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domingo, 19 de junho de 2011

RELACIONAMENTOS DANOSOS

Um dia desses tomei um café com uma amiga, e a conversa que tivemos me levou a pensar nas coisas que ela disse e nas que ela nem pensa que falou, e que já percebi em outras mulheres, quando falam a respeito de relacionamentos que não são nada gratificantes.

O que faz uma pessoa se manter atada a relacionamentos ruins, até danosos?

Seria o fato de ter alguém? Alguém que até não servia para ela, mas que seria melhor que estar sozinha.
Será que não podemos enquadrar os homens na mesma situação?
Eu, pessoalmente, sempre tive um limite.

Comecei a pensar nisso, mas não conclui. Voltei a pensar nisso porque conversei com outra amiga que me dizia dum relacionamento onde ele conseguiu levar a autoestima dela a zero, quando ela achava que não seria boa para ninguém por mais que ela imaginasse alguém com o nível de exigências não muito elevado.

Mas o que eu pensava quando contava da primeira amiga e dizia das coisas que ela nem pensava que falou, foi quando ela me deu a impressão de que pensaria em voltar para um cara que ela namorou durante um certo tempo e de quem ela dizia que não gostava nem do beijo.

Talvez apenas para não ficar sozinha.

sábado, 18 de junho de 2011

CURA ATRAVÉS DA FALA

Alguns assuntos dos quais até já falei, não escrevi a respeito e estou achando que escrever sobre eles será uma espécie de libertação.
Depois de escrever não preciso mais falar.
Escrever sobre e seguir adiante deixando para trás os assuntos dos quais já falei.

Estou me curando.

ILUSÕES DE ÓTICA

Já me aconteceu mais de uma vez de estar parado em um sinal vermelho e estar olhando para trás pela lateral do carro, o sinal abrir, os outros carros saírem e eu ter a impressão de estar com o carro correndo para trás e num reflexo pisar no freio.

Hoje me aconteceu algo parecido.

Estava na Castelo Branco na pista lateral da estrada e na faixa mais à esquerda, chegando ao pedágio e olhar para o lado esquerdo e achei estranho que os carros que estavam a minha esquerda da divisão de pistas também estavam indo na mesma direção.
Olhando mais à esquerda todos os carros que iam passar pelo pedágio estavam indo para o interior, nenhum no sentido contrário.
Por um ou dois segundos aquilo foi muito estranho, porque me abstraí de duas coisas; a primeira é que eu estava na pista lateral, então havia a pista central e, a segunda é que naquele pedágio só estão as cabines para os que estão indo para Alphaville, as de volta estão noutro ponto da estrada.

Vou debitar ao cansaço.

Melhor que pensar que estou endoidando.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

SE ABRINDO PARA NOVAS POSSIBILIDADES

Tenho comentado que nada está me prendendo a lugar nenhum e que me sinto como um adolescente.

Cheio de possibilidades.

Talvez devido a isso tenha ouvido nessa última semana algumas sugestões para experimentar isso ou aquilo com algumas pessoas. Minha vida está organizada e funciona, não sei o quanto, mas vale ao menos como exercício mental.

Estou esses últimos dois dias com um cliente de Nova Iorque, de quem ontem ouvi, como um elogio, que gostaria de me ter trabalhando por lá. Hoje ele me disse que gostaria que eu lesse para aprender sobre Nova Iorque e que se eu quisesse experimentar uma carreira no exterior, deveria falar com ele.

Ele é uma pessoa poderosa que poderia até estar falando sério sobre o assunto.
É ao menos lisonjeiro, e vale também, ao menos como exercício mental.

terça-feira, 7 de junho de 2011

NÃO SENTIR FALTA DE NADA

Um dia desses encontrei a Debora e tomamos um café juntos. Ela me perguntou da academia e eu contei que tinha ido renovar meu plano e eles tinham oferecido um desconto se eu colocasse em débito no cartão, e que como eles estão aceitando cartões de bandeiras que não a do meu, fiquei de pedir um novo cartão antes de renovar o plano.

Não fiz isso até hoje. Já fazem uns meses que não estou indo a academia e teve um tempo que aquilo me fazia muita falta, por vários aspectos, inclusive o emocional.
Não está mais me fazendo falta.  Vou voltar algum momento, mas posso esperar.

Na verdade não estou vendo isso como uma coisa boa.
Gosto de algumas coisas quando acontecem, mas se não acontecem, não sinto falta.

Isso me deixa meio morto. Não tem nada que esteja mexendo comigo, a ponto de me tirar do sério.
Poderia considerar isso um efeito da maturidade, mas não estou.
É como se nada fosse extremamente importante para mim, mas algo deveria ser.

Só falta achar.

SABER QUE ACABOU

Quando me separei, não era de brincadeira, mas fiquei de certa forma sem saída, quando não havia motivos nem de ordem prática para ficar em casa, e o ritmo foi dado por ela que queria resolver, então pronto, estava resolvido.
Muitos meses depois ela começou a ligar para falar disso ou daquilo e eu estava dando corda , conversando mais do que o necessário e uma hora ela perguntou se eu não queria namorar com ela.
Eu disse que achava uma boa ideia e marcamos um cinema para o sábado seguinte.

Fui buscá-la em casa e quando cheguei ela não estava pronta, porque tinha ficado até tarde na loja, que é dela. Chegamos tarde ao cinema e não conseguimos um lugar diferente do que as cadeiras para acompanhantes de cadeirantes, separadas por um espaço entre elas.
Durante o filme aquilo foi me dando uma raiva, porque quando algo é muito importante a gente fica pronto de véspera, numa antecipação de raposa do Pequeno Príncipe.

Foi bem ali que eu vi que não tinha mais conserto.

domingo, 5 de junho de 2011

DEPOIS DO AVC

Além dos meus pais, tenho pais que adotei.
Chamo de pai e mãe desde que eu tinha dezessete. Já faz tempo!
Perto do carnaval ele teve um derrame que comprometeu bem o lado esquerdo do corpo e de lá para cá não havia saído do hospital.
UTI, quarto, UTI, já começando a dar alteração séria de humor.
Ele e ela já não tem mais idade para isso. Estavam os dois no limite.
Ontem saiu e já está num lugar que ele ama e que eu tenho certeza que vai contribuir muito para a recuperação dele.
Estou tendo um fim de semana de trabalho com dias longos, mas ainda assim estou me sentindo leve.

Acho que eu não queria admitir que aquilo estava me pesando tanto.
E eu nem sabia que ia ficar tão aliviado.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

EXCESSO DE ÁLCOOL

Me lembro que quando entrei na faculdade, fiz um amigo da mesma sala que não bebia nada de álcool, e uma vez, brincando com ele, eu disse que era um defeito de caráter não beber e era porque ele, uma ótima pessoa, não relaxava nunca. Depois de alguns fins de semana em Morro Azul, fiquei amigo da  família dele, principalmente do irmão e de um dos primos , que bebiam moderadamente, como eu.

Lá na frente, quando tive uma pessoa próxima com problemas com álcool, eu praticamente parei de beber, como se isso fosse ajudar. Aí quem não relaxava era eu.

Estive com uma pessoa de quem gosto muito e que está lentamente se afundando na bebida e, como todo alcoólatra, não se dá conta de que tem um problema que está piorando com o passar do tempo.

Mais uma vez na minha vida gostaria de saber o que fazer.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

UM CARA COMO EU

Alguém me perguntou como um cara como eu estava sozinho.
Não sei se era, mas tomei "um cara como eu" como um elogio e agora sabendo que não quero mais estar sozinho, dias depois, fui tentar responder a essa pergunta.

A gente se acostuma com tudo. Já me senti mais sozinho, depois acostumei. Hoje percebo uma necessidade maior de amigos do que senti antes, talvez por que ultimamente tenho tido um pouco disso e tenho gostado.
Houve na minha vida, um tempo muito distante, quando eu sabia fazer coisas que hoje preciso aprender novamente. Continuo sabendo conversar, mas quando eu começo uma conversa, é apenas uma conversa. Estou tateando, aprendendo, sem me sentir pronto e as vezes até me testando.
Talvez eu esteja pensando no que faz você importante para alguém. Só tenho a mim mesmo para oferecer e neste instante estou achando isso pouco. Talvez ali adiante consiga sentir diferente, mas neste instante, não.
Preferiria ter uma amiga, que, por ser amiga, não colocaria expectativas e assim tornaria tudo possível. Não me lembro mais como era e por isso gostaria de começar tudo devagarzinho.
Também que preciso fazer os que os americanos chamam de "fechamento".
Não há mais nada a ser dito para outra pessoa e não importa mais dizer nada. O tempo que isso poderia mudar alguma coisa já passou, mas, ainda tenho o que falar para mim mesmo, para entender tudo que eu preciso entender para seguir adiante.

1 Comentário
Mel Mudanca disse...


Olá..gostei muito do seu blog...me identifiquei em vários post que vc fez.. Abraço em vc.