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domingo, 29 de julho de 2012

DE QUANTOS AMIGOS UMA PESSOA PRECISA?




Em abril vi num artigo na revista Superinteressante sobre o número de amigos que uma pessoa pode ter. http://olhardigital.uol.com.br/noticia/ignore_o_facebook_voce_so_tem_150_amigos/18656

De vez em quando tenho dado uma limpada no meu Facebook para manter o número perto dos 150. 

Não importa o que diz o Facebook, você tem apenas 150 amigos.

É isso o que afirma uma teoria formulada por Robin Dunbar, professor de antropologia evolucionária da Universidade de Oxford, na Inglaterra, ao observar o crescimento de uma fábrica têxtil. A pesquisa virou um livro, "How Many Friends Does One Person Need", que já está à venda nos Estados Unidos.



 O problema com o grande número de "amigos", de acordo com Dunbar, é que “relações com muitas pessoas tendem a se tornar muito casuais – e não têm a profundidade e o senso de obrigação e reciprocidade que você tem com seus amigos mais próximos.”

NÃO ME SINTO SÓ

Ana, minha prima, me ligou e naquele instante estava sozinho dando uma volta no Parque do Ibirapuera, porque tinha sentido a necessidade de sair de casa e ver gente. Quando comentei que tenho andando um pouco triste e muito desmotivado ela manifestou a preocupação, que eu percebi e confirmei com ela, de que eu entrasse em depressão, porque existem casos na família.
Eu disse a ela para não se preocupar, porque não chegava nesse ponto.

Ela me perguntou se eu estava frequentemente com a filhotinha mas eu disse que não porque ela tem sua própria vida e que eu entendo isso. 


Agora quando estava escrevendo lembrei de uma vez que a filhotinha perguntou se eu não queria um cachorrinho e eu lembro de que eu respondi que essa estória de homem sozinho com cachorrinho a mim parecia uma coisa muito gay. Deixa só os passarinhos que todo dia vem na minha varanda pela comida grátis. Um dia eles vão ficar mansinhos e pousar na minha mão.

Ando cada vez mais seletivo. Acho que isso é coisa da idade

Não estou disposto a qualquer coisa nem estou disponível para qualquer pessoa apenas para não estar só e para ouvir o som da minha própria voz, mas também já sei que tem gente com quem eu não quero falar.

É verdade que algumas vezes eu gostaria de companhia, mas não estou desesperado. Sexta-feira pensei em ir até o Roda Viva para continuar a noite com música, mas quando liguei para lá  vi que se fosse estaria arriscando porque não conhecia os que iam tocar e já tive duas experiências com músicos ruins lá. Não fui.


Mas falei para a Ana que tem uma coisa que me faz com eu sinta um pouco menos a solidão. 
O Blog faz isso. Entrar aqui e ver o número de acessos faz isso.
Quem lê o blog não são pessoas que eu conheço, nem minha própria filha faz isso sempre, mas é alguém que por um acaso caiu ali, ou porque pesquisou alguma coisa e se identificou com o que leu ou foi atrás de uma foto e também caiu no blog, mas nesse universo tem um ou outro que por mais que eu possa estar falando besteira, volta aqui e lê para ver se eu disse alguma coisa que preste.

Quando nas estatísticas do blog a Rússia apareceu em quinto lugar e estava se aproximando do numero de acessos da Alemanha, achei aquilo muito interessante e falei à respeito, e fiquei um tempo quietinho a respeito do assunto porque quando a Rússia ultrapassou a Alemanha em número de acessos os números ficaram por um tempo bem parecidos. Uma ultrapassando a outra. Hoje eu vi que a Rússia disparou. Chegando perto de cem acessos a mais que a Alemanha.


Isso eu acho engraçado.

Engraçado no sentido de ser interessante, porque eu entendo Portugal ser o segundo país em acessos e os Estados Unidos serem o terceiro, mas a Rússia, um país que não fala português e não deve ter uma grande população de brasileiros, se consolidando em quarto é surpreendente, principalmente porque passou dum número que poderia ser considerado por acidente ou por um interesse específico. Com certeza, tem alguém lendo o blog na Rússia.

Um dia desses fiz uma pesquisa no Google e fiquei pensando se aquilo está acontecendo de uma forma geral, ou se o Google assume algumas preferências e me leva lá.

Preciso ver isso no computador de outra pessoa.
Pesquisei imagens de São José do Vale do Rio Preto e a quarta foto que aparece não foi tirada por mim mas é a imagem leva ao blog porque eu usei aquela imagem.
Pesquisei "Carne sem Sal" e a segunda resposta era a estória do tio Candinho.
Pesquisei imagens de "Teresa Cristina Cantando Roberto Carlos" e algumas das fotos na primeira página de resposta eram do blog.
Pesquisei  "Grupo Chão de Teatro", de quem eu postei umas fotos recentemente, com o mesmo resultado.

Fico agora querendo ver a quebra de barreiras, como por exemplo ultrapassar a barreira de 5000 acessos por mês ou ver a Rússia chegar a mil acessos.


Depois do parque passei pela padaria na Estados Unidos e quando eu estava voltando para casa com os vidros fechados e o som baixo mas eu vinha cantando no carro pela Avenida Europa, quando duas meninas num carro bem mais alto que o meu pararam do lado e a que estava dirigindo brincou comigo por causa disso. Eu nem baixei o vidro, mas ri para ela, porque esses encontros também fazem bem.

IMAGENS PARQUE DO IBIRAPUERA

THE POWER OF THEATRICAL MADNESS

Não é que não tenha ido a nada, mas quando não tenho nada de muito bom para falar, tenho preferido ficar calado. Foi o caso dessas duas últimas coisas que vi nessas duas últimas semanas na Mostra Sesc de Artes 2012. Ontem fui ver a longa The Power of Theatrical Madness. Semana passada também fui ver Revolution, Achei simpáticos os atores, mas ficou me devendo. Ontem, quatro horas e vinte, das quais aguentei quatro horas na expectativa que algo muito interessante viesse.

Sequências com repetições intermináveis, onde apenas essa da fotografia achei mais interessante, pois mostrava uma situação onde uns personagens com roupas brilhantes, animados e felizes, que queriam dançar e se movimentar eram submetidos a outros vestidos de preto que os faziam ficar quietos. Isso não era repetitivo e me passou uma mensagem.

Numa outra sequência, no início, uns oito sapos  foram soltos em cena, depois cada um dos atores jogou a camisa branca que estava usando para prender um deles e em seguida um a um foram mortos pisoteados por cada um dos atores em cena ensanguentando a camisa branca. Isso para mim ficou sem sentido e por isso desnecessário.

No folder de apresentação dizia que a ação repetitiva enfraquecia a ilusão.
Para mim tornou chato.

Arte que precisa ser explicada para que você goste dela não me convence muito. Continuo querendo ir ver coisas que eu entenda e goste, mesmo que eu entenda de uma forma muito pessoal.

ORAÇÃO DA SOLIDÃO

ORAÇÃO DA SOLIDÃO

Tende piedade de mim, Senhor, porque me esmaga a minha solidão.

Não há nada que eu espere. Aqui estou neste quarto, onde nada me fala. E, no entanto, não são presenças que eu solicito; se mergulhar na multidão, ainda me descubro mais perdido. Mas aquela outra que se parece comigo, também sozinha num quarto semelhante, aí a tens cumulada, se os seres da sua ternura vagueiam pela casa, Ela não os ouve nem os vê. De momento, não recebe nada deles. Mas, para ser feliz, basta-lhe saber a casa habitada.

Senhor, também não peço nada que se veja ou se ouça. Os Vossos milagres não são para os sentidos. Para me curardes, basta-vos iluminar-me o espírito acerca da minha morada.

Senhor, se o viajante perdido no deserto pertence a uma casa habitada, ele goza dela, muito embora a saiba nos confins do mundo. Não há distância que o impeça de ser alimentado por ela e, se morrer, morre no amor... 

Eu nem mesmo peço, Senhor, que a minha morada seja perto de mim.

O transeunte perdido no meio da multidão transfigura-se ao ser ferido por um rosto, mesmo que o rosto não seja para ele. Assim o soldado apaixonado pela rainha. Ele se torna soldado de uma rainha. 

Senhor, eu nem mesmo peço que me prometas essa morada.

Há, ao longo dos mares, destinos ardentes votados a uma ilha que não existe, Os do navio cantam o cântico da ilha e sentem-se felizes com isso. Não é a ilha que os cumula, mas o cântico. 

Senhor, eu nem mesmo peço que essa morada exista nalguma parte.

A solidão, Senhor, é apenas fruto de um espírito que está doente. Ela não habita senão numa pátria, a qual é sentido das coisas. Assim o templo, quando é sentido das pedras, Só tem asas para este espaço. Não goza com os objetos, mas apenas com o rosto que se lê através deles e que os liga uns aos outros. Fazei simplesmente, com que eu aprenda a ler.

Nessa altura, Senhor, ter-se-á acabado a minha solidão!

                                                                                                                   Saint Exupéry           em  Cidadela

sexta-feira, 27 de julho de 2012

ACONCHEGO - MEMÓRIAS DE UMA AÇOREANINHA BLOGSPOT

O Google às vezes traz às vezes umas surpresas agradáveis. Um dia desses eu estava buscando uma imagem para a palavra Aconchego e acabei caindo num blog chamado Memórias de uma Açoreaninha que ao que parece está meio abandonado já que ela só escreveu um post em 2012.

Caí num post de 2010 chamado Aconchego e já deixei um comentário fazem umas semanas de que gostaria de colocar aqui aquele post porque achei muito bonitinho. Até hoje não tive uma resposta da Açoreaninha, então, enquanto ela não disser que sim ou que não vou deixar aqui, dizendo de onde veio.

                                                   
                                 ACONCHEGO

Sinto falta do teu aconchego, dos teus miminhos, do teu perfume, de brincar com a tua mão, entrelaçar os meus dedos nos teus, de ver os teus olhos a brilhar quando olhas para mim e sabes que não gosto de me sentir observada, mas já começo a habituar-me aos teus olhares sem corar muito...
Nunca estivemos tanto tempo sem nos vermos e acho que não estava à espera que fosse ser tão difícil, mas é das tais coisas que só se tem plena consciência quando se experimenta!

Acho que nunca olhei tanto para um calendário...

ESTOU PRECISANDO DE UM AMIGO NOVO

Um amigo comum anda afastado do nosso grupo.
Estou achando que isso pode ser vergonha que está sentindo por estar novamente com uma pessoa que não conhecemos, mas que ele fez questão de comentar tantas coisas negativas a respeito dela com cada um de nós, que fez com que, mesmo não a conhecendo pessoalmente, não gostemos dela.

Ele falou desse assunto para qualquer um que lhe emprestasse os ouvidos e fez com que nos cansássemos daquela estória, mas ele mora perto de mim e de vez em quando nos encontrávamos para almoçar ou para tomar um café e bater papo, mas como eu não dava mais trela para essa conversa, ele ficou meio sem assunto.

Ontem encontrei uma pessoa que o conhece, mas não é do nosso grupo de amigos, que perguntou por ele e fez o comentário de que sempre que o encontra ele tem uma coisa negativa ou complicada para contar. Que ela conhece ele há anos e que ele não muda.

Cada qual com seu igual, dizem, e isso começou a me preocupar, porque sempre que alguém passa por alguma coisa eu procuro olhar para a pessoa e me ver no espelho olhando se de alguma forma, em maior ou menor grau, não estou fazendo a mesma coisa.

Eu estou preferindo arranjar um amigo novo que me estimule a fazer mais do que estou fazendo hoje.
Ando meio desmotivado. Estou precisando de ajuda para mudar isso.
Quem faz pouco para mudar e permanece nas  mesmas situações me atrapalha ao invés de ajudar.

ESTÓRIAS DO TIO CANDINHO 4 - O JEGUE ATROPELADO


Adalberto, nosso primo, é filho de nossa prima Yvone e de José Clementino havia ido com uma pick-up F-75 ao interior e naquela viagem acabou por atropelar um jumento, deixando o animal vivo, mas machucado e a notícia chegou a Remanso, na Bahia onde eles e tio Candinho moravam.

José Clementino era muito nervoso e não reagia muito bem a nenhuma situação de estresse. O resultado é que Yvone fazia tudo para evitar qualquer situação que o aborrecesse. Quando aquilo veio aos ouvidos de tio Candinho, sabendo que José Clementino tinha ido naquele dia para Salvador e que iria demorar uns três dias para voltar ele viu ali uma ótima oportunidade para divertimento às custas dela. Arranjou um pedaço de papel de embrulhar pão, lambuzou com um pouco de manteiga e escreveu uma carta para José Clementino, que sabia que ia ser lida por Yvone, como se fosse o dono do jumento atropelado. Colocou  a carta num envelope e amarrou com um barbante. Arranjou um menininho com um chapeúzinho de palha e mandou entregar na casa de José Clementino.

Para desfrutar da coisa desde o começo, deixou passar uns cinco minutos e apareceu na casa de Yvone com a desculpa de que queria um alicate emprestado. E para não rir quando Yvone fazia os comentários primeiro de pena, depois da exploração quando viu o monte de zeros, virava a carta para o outro lado para chegar mais perto da luz.

 Dizia a carta entregue à Yvone:

Taboa, 3 de março de 1970
Seu José Clementino


adeus
saudação


Sábado da sumana passada passando um rapaz que diz que é  fió seu pegou um jumento meu. 
O mesmo está passando muito mau (sic) com o encontro das alcatra muito inchado. 
Mais nóis só tem esse bichinho e é pra apanha dágua pra desmancha da farinha.
Nóis tem pelejado muito cum remédio de raiz de pau mas o bichinho não melhorou nada.
Istro dia o cumpadi Melquiade enjeitou pelo dele 6000000000 (um monte de zeros, que só eram para significar um número grande) e nem era famoso como o meu.
Se nois arranjar um passo (passe) num caminhão nóis vai levar ele aí pra vosmicês dar uns remédio de farmácia.
Nois é agregado de seu Agraro


seu criado


Antonio Pereira

A  brincadeira durou uns dois dias até a véspera da volta de José Clementino, porque Tio Candinho tomou as providências de avisar na casa de seu Agrário, para que confirmassem que tinham um agregado de nome Antonio Pereira, de avisar seu Ramos que entendia muito de animais e a quem Yvone iria procurar no dia seguinte para que ele arranjasse um jumento tão famoso quanto aquele para repor o jegue atropelado.



A única pessoa que ele esqueceu de avisar, Yvone se encarregou. Ela foi até a agência do misto (Isso era uma mistura de Caminhão e ônibus que circulava pelo interior de alguns estados, inclusive na Bahia, onde se passou o fato) e pediu para avisar ao motorista que se houvesse alguém querendo colocar no misto um jumento machucado para trazer para Remanso, que avisasse que não precisava não que ela já estava providenciando um tão famoso quanto aquele para mandar para ele.

A brincadeira só terminou na véspera da volta de José Clementino, quando Yvone ainda rezava para que o problema fosse resolvido antes da chegada dele.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

A FILHA DA PUTA

Ainda em São José do Vale do Rio Preto encontrei o Celso Rampini do Carmo de quem comprei seu livro Histórias da Minha Terra.  A que eu mais gostei vou resumir aqui, com as palavras dele:


Diocleciano, casou com Madalena tendo no começo do casamento uma relação ardente de desejo pela mulher, que logo engravida. Nasce uma menina que vai crescendo, agora já estudando e a impetuosidade do casal vai arrefecendo, principalmente por parte do marido, que passa a ver no relacionamento sexual mais uma enfadonha obrigação do que um ato prazeroso de amor.


Ao contrário, sua jovem esposa a cada dia que passava sentia mais desejos, mais desejo de sexo constante, desejos esses que não satisfeitos em sua plenitude pelo jovem marido. Essa carência levou a jovem irresponsavelmente à procura de alguém que satisfizesse todos os seus desejos, encontrando-os em um jovem, ex-colega de colégio. Encontros às escondidas, saídas fortuitas, chegando primeiramente à boca do povo e, por último, ao conhecimento do marido traído.
Daí, a separação foi questão de dias.
E a filha! Com quem ficaria a menina?


O marido procurou o subdelegado Mussolini, contando-lhe a traição de que fora vítima por parte de sua jovem esposa. O subdelegado como era de praxe na época, convidou para uma conversa amigável o marido, a esposa e seus respectivos pais. Após muito papo, com as costumeiras e constrangedoras acusações de parte a parte, chegaram a um consenso de que a menina deveria ficar sob a guarda dos avós paternos.


A vida continua e a jovem segue na busca de um novo amor que atenda à plenitude de seus anseios, principalmente amorosos. O marido continua sua lida diária. Honesto, trabalhador, conhece outra jovem, a Carminha, e resolvem juntar os trapinhos, montar um novo lar e começar tudo de novo. Mas talvez pelos mesmos motivos da desdita anterior ou caprichos do destino, Carminha, sua nova e jovem companheira, a exemplo da outra, resolve praticar relações extra-conjugais. A malfadada aventura em pouco tempo tornou-se domínio publico, inclusive da primeira mulher do seu companheiro. Essa, por despeito talvez, viu a oportunidade de vingar-se do castigo do qual fora merecedora.


Desta feita procurou o juiz da Comarca , o Dr. Justiniano, relatando-lhe os novos fatos, reclamando a posse da sua filha, pois o motivo que levou a perdê-la acabara de ser praticado pela atual companheira de seu ex-marido.


Na audiência, após horas de argumentação de parte a parte, não se chegava a um consenso e o juiz resolveu fazer uma pausa e pediu ao subdelegado Mussolini que também lá se encontrava que aguardasse para falar a sós com ele. Depois de um café num bar perto do Forum o juiz perguntou ao Mussolini o que ele achava daquele caso.
Mussolini respondeu:
-Excelência, quem sou eu para opinar ante aos imensuráveis conhecimentos e a experiência do senhor em casos semelhantes?
O magistrado insistiu:
- Senhor Mussolini, o senhor decidiu na primeira vez. Como decidiria se fosse o juiz?


Mussolini mais descontraído ante a insistência do jovem magistrado respondeu:
- Doutor , da outra vez a situação era diferente. A filha foi para a casa dos avós pelo mau procedimento da mãe e depois voltou para a companhia do pai, que arranjou outra companheira, na expectativa de refazer a sua vida. A nova companheira cometeu o mesmo erro da mãe legítima da menina. Doutor, com todo respeito e com toda a sinceridade, as duas erraram. Então... puta por puta, que a menina fique com a puta que a pariu.


O magistrado sorriu, não fez mais perguntas.
Voltou ao Forum reiniciou a audiência e após breves comentários deu a sentença , encerrando a sessão, se aproveitando do bom senso do Mussolini.

terça-feira, 24 de julho de 2012

CONVERSAS COM O PAI

Uma vez meu "outro pai" me disse que gostaria de ter aquelas longas conversas que nós tínhamos com seu próprio filho. Não sei se isso seria possível. Conversas entre pais e filhos são diferentes de conversas entre amigos. Ele é meu pai porque nós nos adotamos, mas não temos esse vínculo de pai e filho, onde um sugere ao outro alguma coisa esperando que ele faça.

Tenho boas conversas com a filhotinha, mas sei que cada vez que eu falo de alguma coisa duma forma que ela não gosta ela termina a conversa rapidinho, embora mesmo nesses casos, algumas vezes, depois perceba que ela escutou e levou em conta o que eu falei. 
Minha irmã me disse uma vez que gostava quando eu falava algumas coisas porque eu não pressionava muito, mas dava uns toques.

Não mando, nem quero mandar em nenhum deles e não espero que nenhum deles faça nada daquilo que conversamos, mas a troca de opiniões e experiências pode vir a ter algum valor.
Requer alguma experiência de vida para perceber que uma outra opinião pode nos dar uma visão diferente da que vinhamos tendo e que  não precisamos cometer os mesmos erros que alguém de quem gostamos já cometeu na nossa frente.

Os muito jovens algumas vezes pensam que com eles a mesma experiência vai ser diferente. E, às vezes é.

Mas outras vezes não.

FESTA DE CASAMENTO

Não levei a máquina de propósito, porque sei que quando começo a fotografar, fico quase compulsivo e não faço mais nada. Era um casamento no qual eu pretendia aproveitar a festa, mas desde o momento que pus os olhos em cima dela fora da igreja já começou o arrependimento. Era uma priminha que eu ainda não conhecia, filha de outra prima.

Uma graça.

Mais tarde, não resisti e acabei fotografando com uma máquina que não era a minha e como no dia seguinte tentei mas não consegui descarregar aquele chip num cd e fiquei dependendo da dona da máquina e nunca consegui ver essas fotos. Mas vi uma foto dela naquele vestido azul e naquele dia.

Determinado momento já na festa ela chegou perto de mim e me disse que eu tinha olhos lindos.

Eu dei uma parada, olhei para ela e com aquela sinceridade de quem já tinha bebido um pouquinho, falei a única coisa que eu podia dizer naquele instante, e que não era mais que realidade:

- E você... 
Você é toda linda!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

OUVIR AS ESTÓRIAS DELA

Encontrei amigos de uma amiga e no fim da noite, numa mesa animada, estivemos conversando sobre as estórias dos outros e das minhas que não queiro deixar que se percam e que, para que isso não aconteça, tenho escrito.

Uma delas, que ria, e eu gosto de pessoas bem humoradas, me contou que faz tempo que gostaria de contar as suas próprias estórias para que alguém escrevesse. Perguntou se eu faria isso. Lembrei da Ana Teixeira que correu o mundo colocando duas cadeirinhas na calçada e um cartaz dizendo que ouvia estórias de amor, enquanto ela tricotava.

Eu gosto de gente e gosto mais ainda de gente que tem uma estória para contar.

Vou esperar por ela para ouvir.

Atentamente.

domingo, 22 de julho de 2012

PESSOAS MÁS E MANIPULADORAS

Uma pessoa está me fazendo mal quando liga. De uma outra vez já disse que ela está me cansando muito porque se repete e ela deu uma folga. Já tentei escapar desses telefonemas mas ela é insistente e muito manipuladora, mas como tenho uma certa obrigação de ser educado com ela, porque ela é da família, tenho atendido. 

Quando sabe que não vai dar certo fazer um caminho reto para chegar onde quer, faz um caminho torto. Faz toda uma conversa boazinha para depois se revelar lá adiante.

Percebi que diminui os outros e fala mal dos outros de uma maneira que parece que não está fazendo nada demais, mas me dá a impressão que o faz para diminuí-los e assim crescer. Só nesses dois dias fez isso com três pessoas diferentes e isso me irrita profundamente. Não quero contato com uma pessoa assim e eu estava dando uma atenção que ela está provando não merecer. 

E o que é pior, estava me fazendo mal.

Comecei a escrever isso antes dela ligar novamente,  pela quarta vez em dois dias, embora eu já tivesse dito a ela que já tinha tido o suficiente e que não queria mais falar com ela, que já tinha dado. Ontem aproveitei uma segunda ligação entrando no celular para escapar e hoje ela usou isso como pretexto para ligar novamente hoje, perguntando se eu tinha desligado logo porque estava chateado com ela.
Menti que não.

Consigo ver melhor o que ela faz, porque é tida como não sendo a pessoa mais inteligente do mundo, mas sabe muito bem ser sorrateira e distorcer o que ouve para o mal, falando dos outros de uma forma negativa como um hábito, e mesmo quando não distorce, repetir aquilo que às vezes conseguiu ouvir da própria pessoa para mostrar como ela é boa comparada àquilo.

Eu estava mandando um recado a respeito dessa atitude dela para uma dessas pessoas de quem ela tinha falado, quando ela ligou  novamente. Ela se utilizou de uma confidência feita a ela. 

Atendi e acabei dizendo que ela estava me fazendo mal, mas como não foi suficiente para fazê-la desligar acabei dizendo a ela que ela estava se transformando numa pessoa ruim. Para mandar o recado, não repeti o que ela havia dito. A informação era verdadeira, mas minha opinião ela estava se utilizando daquilo de uma forma canalha.

Ainda assim não resolveu. Tive que dizer que ia desligar mais duas vezes.

Uma amiga mandou um pequeno texto de Bukowski que veio à perfeição para aquele momento, porém embora eu possa pensar que não me deixo incomodar por esse tipo de pessoa ou acontecimento, vejo que não é verdade. Ainda dou atenção a quem não merece, porque ainda não aprendi a desligar, como ele diz que faz no texto abaixo:


"Caí em meu patético período de desligamento. Muitas vezes, diante de seres humanos bons e maus igualmente, meus sentidos simplesmente se desligam, se cansam, eu desisto. Sou educado. Balanço a cabeça. Finjo entender, porque não quero magoar ninguém. 
Este é o único ponto fraco que tem me levado à maioria das encrencas. Tentando ser bom com os outros, muitas vezes tenho a alma reduzida a uma espécie de pasta espiritual. 
Deixa pra lá. Meu cérebro se tranca. Eu escuto. Eu respondo. E eles são broncos demais para perceber que não estou mais ali."

- Charles Bukowski

sexta-feira, 20 de julho de 2012

APENAS UM LUGAR DE CADA VEZ

Cheguei em São José à uma e pouco da manhã da sexta passada, e durante o dia Ana me ligou com um convite quase irresistível para que eu estivesse no Rio, sábado à noite. Um ingresso para ver Gal Costa com ela. Como ela me deu tempo para pensar, deixei para responder sábado de manhã.

Pensei nas muitas vezes que estive num lugar com a cabeça em outro e como era tentador o convite, mas meu "pai" fica tão bem quando estou lá e as empregadas e meu irmão fizeram tanta questão de dizer como ele gosta de mim e fala disso quando não estou lá que resolvi deixar a minha cabeça e o corpo num lugar só. Liguei para dizer que eu não ia e esqueci do assunto.

Entendo bem quando ele perde a paciência e falo com ele sobre isso com todas as letras porque deve ser terrível você depender de outra pessoa para tudo que você precisa ou quer fazer, até para se ajeitar na cadeira. O derrame  deixou o lado esquerdo paralisado e só agora ele começa com uma tímida movimentação da perna esquerda. Tem algumas situações para as quais eu não me sinto preparado. Essa é uma delas. Não digo isso a ele, porque não quero que ele morra porque vai me fazer muita falta, mas acho que eu preferia morrer. Nem sei o quanto isso pode ser contraditório.

Saí de carro para passear por duas vezes com ele. Um dia encontramos o pessoal tocando chorinho e noutro  andamos muito de carro quase chegando a Sapucaia e voltamos pela cidade onde eu já havia convidado ele para repetir  um bolinho de bacalhau que eu tinha levado para casa num outro dia e do qual ele falava que é para isso que ele tinha saído. Chegando lá ele quis sair do carro e sentamos numa mesinha. Ele não reclamou de nada e achou tudo bom. Sei que os passeios foram ótimos para ele. Saiu de casa para passear, sem compromisso com médico ou fisioterapia, viu gente e conversou com as pessoas. Também saí um dia só com minha "mãe" para almoçar fora para que ela saísse também um pouco do problema.

Ele está sentindo falta desses passeios sem finalidade.
Minha "mãe" conta que ele perde a paciência, ou quer voltar para casa logo ou ainda que se comporta mal com quem encontra, mas dessas vezes não aconteceu nada disso. Fiz  pouco comparado a quem está com ele todos os dias, mas saímos duma rotina que está massacrando ele.

Para mim também foi bom me sentir útil e necessário.
De vez em quando tenho sentido falta disso.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

INSTITUTO CASA DO CHORO - ESCOLA PORTÁTIL - BANDÃO




Texto do site deles      www.escolaportatil.com.br/
A foto do Bandão foi tirada de um site do Governo do Estado do Rio  de Janeiro

Criada por músicos de choro em 2000 a partir da necessidade de passar adiante seus conhecimentos sobre o gênero, a Escola Portátil de Música vem, desde então, protagonizando uma história de crescimento e sucesso. O que começou com cerca de cinqüenta alunos na Sala Funarte passou para perto de cem na UFRJ, em seguida o número de interessados mais que triplicou no casarão da Glória, e hoje em dia, no campus da Uni-Rio na Urca, são 28 professores e cerca de 800 alunos de flauta, clarinete, saxofone, trompete, trombone, contrabaixo, violão, cavaquinho, bandolim, pandeiro, percussão, piano, acordeom e canto - sem falar das aulas de apreciação musical, teoria musical, harmonia, arranjo, composição, prática de conjunto etc. A formação musical oferecida pela Escola Portátil de Música é completa (teórica e prática), dando ao aluno formado a possibilidade de trabalhar dentro de qualquer estilo musical, não apenas do choro. Por isso tantos candidatos buscam se matricular a cada ano, atraídos pela proposta inédita de promover a educação musical por meio da linguagem do choro. O objetivo da EPM é dar ao aluno fundamentos educacionais, profissionais, sociais e emocionais, para que ele possa trilhar uma carreira de sucesso e uma vida produtiva como artista e como cidadão.

E não somente os alunos são atraídos pelos sons que vêm da Escola Portátil. Uma legião cada vez maior de fãs, admiradores e entusiastas vem se beneficiando dos efeitos positivos disseminados a partir da EPM. O ensaio aberto semanal do Bandão - provavelmente o maior regional do mundo, que reúne todos os alunos da escola - já virou, graças ao boca-a-boca, uma mistura entre programa carioca de sábado e atração turística informal. Ali, aos pés do Morro da Urca, curiosos e amantes da boa música comparecem toda semana para ouvir os arranjos especialmente feitos para o grupo, seja de clássicos da música brasileira, seja de composições inéditas.

Aberta a todos os interessados, com resultados de amplo alcance social, comprometida com a disseminação de uma das maiores riquezas da cultura brasileira, a Escola Portátil de Música é patrocinada pela Petrobras, como projeto convidado.

A Escola Portátil é uma iniciativa do Instituto Casa do Choro, que promove também, anualmente, o Festival Nacional de Choro. Ao reunir estudantes, profissionais e amadores em um mesmo ambiente, o Festival promove um encontro inédito, um intercâmbio de experiências que não tem equivalente no país. Desta forma, transforma-se em um ambiente propício à troca de informações sobre o que acontece em todo o Brasil em relação ao choro, e a projetos que utilizem a música como veículo. Dessa troca de informações resultam iniciativas em todo o país e até no exterior, que evidenciam o potencial multiplicador do Festival. 

A QUANTIDADE DE SOLTEIROS

O assunto me chamou a atenção, porque de vez em quando me questiono quanto a isso porque parece que quando você vive muito tempo de determinada maneira, aquela parece ser a maneira "normal" de viver. No meu caso viver junto parecia ser o normal.

Tenho que rever isso.

Vi isso há uns dias atrás. Falava do índice de solteirice.  O enfoque era que mesmo com todas as facilidades que existem hoje, inclusive sites de relacionamento o índice de pessoas que não estava nem namorando era alto. Talvez fosse no MSN. Fui procurar e não achei, mas o assunto é recorrente pelo que vi no Google, inclusive com percentuais das cidades com mais solteiros.

Nem sei se tinha a ver com o dia do solteiro que é 15 de agosto, que está chegando.
Pois é, agora tem isso também.

Mas o melhor que achei a respeito do Dia do Solteiro foi uma frase do Walcyr Carrasco:
 "Pro Dia do Solteiro ficar melhor, só recebendo convites para deixar de ser!" 

terça-feira, 17 de julho de 2012

A RÉPLICA DA PONTE PRETA DE SÃO JOSÉ

Estive com o Nei Machado, para elogiar a música de domingo e acabei ouvindo muita coisa interessante. Uma delas é que existe um projeto e o dinheiro para uma réplica da ponte preta a ser colocada em cima da ponte que foi colocada no local.
Não sei quanto tempo vai levar para que isso se torne realidade, principalmente agora, próximo à eleições municipais, mas fiquei muito contente com a notícia.

domingo, 15 de julho de 2012

QUEM SABE UMA VOCAÇÃO PARA SÃO JOSÉ DO VALE DO RIO PRETO?

Fui levar meu "pai" para um passeio fora de casa, meio sem rumo, e quando passamos pela Estação quando encontramos música ao vivo com um grupo enorme de músicos. Era um grupo de pelo menos dez músicos tocando chorinho e mais tarde outras músicas além do chorinho. Parei o carro junto à calçada e muitas outras pessoas fizeram o mesmo. Na próxima semana vão colocar mesas e cadeiras para tornar isso mais confortável.

Aquilo foi surpreendente por que a cidade nunca teve essa tradição e tudo começou com uma escola de música para crianças da cidade que depois de uma tentativa inicial de levar professores de música à São José, fez um convênio com o Instituto Casa do Choro do qual a Escola Portátil de Música é parte, no campus da UniRio na Urca.

Agora esse pessoal que estava tocando lá e que é de São José, vai aos sábados para o Rio para ter as aulas. Fui pesquisar e para dar maiores informações vou copiar num outro post o que achei sobre essa escola, na Internet.

Foi agradavelmente surpreendente. Está acontecendo em São José, aos domingos de manhã, com consistência. Um outro evento é feito às sextas-feiras quando fecham a rua da Estação e proporcionam atividades, principalmente para as crianças.

O meninos estão ficando muito bons e o Nei Machado é o responsável por isso e por outras ações da Prefeitura no sentido de levar cultura.

Achei que o assunto era tão interessante e que podia estar revelando um caminho para uma cidade que está precisando muito disso, que fui até a Prefeitura conversar com o Nei para elogiar e ter informações mais completas para reescrever complementando o que eu já tinha escrito antes aqui.

Uma outra ação está sendo feita em relação à Teatro, quando ele conseguiu matricular um casal de jovens para um curso de teatro no Tablado, do Rio e também mencionou duas outras pessoas envolvidas nesse projeto que já tinham uma experiência local com teatro.

Falamos do Centro Cultural Tom Jobim, que pode vir a ser inaugurado em breve. São José foi berço de muitas canções do Tom, como por exemplo Águas de Março e Dindi, que foi feita homenageando A Fazenda Dirindi (Se quiser, veja DINDI - DIRINDI - TOM JOBIM e também GILBERTO GIL E A LAMA EM SÃO JOSÉ DO VALE DO RIO PRETO). Falamos do micro cinema que eles estão tendo, da idéia que ele tem para um evento de 24 horas de chorinho e dos papéis que existem na Prefeitura como um ótimo material de pesquisa.

Na hora comentei uma idéia que me veio de escanear as fotografias que muitas pessoas podem ter em casa, para transformar isso num acervo que privilegie a história da cidade, já que se isso não for feito fica tudo um pouco perdido.

Eu poderia ficar conversando mais tempo com o Nei Machado, porque ele tem uma visão de estímulo à cultura da qual São José poderia se beneficiar muito. Ter o Nei lá é um privilégio para a cidade.

Acho bom que ele esteja na Prefeitura numa outra função, que, falha minha, nem sei qual é, e que tenha tido apoio do prefeito para algumas das iniciativas, mas ele tem muitas idéias, que, tendo mais apoio, podem  transformar a realidade da cidade em algo mais rico, inclusive com a ajuda de muita gente que não é de São José, mas que como eu,  em fins de semana ou férias, acabou criando uma ligação.

Basta saber como.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O CHEIRO DE CADA UM

Éramos pouco mais que garotos quando ganhei uma amostra, quando ainda se usava ter amostras de perfumes.
E daquele eu gostei muito. 
Achei que combinava comigo.

Mas o que definiu aquele como o meu perfume foi uma namorada, que disse que quando aquele perfume se misturava com meu cheiro ficava uma loucura.
Depois de uma declaração dessas era melhor garantir a combinação.
Virou o meu perfume.

Muitas vezes tem isso. Um determinado perfume, uma determinada pele, porque pode ser ótimo cada um dos elementos separados, mas que os dois juntos não combinem.

Um milhão de anos depois dela uma outra namorada, quando eu achei que estava suado, me disse para não tomar banho porque, conforme o andar da carruagem meu cheiro ia mudando, e que se ela conseguia acompanhar essas mudanças era muito bom. 
Então, às vezes, para começar, tudo que eu fazia era ficar ali perto exalando o que quer que fosse.

Mas também teve o dia que vi que tinha que ter uma medida, porque quando perguntei se estava bom, ela confessou que estava "passado".

Essas coisas valeram a pena.
Delas eu sinto saudades.

AMOR LÍQUIDO


A TV Cultura tem um programa ótimo chamado Café Filosófico, patrocinado pela CPFL. Quando assisto é por acidente. Zapeei e caí lá. Deveria me programar para ver de propósito.

Esta semana eu vi o filósofo Luis Felipe Pondé falar da Pós-Modernidade baseando muito do que falava em livros de Zygmunt Bauman. Um dos conceitos era do Amor Líquido.

A  revista ISTO É,  fez uma entrevista com Bauman onde ele responde à pergunta da definição disso. Aqui está:


E o que o senhor chama de “amor líquido”?

ZYGMUNT BAUMAN -
 Amor líquido é um amor “até segundo aviso”, o amor a partir do padrão dos bens de consumo: mantenha-os enquanto eles te trouxerem satisfação e os substitua por outros que prometem ainda mais satisfação. 

O amor com um espectro de eliminação imediata e, assim, também de ansiedade permanente, pairando acima dele. Na sua forma “líquida”, o amor tenta substituir a qualidade por quantidade — mas isso nunca pode ser feito, como seus praticantes mais cedo ou mais tarde acabam percebendo. 

É bom lembrar que o amor não é um “objeto encontrado”, mas um produto de um longo e muitas vezes difícil esforço e de boa vontade.

BREAKAWAY - GALLAGHER & LYLE



Dá para ouvir e ver no YouTube  http://www.youtube.com/watch?v=u40FqKgeBJA


        
I watch the distant lights along the runway 
disappear into the evening sky.
Oh you know I'm with you on your journey,
never could say goodbye. 


It's not the sun you're trying to find
something else is on your mind.
You need a little space and time to break away.
It's not the place you're going to,
it's just a phase you're going through.
Though I won't stop you, I don't want you to 


Break away, fly across your ocean.
Break away, time has come for you.
Break away, fly across your ocean.
Break away, time has come... 


For you to awaken in another country,
greet the morning under foreign skies.
Leaving me to face another Monday,
it's not easy to get by... 


It's not the sun you're trying find
something else is on your mind.
You need a little space and time to break away.
It's not the place you're going to
it's just a phase you're going through.
Though I won't stop you, I don't want you to 



Break away, fly across your ocean.
Break away, time has come for you.
Break away, fly across your ocean.
Break away, time has come for you
Break away, fly across your ocean.
Break away...

DE QUEM A GENTE PRECISA

Meu "outro" pai tem me cobrado a presença de uma forma muito emocionada e eu que já prometi que iria lá estava esperando apenas uma definição do meu dia de amanhã para fazer umas tantas coisas antes de colocar o pé na estrada, sabendo agora que só vou amanhã. Ficar lá uns dias.

Vou ali, de novo, tentar ser feliz por um pouquinho.

Não sei o quanto o cansaço tem a ver com isso, mas nos últimos dois não estou nos meus melhores dias. Tem vezes que temos que admitir que os outros conseguem resumir você melhor do que você mesmo poderia e uma vez a ex fez isso, quando disse a meu pai que quando eu ficava triste eu precisava ir lá. Eu já estava indo lá por conta do pedido dele, mas agora vou também por uma necessidade minha.