinha preferência pelas mais fáceis.

Quando tenho algo muito chato para resolver, no mais das vezes quero resolver logo, mas isso embora estivesse me incomodando demais fui esticando.
Anteontem fui de novo e de novo problema com Co.
Saí de lá com vontade de acabar com aquilo na mesma hora e fui direto para um lugar onde me sugeriram como solução definitiva trocar o catalisador.
Caro de novo, mas não importava mais.
Eu queria resolver.

Troquei ontem num outro lugar onde saiu mais barato e também fizeram análise de emissão e deu zero. Paguei a taxa ontem e só hoje no começo da tarde liberou para agendar. Agendei para hoje mesmo para o primeiro horário possível e fui três horas mais cedo porque era para acabar com isso o mais rápido possível.

Consegui fazer na hora que cheguei porque estava vazio e esse assunto está liquidado.

Agora vamos partir para os outros.

quarta-feira, 20 de março de 2013

BUSCANDO A PACIÊNCIA

Nem tudo sai como eu quero e alguns assuntos tem demandado mais paciência e mais disposição para resolver do que eu tenho tido. Tenho tido vontade de ter um tempo longe de tudo mas também não posso dizer que minha vida é complicada porque eu não a fiz assim.
Mas eu também gostaria que esses assuntos se resolvessem num passe de mágica, mas como eu bem sei a mágica é uma ilusão.

Um deles me incomoda tanto que eu tenho usado dos prazos que tenho a cada vez que tento resolver e não tenho sucesso, e hoje, mais uma vez, não consegui dar um fim, mas já está me incomodando tanto que já decidi cuidar dele até que acabe de uma vez. Rápido. Talvez porque eu não tenha tratado dele da forma adequada, que seria pegar para resolver depois que uma tentativa não funcionou até acabar com ele, custasse o que custasse. Isso está me amarrando.


Estou também querendo um tempo para mim, sem atender telefone, o que é quase impensável para mim que construí um negócio que depende disso, mas na próxima semana, já que vou viajar vou organizar de uma forma que tenha recado na caixa postal e resposta automática de email dizendo que eu estou fora do ar. Não vejo problema em que meus clientes busquem uma alternativa. Isso pode tando dar uma alternativa a eles ou um comparativo de como é bom trabalhar comigo. Eu estou pronto para as consequências dessa atitude.


Ao mesmo tempo penso em outras alternativas para a minha vida, coisa que tenho tido vontade de examinar e optar por uma que se revele promissora. Creio que está na hora de uma mudança, que não vai ser impensada.


sábado, 16 de março de 2013

PEQUENAS ATITUDES DE GRANDE SIGNIFICADO

Quando eu mudei eu estava muito animado para corrigir todos os pequenos detalhes do apartamento mas tem umas coisas que resolvi fazer eu mesmo e existiu um ponto que isso cansou. Resolvi pintar a porta de entrada e a porta do quarto. A porta do apartamento até terminei e já precisa ser repintada, mas a porta do quarto que iria dar um trabalho danado para colocar fita crepe para poder pintar ficou pelo meio do caminho. E ficou assim já faz mais de um ano. E eu só queria pintar por fora.

Hoje ela se transformou num símbolo do que está por fazer na minha vida.

Semana passada resolvi uma outra pendência que era a janela da área que estava o tempo todo fechada porque recebi com uma peça quebrada e nunca fui atrás para resolver. O apartamento já tem mais de vinte anos e a peça plástica que encaixa no alumínio já está fora de linha, mas depois de uns seis telefonemas acabei descobrindo uma loja que vende esses acessórios em Osasco,  e como eu ia a Alphaville acabei indo lá, chegando dez minutos antes de fechar. Achei a pecinha fora de linha e embora precisasse de uma era tão barato e foi tão difícil conseguir que comprei vinte para dar para os vizinhos que eventualmente precisem.

Foi uma tortura conseguir encaixar na janela que é grande, com ela no lugar, sem deixá-la correr o risco de cair e sem muito espaço para colocar as mãos onde era preciso. Demorou, deu trabalho, mas na segunda vez que fui para o sacrifício, depois de um certo tempo, consegui.

Hoje encontrei um amigo com quem estava com um projeto em comum e estava com uma certa dificuldade para fazer uma colocação. Queria conseguir que me liberasse da obrigação que eu  sentia de continuar com ele como parceiro para uma idéia que tenho para uma noite num bar como uma experiência. Nos encontramos sem que tivéssemos combinado e tive essa conversa hoje.
Não doeu.

Numa paradinha que fiz aqui ao escrever, comecei a colocar fita crepe na porta do quarto para poder pintar. Agora, com testemunhas, vai ser difícil não tomar vergonha.

Será que amanhã eu vou poder dizer que me livrei disso?

sexta-feira, 15 de março de 2013

O QUE FAZER QUANDO VEMOS UMA DESCONHECIDA CHORANDO?

Eu passei pela mesa do café e achei que ela estava chorando.
Eu tinha quase certeza.
Eu não a conhecia e fiquei sem saber o que fazer.
Queria ser solidário, mas não queria ser invasivo. Não sei o que fazer numa situação dessas com uma estranha. 

Depois ela veio até a varanda onde eu estava, olhou para fora pela vidraça por uns instantes e saiu. Eu olhei e ela estava parada lá fora. Perguntei a um amigo que estava num outro lugar, de frente para ela, se ela estava chorando e ele confirmou.
Eu fui até ela e perguntei se podia dizer alguma coisa e como ela disse que sim eu falei que não queria que ela saísse dali com a impressão de que ninguém estava se importando.

Ela disse que eu era um lindo, seja o que for que isso signifique.
Para não ser invasivo me despedi e voltei para onde eu estava sentado na varanda e a vi ir, voltar e parar do lado de fora do vidro no exato instante que uma vizinha apareceu e veio falar comigo e acabou contando uma longa estória.

Ela sumiu imediatamente. Não sei se ela precisava ou queria falar com um estranho.

Vou continuar sem saber.

quarta-feira, 13 de março de 2013

APRENDO MAIS OUVINDO

Ouvir é algo que nem todos sabem como fazer. Saint Exupéry já disse que a linguagem é uma fonte de mal entendidos. É preciso ter certeza de que entendeu o que se escutou, mesmo que isso signifique perguntar a respeito do que se ouviu e algumas vezes aprender um raciocínio diferente do nosso.

Gosto quando tenho a oportunidade de conversar com alguém que pensa diferente de mim. Acho que é uma oportunidade para rever meus paradigmas. Quero que o outro tenha chance de explicar como pensa, sem querer me convencer. É uma chance para entender o outro e ver uma outra maneira de pensar o mesmo assunto. Aí sim posso até mudar meu ponto de vista. Se eu não mudar, pelo menos entendi o ponto de vista alheio.

Muitos pensam que responder rápido é um sinal de inteligência. Às vezes até é, mas em alguns casos responder rápido demais faz com que você reaja antes de entender o que a outra pessoa realmente quis dizer.

Compreender o que o outro quis dizer é fundamental para depois sim saber o que fazer com aquilo.

Gostaria de ter aprendido a ouvir antes.

terça-feira, 12 de março de 2013

DINHEIRO PODE ATRAPALHAR?

Eu gosto de ouvir estórias e ela me contou algumas, mas eu disse quando contou a que eu mais gostei e que iria guardar. Ela falou do namoro que teve, que hoje, à distância, parece tão bom.
Eu sempre sou um pouco cético em relação ao que parece melhor hoje do que no momento que acontecia.

O namorado tinha dinheiro e ela não tinha tanto quanto ele, e acontecia que além dos compromissos dela com trabalhar, ele não fazia idéia como custava a ela acompanhá-lo até para se vestir adequadamente para isso. Ela disse que não soube gerenciar a situação porque embora ele tivesse demonstrado claramente a vontade de criar as condições para que isso não fosse um problema, para ela era cedo, e como gostava de se sentir independente, não conseguia aceitar.

Ele ter dinheiro foi perturbador para o relacionamento.
Ela disse que muitas vezes pensou que se ele não tivesse talvez o namoro pudesse ter durado mais.
Quem sabe? De qualquer forma, ouvir isso dessa forma, me faz ver um outro lado da estória contada por uma mulher.
Gosto da ideia de igualdade num relacionamento onde nenhum dos dois se sente num outro patamar. Gosto do ponto quando os dois já se sentem à vontade para que essa diferença não seja importante. Eu também teria problemas com isso se estivesse na posição dela. Teria que ter muita certeza que aquilo não era importante naquele momento, nem iria ser no futuro.
Culturalmente ainda vemos o homem como provedor, e mesmo que fosse cedo para isso, já que estavam apenas namorando, é o tipo da situação que faz que acreditemos que relacionamentos são sim, complicados. E ele como não tinha a menor noção do que estava acontecendo dentro dela também não conseguia compreender quando ela terminava o namoro.

Ela tem certeza de que atrapalhou.
Que pena...

TÃO FÁCIL DE VER!


De vez em quando vejo uma foto da qual eu não gosto, de uma pessoa aparentemente fácil de fotografar. Não gosto porque foi de um ângulo que não a favorecia. Não mostrava o quanto aquela pessoa é bonita. Pelo contrário. Era uma para se jogar fora, mas não foi. Essa é a grande vantagem da era digital e aconselho a todos a fazer o que eu faço.
Jogo fora as fotos em que a pessoa não está bem.

Todos tem ângulos que não favorecem. Anteontem apareceu uma foto da Eva Longoria na praia no Rio num péssimo ângulo que a deixava com uma barriga saliente, completamente diferente do que foi a foto à noite num vestido vermelho colado que lhe realçava as formas. As duas fotos foram publicadas no MSN. A mulher é maravilhosa e todos tem um momento que não mostra isso. Porque publicar a primeira?

Todos tem momentos que não são bons. Se não são selecionadas as fotos em que a pessoa está tão bem a beleza não aparece. Porque todo mundo tem um detalhe que favorece. Uma menina que eu achei linda me perguntou se eu a fotografaria. Depois eu fui olhar as fotos que ela tinha publicadas e eu gostei apenas de duas. Pode ser pretensão da minha parte, que sou um amador, mas tenho a impressão que ainda não a viram do jeito que eu a vejo.

Porque a beleza está bem ali.
Tão evidente.
Tão fácil de ver.

domingo, 10 de março de 2013

O QUE O TRÂNSITO TROUXE


Sexta-feira à tarde. Me livrei da chuva e do trânsito sem fugir de estar disponível para uma pessoa com quem tenho muitas obrigações.  Meu compromisso, que iria me fazer perder algumas horas foi cancelado poucas horas antes. Achei bom. Não era para que eu sofresse.

Eu fui para o super para ouvir música.

Ela parou lá por acaso, porque não aguentava mais o trânsito.

Eu já a tinha notado. Percebi que outras pessoas também.
Sentou ali, sentou acolá e por fim sentou numa mesa em frente à minha.
Uma amiga estava tocando e eram sete da noite quando estávamos conversando no último intervalo dela e, depois que minha amiga levantou para tocar ela me fez uma pergunta.

Fui me sentar com ela por um pouco e ficamos lá conversando o tempo todo até ela me dizer que faltavam dez para meia noite. Não percebi o tempo passar. Trocamos estórias e é sempre interessante quando se ouve e expressa delicadamente outros pontos de vista sem a intenção de apenas ser agradável. Eu aprendo e acho ótimo quando isso acontece. 

Uma conversa dessas poderia levar horas.

Ah! É verdade.
Levou.

quarta-feira, 6 de março de 2013

QUEREMOS É FICAR LONGE DE CONFUSÃO

Uma má experiência algumas vezes é determinante para que não se queira experimentar novamente a mesma coisa. Temos medo que ela se repita e se o sofrimento foi grande não queremos viver nada parecido. Damos outro significado a coisas e desejamos menos. Quem deseja  pouco, pouco tem a temer.

Sucessos dão expectativas de novos sucessos.
Fracassos, de novos fracassos.
As possibilidades não são vistas como possibilidades, mas como riscos. A covardia evita compromissos e a angústia pode paralisar.

Eu estou prontinho para me mexer.

SITUAÇÕES DESCONFORTÁVEIS

Eu gostaria muito que houvesse uma maneira de evitar situações desconfortáveis onde cada um parece que está puxando para um lado, mas chega um momento que temos que resolver impasses. Estou no meio de alguns.

Hoje encontrei um amigo a quem propus um projeto novo que pode ser muito interessante mas ele já me fez ver que ele não é a pessoa indicada para fazer isso acontecer. Já tive que desistir de algo que estava acertado para dar início a isso porque aquilo não era prioridade para ele e marcou outra coisa para a data, ainda que se justificasse. A intenção do encontro hoje era conseguir a minha liberação para poder levar isso adiante sem contar com ele, mas me vi na situação de ouvir ele falar no assunto dizendo que ia ligar para uma pessoa que ele devia ter ligado há muito tempo para tratar desse projeto.
Ele não vai ligar. Eu sei disso, mas não me senti confortável para colocar o assunto antes de esperar que essa ligação não aconteça.

Tenho uma outra situação tão desconfortável que eu venho evitando faz tempo. Eu gostaria que tivesse havido uma outra solução que não envolvesse ter que lidar com esse assunto e provocar uma solução que talvez não seja exatamente o que a outra pessoa desejaria, mas já dei todo o tempo do mundo e mais algum para que aparecesse uma novidade que resolvesse, mas não apareceu e agora depois dessa espera acho que justifica propor uma outra solução.

Outra coisa chata tem sido essa inspeção veicular que está me dando trabalho esse ano, mas que não vai desaparecer se eu não for atrás para resolver.
Estou doido para terminar com isso tudo.

HOMENS NÃO SABEM SE CUIDAR COMO AS MULHERES.

Existe um espaço entre o que sabemos que precisamos fazer e o que efetivamente fazemos.
A realidade às vezes está bem ali, clara e por conhecê-la temos a impressão de que somos capazes de fazer o que é necessário.
Mas muitas vezes adiamos ou não fazemos e eu não sou o único.

Uma das coisas que me lembrou isso é o fato de que da última vez que fui ao médico, e já faz tempo, para uma consulta de rotina anual, havia, nos exames, menção a uratos amorfos, que são cristais, e ele me disse que mais um tempinho e eu poderia ver a olho nu, mas eu poderia tentar reverter isso com muito líquido.
Coisa simples, não é?
E eu não tive esse cuidado comigo mesmo esse tempo todo. Resolvi me dar uns dias e nesses últimos dois que tenho passado mais tempo em casa tenho procurado tomar jarras de coisas mais interessantes que água. Isso para mim deveria ser uma rotina, mas não foi até agora.

As mulheres conseguem se cuidar melhor.
Nós, homens, parece que ficamos esperando por um problema mais sério para que venhamos a nos preocupar e fazer alguma coisa a respeito.Não levamos muito à sério.
Uma tia falou comigo que meu primo não estava se cuidando como deveria da possibilidade da diabetes porque sabia do resultado de seus exames e eu quando tive oportunidade de falar com ele mencionei o assunto e ele, em tom de piada, disse que aquilo matava devagar e ele não tinha pressa.

Saber o que deve ser feito não é suficiente.
Uma amiga recente passou por uma biópsia agora e está se cuidando muito e outra que encontrei essa semana passou por um melanoma e gostaria de se bronzear mas não vai fazer mais isso. Sabe que não dá mais para ela. Mas eu conheço alguns homens na minha família que, mesmo sabendo o que deveriam evitar, continuaram a fazer as mesmas coisas que os prejudicariam no futuro.

Neles eu não vou dar jeito, mas está na hora de dar um jeito em mim.

terça-feira, 5 de março de 2013

PROMESSAS PARA UMA CRIANÇA

As filhas de uma amiga pediram que ela comprasse um gato.
Mas não era um gato qualquer. Custava oitocentos reais.

Ela disse que era caro e que ela não podia comprar. As meninas perguntaram se elas podiam se tivessem o dinheiro.

Como aquilo parecia tão improvável para duas meninas, ela concordou na hora.

Passado algum tempo as duas, muito determinadas, apareceram com o dinheiro e entregaram para a mãe que teve que comprar o gato.


Oitocentos reais.

Tudo em moedinhas.

ENCONTRANDO PRAZER EM COISAS MUITO PEQUENAS



Consigo encontrar prazer numas coisa muito pequenas, como em algo que eu coma desfrutando daquilo lentamente aproveitando cada pedaço. Ando viciado num sanduíche do Subway. Acho que colocando quase todos os vegetais e o molho de mostarda e mel aquilo faz uma festa na minha boca pela diversidade de sabores.

UM MOMENTO DE TOTAL CALMA

Faz um tempo que eu estou ambicionando uns dois ou três dias onde eu chegasse a desligar o telefone, coisa que eu nunca faço, esquecesse da internet e da televisão, não saísse de casa e me organizasse completamente. Eu quero foco e sei que estou me deixando levar. Hoje embora eu tenha deixado o telefone tocar e tenha saído apenas para compras no supermercado a calma veio.

O exterior muitas vezes reflete o interior e me deu uma vontade de me voltar para dentro de mim para me organizar.
Estou precisando.

Parece que tem o dia certo para determinado tipo de música que não cabe em outro dia. Eu estava querendo ouvir algo que não me distraísse. Não me lembro se algum dia eu consegui ouvir um disco de canto gregoriano inteiro. Faz parte daquele tipo de música  que eu acho interessante, mas não faz parte das minhas preferências. Hoje ouvi os três que tenho e um deles mais de uma vez.

E a tranquilidade tomou conta enquanto ficava sentado na cadeira que é uma rede balançando um pouquinho ouvindo aquele barulhinho delicioso do suporte de metal rangendo. Eu não queria estar em nenhum outro lugar.

domingo, 3 de março de 2013

EITA MENININHA BEM EDUCADINHA !!!


Na minha família os filhos dos primos chamam os primos mais velhos de tio e a relação é bem essa mesmo. Uma dessas "sobrinhas" está morando em São Paulo, porque é muito inteligente e está fazendo Getúlio Vargas. Ela estuda muito e de vez em quando eu aviso o que estou indo fazer e uma vez ou outra arranjamos alguma coisa para fazer juntos, mas eu sei que algumas das coisas que eu vou ver ela nem conhece ou ouviu falar, mas eu sempre fico muito bem impressionado com a educação que essa menina tem, porque ela sempre parece interessada.

Mesmo quando eu digo que é uma coisa que talvez ela não vá gostar porque não é gente conhecida da moçadinha de agora, mas ainda estão aí, ela é de uma delicadeza surpreendente e quando está conosco é muito atenciosa e realmente participa da conversa. Se mais jovens tivessem uma disposição como essa o espaço que separa as gerações diminuiria muito.

O PODER DE UM CARINHO

Eu tinha passado o dia cansado, muito por estória de ir dormir tarde e acordar cedo, sem necessidade, mas fui a um jantar bem agradável e para umas poucas pessoas na casa de uma amiga e lá pelas duas e meia da manhã o cansaço apareceu novamente e eu resolvi ir embora.
Me despedi de quem estava dentro e já do lado de fora umas amigas estavam conversando e quando cheguei perto uma delas se encostou em mim e eu fiquei ali um tempinho abraçado a ela sem dizer que estava indo embora.
Fiquei ali aproveitando aquilo, sem pressa de ir embora, como se fosse um bichinho que fica por perto da gente quando está sendo acariciado.

Era bem assim.